Uma médica plantonista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Tabajara, em Olinda, recebeu uma coroa de flores como ameaça. O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) denuncia a rotina de insegurança nas unidades do Estado e o aumento de agressões contra os profissionais na pandemia.
Um boletim de ocorrência sobre o caso de ameaça foi registrado no dia 7 de outubro de 2021. Para controlar casos de violência verbal e física, o sindicato pede que a atuação de policiais militares se intensifique em rondas nos locais.
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O diretor do Simepe Rodrigo Rosas explicou que a UPA da Cidade Tabajara é mantida por uma média de três plantonistas e que o quadro é insuficiente para atender ao aumento substancial de pacientes decorrentes do surto de doenças respiratórias.
A oferta inadequada de profissionais faz com que a unidade seja reconhecida como uma das mais inseguras para os médicos na Região Metropolitana do Recife (RMR).
"Olinda já tem um problema crônico e nessa pandemia é que piorou mesmo. Sempre foi uma UPA que deu muito trabalho", descreveu.
As denúncias contra pacientes e acompanhantes aumentaram nos meses de novembro de dezembro do ano passado, verificou a assessoria do Simepe. Recentemente uma paciente agrediu uma médica na UPA dos Torrões, na Zona Oeste do Recife, e um caso semelhante foi registrado na policlínica Amaury de Medeiros, área Central da capital.
Há cerca de dois meses, representantes do Simepe levaram as queixas ao secretário de Saúde André Longo. Conforme a categoria, o gestor prometeu solicitar que a Secretaria de Defesa Social (SDS) aumentasse o patrulhamento nas UPAs e priorizasse os atendimentos pelo 190 provenientes das unidades.
Também foi sinalizado o aumento da disponibilização de recursos para que as Organizações Sociais responsáveis pelas UPAs contratassem mais profissionais. Ainda de acordo com o sindicato, o quadro foi ampliado nas UPAs dos Torrões e da Caxangá.