O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), desta quarta (20) a 19 de janeiro, recebe a exposição Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural. As obras fazem parte do acervo de arte e tecnologia do instituto e é um recorte focado nas obras que representam o conceito de arte cibernética de uma coleção iniciada pelo instituto em 1997. Das 13 obras que formam a coleção considerada uma das pioneiras do Brasil, 7 serão exibidas aos pernambucanos.
Os trabalhos que estarão na mostra são: OP_ERA: Sonic Dimension (2005), de Rejane Cantoni e Daniela Kutschat; Reflexão #3 (2005), de Raquel Kogan; Life Writer (2005), de Christa Sommerer e Laurent Mignonneau; Text Rain (1999), de Camille Utterback e Romy Achituv; Les Pissenlits (2006), de Edmond Couchot e Michel Bret; Pixflow #2 (2007), do coletivo LAb[au] e Ultra-Nature (2008), de Miguel Chevalier.
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Em parceria com o MEPE, o Itaú Cultural apresenta as obras por serem as que melhor contextualizam o que se produz em arte cibernética na atualidade. A exposição pretende proporcionar sensações através dos trabalhos exibidos em uma relação de interação como, por exemplo, as cordas que vibram com frequências de luz e de som e variam de acordo com a posição relativa e modo de interação do observador em OP_ERA: Sonic Dimension.
Em Life Writer, o espectador datilografa um texto nas teclas de uma antiga máquina de escrever e as letras se transformam em criaturas artificiais que parecem flutuar na tela do papel. Como em uma verdadeira chuva de letrinhas, Text Rain, conta com a projeção do corpo do participante combinada com a animação de letras coloridas que caem sobre ele para responder aos movimentos corporais.
Já a obra clássica Les Pissenlits influencia artistas do mundo inteiro e depende da força e duração do sopro do espectador para determinar os movimentos das sementes de um dente-de-leão, que realizam trajetórias complexas e diferentes. O trabalho PixFlow #2, do coletivo belga Lab[au], provoca uma interação mútua que se desenrola no campo vetorial em que partículas flutuem conforme a evolução da densidade e resulta em comportamentos imprevisíveis das mesmas.
Em Ultra-Nature, de Miguel Chevalier, um jardim virtual composto de seis variedades de plantas digitais coloridas evolui de acordo com as características genéticas e graças à interação com o público que, por meio de sensores, provoca a polinização entre elas que também acompanham o movimento do visitante.
O recorte da mostra Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural já foi exibido em outras cidades brasileiras como Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB). A ideia é prosseguir com a exposição itinerante para que cada vez mais a população tenha acesso a esse gênero de trabalho.
Encontro Arte Cibernética
Além da exposição, o Itaú Cultural promove o Encontro Arte Cibernética, que debate questões como inovação, atuação institucional, cena artística, produção de arte tecnologia e o cenário da arte contemporânea. Participam da conversa Marcos Cuzziol, gerente do núcleo de inovação do Itaú Cultural; a artista Rejane Cantoni, autora de uma das obras em exposição, e o designer e pesquisador pernambucano H.D.mabuse. Aberto ao público, o debate acontece nesta quarta (20), às 19h, no Auditório do MEPE.
Serviço
Exposição Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural
Quarta (20) a 19 de janeiro
Terça a sexta | 9h às 17h; Sábado e domingo | 14 às 17h
Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, 960 - Graças)
R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia entrada)