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A NTT Ltd. lançou a segunda edição do OT Cybersecurity Academy LATAM, o programa de capacitação em cibersegurança em Redes de Tecnologia Operacional para toda América Latina. As aulas são gratuitas e ministradas pela internet com apenas 500 vagas nesta edição.

Os interessados podem se inscrever até o dia 10 de março e devem saber falar espanhol, ler em inglês, ter conhecimentos básicos em redes e cibersegurança, além de ter uma boa conexão com a internet. Os inscritos realizarão um exame pré-requisito no dia 13 a 23 de março para classificar os 500 melhores candidatos mais aptos para receber a capacitação.

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O curso irá trabalhar sobre segurança cibernética em ambientes industriais com direito a lives especiais com especialistas do setor e trabalhará os assuntos em 3 módulos, será uma trilha para cada certificação de CISA, Claroty e Rockwell, nesta ordem.

O curso tem previsão para começar no dia 1° de abril e irá até o dia 12 de maio. Para se inscrever ou conferir mais informações basta acessar o site da OT Academy.

A maioria dos países da América Latina e do Caribe precisam de uma estratégia de segurança cibernética, quadro que deixa a região altamente vulnerável a ataques deste tipo, alertaram nesta segunda-feira (14) a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

De acordo com o documento "Relatório de Segurança Cibernética de 2016", de 196 páginas, quatro em cada cinco países da região não têm estratégias de cibersegurança ou planos de proteção da infra-estrutura crítica.

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Além disso, o documento alerta que dois terços dos países da América Latina e do Caribe não têm um centro de comando e controle de cibersegurança, e suas procuradorias não possuem capacidade sequer de julgar crimes dessa natureza. Assim, a região está exposta a ciberataques potencialmente devastadores.

Segundo o estudo, esse cenário é crítico porque a região é o quarto maior mercado móvel do mundo e metade da população utiliza a internet. Há países da América Latina que processam 100% de suas compras governamentais por via eletrônica, destacou o documento.

Peritos da OEA e do BID disseram no estudo que Uruguai, Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Trinidad e Tobago são os países da região que estão em um nível médio de maturidade, mas ainda distantes de países como os Estados Unidos, Israel, Estônia e Coreia do Sul.

Para o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, a ausência de estratégias clara expõe a região a perdas potencialmente catastróficas. 

"Nossa região chegou tarde à revolução industrial. Não podemos perder a oportunidade que a revolução digital nos abre. Por isso, a cibersegurança tem que ser uma prioridade", afirmou o presidente do BID, Para Luis Alberto Moreno.

O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), desta quarta (20) a 19 de janeiro, recebe a exposição Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural. As obras fazem parte do acervo de arte e tecnologia do instituto e é um recorte focado nas obras que representam o conceito de arte cibernética de uma coleção iniciada pelo instituto em 1997. Das 13 obras que formam a coleção considerada uma das pioneiras do Brasil, 7 serão exibidas aos pernambucanos.

Os trabalhos que estarão na mostra são: OP_ERA: Sonic Dimension (2005), de Rejane Cantoni e Daniela Kutschat; Reflexão #3 (2005), de Raquel Kogan; Life Writer (2005), de Christa Sommerer e Laurent Mignonneau; Text Rain (1999), de Camille Utterback e Romy Achituv; Les Pissenlits (2006), de Edmond Couchot e Michel Bret; Pixflow #2 (2007), do coletivo LAb[au] e Ultra-Nature (2008), de Miguel Chevalier.

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Em parceria com o MEPE, o Itaú Cultural apresenta as obras por serem as que melhor contextualizam o que se produz em arte cibernética na atualidade. A exposição pretende proporcionar sensações através dos trabalhos exibidos em uma relação de interação como, por exemplo, as cordas que vibram com frequências de luz e de som e variam de acordo com a posição relativa e modo de interação do observador em OP_ERA: Sonic Dimension.

Em Life Writer, o espectador datilografa um texto nas teclas de uma antiga máquina de escrever e as letras se transformam em criaturas artificiais que parecem flutuar na tela do papel. Como em uma verdadeira chuva de letrinhas, Text Rain, conta com a projeção do corpo do participante combinada com a animação de letras coloridas que caem sobre ele para responder aos movimentos corporais.

Já a obra clássica Les Pissenlits influencia artistas do mundo inteiro e depende da força e duração do sopro do espectador para determinar os movimentos das sementes de um dente-de-leão, que realizam trajetórias complexas e diferentes. O trabalho PixFlow #2, do coletivo belga Lab[au], provoca uma interação mútua que se desenrola no campo vetorial em que partículas flutuem conforme a evolução da densidade e resulta em comportamentos imprevisíveis das mesmas.

Em Ultra-Nature, de Miguel Chevalier, um jardim virtual composto de seis variedades de plantas digitais coloridas evolui de acordo com as características genéticas e graças à interação com o público que, por meio de sensores, provoca a polinização entre elas que também acompanham o movimento do visitante.

O recorte da mostra Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural já foi exibido em outras cidades brasileiras como Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB). A ideia é prosseguir com a exposição itinerante para que cada vez mais a população tenha acesso a esse gênero de trabalho. 

Encontro Arte Cibernética 

Além da exposição, o Itaú Cultural promove o Encontro Arte Cibernética, que debate questões como inovação, atuação institucional, cena artística, produção de arte tecnologia e o cenário da arte contemporânea. Participam da conversa Marcos Cuzziol, gerente do núcleo de inovação do Itaú Cultural; a artista Rejane Cantoni, autora de uma das obras em exposição, e o designer e pesquisador pernambucano H.D.mabuse. Aberto ao público, o debate acontece nesta quarta (20), às 19h, no Auditório do MEPE. 

Serviço

Exposição Arte Cibernética - Coleção Itaú Cultural

Quarta (20) a 19 de janeiro

Terça a sexta | 9h às 17h; Sábado e domingo | 14 às 17h

Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, 960 - Graças)

R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia entrada)

Assunto em pauta na agenda mundial e nacional, a espionagem cibernética foi tema desta terça-feira (29) da terceira edição do seminário internacional Cyber Security, no Rio de Janeiro, com representantes de empresas e órgãos governamentais do setor de tecnologia da informação e de segurança. Como solução para o problema, foi unânime entre os palestrantes a necessidade de investimentos em tecnologias nacionais e a adoção de softwares (programas de computador) livres para combater a espionagem na rede e garantir a soberania cibernética brasileira.

Para o presidente do Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), Ricardo de Oliveira, o domínio da tecnologia significa soberania nacional. "Ainda não caiu a ficha da importância de termos o domínio da tecnologia nacional. É preciso estar atento ao que estamos produzindo aqui e como isso pode colaborar para o desenvolvimento do nosso país, sem ter paranoia em relação ao mundo, sem um modelo estatizante”, disse.

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Para o representante do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), José Maria Leocádio, os softwares livres trazem sustentabilidade de longo prazo para as empresas, pois são auditáveis, mais transparentes e aumentam a segurança dos produtos. “Estamos aumentando a voz para reclamar contra a espionagem, mas também precisamos arregaçar as mangas e codificar códigos de fontes mais seguros”, disse Leocadio, ao lembrar que a capacitação de pessoas é fundamental para que os softwares tenham real efetividade.

Leocadio explicou que o software americano, mesmo comprado no Brasil, continua enviando informações para seu fabricante. E o governo dos EUA, alegando razões de segurança, pode acessar esses dados. Segundo ele, a Microsoft faz isso porque a legislação dos EUA manda. A legislação dos EUA obriga que empresas como a Microsoft tenham dispositivos nos softwares que dão à Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) acesso aos dados de quem utiliza o programa.

O Serpro é responsável pelos programas de computador da Declaração de Imposto de Renda, entre outros programas, e o de correio eletrônico que em breve passará a ser usado por órgãos do governo federal.

O general José Carlos dos Santos, do Centro de Defesa Cibernética Brasileira (CDCiber), do Exército, defendeu a criação de uma Agência Nacional de Segurança Cibernética. “O Brasil não dispõe de um órgão com estrutura tecnológica de capacidade para certificar e homologar produtos utilizados pelas empresas de tecnologia da informação no nosso território”, ponderou. “Ainda não temos uma indústria de eletrônicos e telecomunicações para substituir grande parte dos mecanismos importados. Mas precisamos ter a capacidade de verificar se existem nos equipamentos críticos importados, como roteadores, canais ativados de espionagem [back door] por parte da inteligência dos países que fabricam esses produtos, como tudo leva a crer que ocorreu no caso Snowden”, disse, referindo-se às informações liberadas pelo ex-técnico da CIA, Edward Snowden.

Ainda segundo o general, embora a dependência tecnológica de países com grau de desenvolvimento mais alto seja a principal vulnerabilidade brasileira, dificilmente superado em curto prazo, o Marco Regulatório da Internet, que deve ser votado na semana que vem, representa um arcabouço legal fundamental para garantir direitos e deveres de cidadãos, empresas e do governo brasileiro, hoje inexistente. “Além disso, será uma posição oficial do Brasil em relação à governança da internet perante à comunidade internacional. O Brasil defende a neutralidade na internet, ou seja, que a internet é livre para todos, não apenas para grupos mais poderosos e uma governança que não esteja restrita a uns poucos países”, disse.

O representante da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Otávio Viegas Caixeta, explicou que uma série de medidas estão sendo tomadas há algum tempo por parte do governo para fortalecer a segurança cibernética como o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas  e a construção do Anel Óptico Sul-Americanos para criar uma rede governamental em nível continental.

O Exército vai inaugurar no início de 2014 um laboratório de pesquisa para a defesa de segurança cibernética e a Marinha do Brasil fará uma licitação de roteadores, com foco no mercado nacional.

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, tentaram cuidadosamente evitar um confronto público direto sobre segurança cibernética na abertura de uma cúpula de dois dias destinada a forjar os laços mais próximas entre os líderes das maiores economias do mundo.

Obama descreveu a polêmica questão cibernética como "águas desconhecidas." O presidente disse que ele e Xi discutiram assuntos cibernéticos apenas de maneira ampla durante sua primeira rodada de conversações, mas prometeu que uma discussão mais completa ocorrerá. Ele afirmou que era essencial que os EUA e a China alcançassem um "entendimento firme" sobre as questões cibernéticas, mas evitou acusar a China de orquestrar a invasão por hackers de computadores do governo e empresas americanas.

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"Devido ao incrível avanço da tecnologia, a questão da segurança cibernética e a necessidade de regras e abordagem comum serão cada vez mais importantes", disse Obama em uma entrevista coletiva com Xi na Califórnia.

Xi, que assumiu o poder na China em março, disse que a China não foi responsável pelas alegadas invasões. Ele afirmou que seu país também foi vítima de espionagem cibernética, mas não culpou ninguém pelas ações.

Falando mais amplamente, o líder chinês disse que ele e Obama acreditam que os dois países podem se aproximar um do outro de uma maneira "que é diferente do confronto e conflito inevitáveis". Ele convidou Obama para viajar à China para uma reunião similar, prometendo continua as discussões por telefone e troca de carta com o presidente americano.

Após a entrevista coletiva, Obama e XI participaram que de um jantar de trabalho privado. Eles deverão realizar outras rodadas de conversações na manhã deste sábado.

À medida que as reuniões prosseguirem, Obama tentará lidar com a impaciência de XI em relação às provocações nucleares da Coreia do Norte. O líder chinês quer que a Coreia do Norte volte às negociações nucleares, embora não esteja claro se Pyongyang está pronta para mudar seu comportamento.

Xi deverá usar a cúpula para reforçar também reclamações da China de discriminação empresarial nos EUA e expressar preocupação com os esforços de Obama para expandir a influência americana na região da Ásia-Pacífico, que a China vê como uma tentativa de conter seu crescente poder.

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