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A juíza Tatiana Saes Valverde Ormeleze determinou a prisão temporária de Davi de Oliveira Fernandes, 37 anos, e Valdir Bispo dos Santos, 49 anos, seguranças que chicotearam um jovem negro dentro do supermercado Ricoy, na zona sul de São Paulo. Eles foram identificados pela Polícia Civil a partir de depoimentos da própria vítima, do gerente do estabelecimento e outras testemunhas. A magistrada também autorizou buscas e apreensões contra os investigados pelo crime de tortura.

A juíza anota que "há fortes elementos ligando os representados à autoria do crime de tortura, tanto que foram divulgadas gravações do ofendido sendo açoitado pelos seguranças". "Ademais, o relato da vítima é detalhado em apontar como ocorreram as agressões".

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"Evidencia-se, ainda, a imprescindibilidade da segregação para o sucesso da persecução penal, garantindo a serenidade e efetividade da atuação policial: há necessidade da custódia para fins de proceder ao reconhecimento pessoal, viabilizar a identificação e individualização da conduta de todos os coatores, intentar obter informações para a localização da arma utilizada e do aparelho celular utilizado para a gravação da conduta delituosa, isso sem prejuízo dos demais atos de polícia judiciária", escreve.

"Outrossim, é presumível que a recolocação do representado em liberdade, após ser conduzido à delegacia, poderia frustrar completamente o intento investigativo é fácil concluir que, uma vez ciente das suspeitas que recaem sobre si, o agente buscaria apagar pistas e ocultar provas e, o que turbaria irremediavelmente as investigações. Em suma, é preciso esclarecer o mais rápido as circunstâncias do gravíssimo crime praticado, justificando o expediente", anota a magistrada.

Ao justificar o mandado de busca e apreensão, a juíza afirmou que o "indeferimento da medida pode fazer com que a prova da materialidade dos crimes investigados se perca pelo desaparecimento de seus indícios". "Por outro lado, acaso nada de ilícito seja encontrado no local, os moradores sofrerão um inconveniente suportável, especialmente quando a razoabilidade indicar que a medida é essencial ao atendimento do interesse público, em resguardo aos direitos da sociedade como um todo."

A Polícia Civil identificou os dois seguranças do supermercado Ricoy, da zona Sul de São Paulo, acusados de torturarem um jovem negro de 17 anos com um chicote. São eles Davi de Oliveira Fernandes, 37 anos, e Valdir Bispo dos Santos, 49 anos, seguranças terceirizados do estabelecimento situado em Vila Joaniza.

Os dois funcionários foram identificados, em depoimento, por um gerente do Ricoy.

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O rapaz de 17 anos afirmou à Polícia Civil ter sido ameaçado de morte por um dos seguranças do supermercado Ricoy para que não relatasse às autoridades ter sido vítima de uma sessão de tortura a chicotadas, após tentar furtar quatro barras de chocolate do estabelecimento.

Ele prestou depoimento ao 80º Distrito Policial, da Vila Joaniza, na zona Sul de São Paulo, após o vídeo das agressões cair na internet e virar alvo de inquérito policial.

O rapaz afirmou que, no mês passado, "em data que não recorda, dentro do supermercado Ricoy, instalado no local dos fatos, apanhou das gôndolas uma barra de chocolate e tentou sair sem efetuar o pagamento".

"Foi abordado na saída pela pessoa de Santos, segurança do local, o qual conhece já há algum tempo."

"Ele foi auxiliado por Neto que juntos levaram a vítima até um quarto nos fundos da loja", narrou.

"Ali a vítima foi despida, amordaçada, amarrada e passou a ser torturada com um chicote de fios elétricos trançados. Ali, permaneceu por cerca de quarenta minutos, sendo agredido o tempo todo".

O advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos), acompanhou o jovem para depor. "Contatei hoje o Conselho Tutelar da Cidade Ademar para que acompanhem o caso e deem apoio através de encaminhamentos sociais ao adolescente. Encaminhei o Boletim de Ocorrência com o endereço para os conselheiros realizarem uma visita onde ele está morando e verifiquem se ele está recebendo alguma ameaça", afirmou.

"O conselho também vai verificar a necessidade de assistência psicológica ao jovem. O menino está passando hoje por exame de corpo delito. Os agressores logo que identificados e indiciados podem ser presos preventivamente já que no dia dos fatos ameaçaram o rapaz caso ele denunciasse a violência sofrida", diz Ariel.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com a defesa dos seguranças Davi de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo dos Santos. Também busca manifestação da empresa de segurança e do supermercado Ricoy. O espaço está aberto.

Prostitutas e casais apaixonados foram punidos em público nesta sexta-feira (20) com chicotadas, aplicadas pela polícia da sharia em Aceh, única província da Indonésia que aplica a lei islâmica.

Mais de mil pessoas, incluindo dezenas de turistas da vizinha Malásia, assistiram às cenas de flagelo diante da mesquita de Banda Aceh, capital da província, onde os condenados foram vaiados quando receberam as chicotadas nas costas.

Cinco mulheres e três homens foram condenados por não respeitar as regras da sharia (lei islâmica), acusados de gestos de afeto em público ou pela oferta de serviços sexuais na internet, anunciaram as autoridades locais.

Além das relações heterossexuais entre pessoas que não são casadas e da oferta de serviços sexuais, o consumo de bebida alcoólica, as relações entre pessoas do mesmo sexo e os jogos de azar estão proibidos nesta província do país muçulmano de maior população no mundo.

A província de Aceh foi autorizada a aplicar a lei islâmica depois de obter de Jacarta um estatuto de autonomia em 2001 para acabar com décadas de rebelião separatista.

Um iraniano que matou um cão foi condenado a receber 74 chicotadas e a comparecer a aulas semanais durante um ano para aprender a tratar bem os animais, informa a agência Mizan, vinculada ao Judiciário do país.

O vídeo que mostra o homem atirando o cão contra seu veículo e depois agredindo o animal até a morte provocou uma grande indignação.

O homem foi detido um mês depois do crime na província de Ardebil, noroeste do país, graças a uma demanda apresentada pelo diretor da Organização para a Proteção do Meio Ambiente da região.

Nos últimos meses foram denunciados vários casos de maus-tratos contra animais, alguns contra cães e outros cometidos durante a caça de animais selvagens, que provocaram indignação nas redes sociais.

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