Tópicos | Chambinho do Acordeon

 No dia 30 de maio, na Zona Norte do Recife, o Arcádia Apipucos recebe a 17º edição do ‘Forró Iluminado’. O evento beneficente é promovido pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e toda renda arrecada será revertida para a reabilitação de crianças, jovens e adultos que fazem parte instituição.

Nesta edição, o cantor Chambinho do Acordeon é atração do ‘Forró Iluminado’. Além dele, Alcymar Monteiro, Geraldinho Lins, Cristina Amaral, André Rio e Nena Queiroga também se apresentam no evento.

##RECOMENDA##

Os ingresso custam R$ 180 e dá direito ao buffet de comidas típicas do Arcádia e bebidas não alcoólicas. As entrada podem se adquiridas na AACD de segunda a sexta, das 8h às 17h, e nas lojas Marie Mercié dos Shoppings Recife e RioMar.

Serviço

Forró Iluminado

30 de maio | 19h

Arcádia Apipucos (R. de Apipucos, 568 - Apipucos)

R$ 180

Menos de um mês depois de ter chorado no plenário ao ler a carta em que a filha do ex-presidente do PT José Genoino acusa a mídia e alguns setores da política brasileira pela condenação de seu pai, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) quase fez chorar o músico Chambinho do Acordeon. Desta vez, de constrangimento. Suplicy chegou ao plenário com Chambinho, vestido de gibão e chapéu de couro, como Luiz Gonzaga, que ele interpreta no cinema. O senador disse que o ator, que também é acordeonista, iria se apresentar ali mesmo para um público de poucos parlamentares.

Presidindo a sessão, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) brecou a iniciativa, alegando que o regimento proíbe apresentação de terceiros no plenário. "Não tem amparo regimental, não é o momento", alegou. Suplicy insistiu, mencionando outras homenagens que ali foram feitas. Mozarildo lembrou que o fato se deu em sessões especiais, próprias para homenagens. "Vossa excelência pode requerer uma sessão solene em que o ouviríamos com muito prazer. Este não é o momento regimentalmente adequado", reiterou.

##RECOMENDA##

Sem saída e incentivado pelo senador, completamente sem graça, Chambinho terminou dando um show relâmpago do lado de fora, encostado ao plenário.

O uso do plenário para atos promocionais levou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) a apresentar, no início do ano, projeto de resolução proibindo as sessões de homenagens nos dias de sessões normais do Congresso. A farra das louvações chegou a tal ponto que raro era o dia em que não ocorriam. Aloysio apontou a existência de "um certo mal-estar entre os senadores com a banalização das homenagens". "Temos tido sessões solenes todas as semanas. Isso é ruim para o Senado, desmerece o Senado, desmerece a atividade política dos senadores ocuparmos nosso tempo, o horário nobre do Senado, com sessões solenes, por mais meritórios que sejam os homenageados", protestou ele, na ocasião.

O filme Gonzaga - de pai pra filho estreia nesta sexta (26) nos cinemas brasileiros, e a expectativa é grande para conferir o longa-metragem que retrata o mais importante músico nordestino, Luiz Gonzaga. A trama da película foca na difícil relação de Gonzaga com seu filho, o também músico e compositor Gonzaguinha.

Dirigido por Breno Silveira (Dois Filhos de Francisco e À Beira do Caminho), Gonzaga - de pai pra filho tem como protagonistas o sanfoneiro Chambinho do Acordeon (um dos três que interpretam Luiz Gonzaga, vivendo a fase adulta do artista) e Júlio Andrade, que encarna Gonzaguinha.

##RECOMENDA##

Os três conversaram separadamente com o LeiaJá sobre a experiência de filmar um filme baseado na história de um ícone da cultura brasileira. Confira as entrevistas exclusivas com o diretor e os protagonistas de Gonzaga - de pai pra filho, concedidas a Thamiris Barbosa.

Breno Silveira, diretor
Mais um sucesso do cinema brasileiro vem aí?

Eu espero que seja um sucesso. Gonzaga vem como uma segunda biografia, depois de Dois Filhos de Francisco e há muito tempo eu procurava uma história que fosse emocionante e bem brasileira, que falasse de dois personagens de nossa música. E Gonzaga... é uma honra poder falar de um homem tão grande quanto Luiz Gonzaga. Acho que é um filme emocionante como Dois Filhos e muito brasileiro, para qualquer classe, idade, para qualquer brasileiro que esteja afim de ver um bom filme.

Porque a escolha por contar a história de Gonzagão e Gonzaguinha? Como você chegou à relaçâo entre os dois como fio condutor do filme?

Seria praticamente impossível fazer um filme sobre Gonzaga era preciso um eixo, um recorte. Gonzaga é um personagem que merece dez filmes (risos). Ele ´muito grande. A ideia foi partir de umas fitas que eu recebi, nas quais Gonzaguinha entrevista o pai. A partir do que o pai está contando nessas fitas eu faço o filme. E é legal porque você entende um pouco da relação dos dois, Gonzaguinha pergunta porque foi abandonado no morro, quem era a mãe... Então são duas misturas de que eu gosto muito, tem o drama, que também tinha em Dois Filhos, e tem a história musical de dois gigantes da nossa música. Tem toda essa química, prometo que vocês vão se emocionar, se apaixonar, rir, eu acho que temos um bom filme para mostrar.

Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou para realizar Gonzaga-de pai pra filho?

Foram duas dificuldades que para mim foram as maiores. A primeira é resumir a história de Gonzaga, que não tinha fim. Nada cabia em duas horas, o primeiro roteiro a gente começou há sete anos, até peneirar e conseguir contar essa história. Demorou muito, porque são infinitas as histórias de Gonzaga. A segundo foi encontrar quem fizesse Gonzaga. Quem poderia ter a cara dele, tocar o acordeon, atuar no filme, são muitos desafios. Eu levei quase um ano para encontrar os três Gonzagas que fazem o meu filme, e a dificuldade de encontrar um Gonzaguinha. Essas foram as coisas mais difíceis neste filme e eu estou feiz com o resultado, a gente tem três atores maravilhosos vivendo Gonzagão, parecidos, que tocam e cantam, então tem muita música, e um Gonzaguinha espetacular, que completa o filme.


Chambinho do acordeon, Luiz Gonzaga

Como foi a sua preparação para interpretar o papel de uma pessoa tão importante?

Foi em cima da discografia e de histórias verídicas de Luiz Gonzaga. Como eu sou sanfoneiro, tive que ter um preparo com o Sérgio Pena, conhecer as artimenahs do ofícoi. Tivemos vários laboratórios, como ir à Feira de São Cristóvão, tocar no meio da rua. Eu tive que perder dez quilos. Teve fonoaudióloga, fisioterapeuta... Teve toda a questão psicológica de ficar longe de casa, passei quase seis meses longe da família, foi muito complicado, mas acho que a gente conseguiu estabelecer uma meta e dar conta do recado.

Para você, qual desses aspectos foi a maior dificuldade?

As dificuldades foram muitas, começando logicamente pela preparação, como eu disse. Interpretar Luiz Gonzaga, um ídodlo, um homem considerado um santo não s´po on Nordeste, mas no Brasil. E como sempre fui muito fã de Luiz Gonzaga, foi mais difícil ainda. Essa coisa de tocar, conhecer o "timing" do cinema, foi complicado, mas quando a gente chegou no primeiro "ação", eu já estava com o preparo psicológico. Eu encarei Luiz Gonzaga como um personagem para não ficar aquela coisa do mito. E trabalhamos bastante.

Você se disse um fã de Gonzaga. Como foi interpretá-lo e como você foi escolhido para o papel?

Chegou um email dizendo que a Conspiração Filmes estava precisando de atores e sanfoneiros que parecessem com Gonzaga. Então nós fomos, em um carro alugado, de São paulo ao Rio de Janeiro, a minha esposa dirigindo e eu tentando decorar o texto. Fiz o teste todo tremendo. Eu tinha chegado de um show na noite anterior. Interpretar Luiz Gonzaga é um sonho do qual não acorcei ainda. Como eu vi o Breno (Silveira, diretor do filme) dizer em uma entrevista que Gonzaga foi o primeiro popstar que tivemos no país. Falar deste projeto tão grandioso me deixa até nervoso, acho que Gonzaga - de pai pra filho vai entrar para a história do cinema.

Júlio Andrade, Gonzaguinha

Como se deu a sua preparação para interpretar Gonzaguinha neste filme?

Minha preparação vem desde muito pequeno, que eu me lembre aos oito anos de idade, quando comecei a escutar Gonzaguinha, a me apaixonar pela música, pela história. Depois disso virei músico, ator, tudo também por influência. Esse filme fala de relações humanas, de família. E eu acho que um pai se torna pai quando vira referência e Gonzaguinha foi uma referência para mim. De alguma forma, ele foi meu pai também, então está tudo misturado. A minha preparação para este filme começa há cinco anos quando fiquei sabendo que o filme ia rolar através de uma amiga que foi a pessoa que deu as fitas cassetes que originaram o roteiro do filme para o Breno Silveira. Desde então eu fiquei pensando muito nisso, focando muito. Joguei para o mundo, para o universo e chegou nos ouvidos da Conspiração e do Breno e eles me chamaram para um teste. Fiz o teste e passei. A preparação para o filme em si foi muito solitária e particular eu dirira, porque a gente tinha um preparador de elenco, o Pena, que teve que focar muito no Chambinho que não é ator. E o Breno achava que eu já tinha muito de gonzaguinha, que não precisava participar desses meses de preparação. Eu me alimentei de muitas histórias, muita música, pessoas que conheceram o Gonzaguinha e puderam me falar de detaklhes do cotiano deles. A gente está acostumado com o Gonzaguinha da TV, onde ele se veste daquele personagem. Eu pude conhecer o Gonzaguinha através dos olhos de amigos e familiares, então fui minunciando esses detalhes para poder chegar no filme e botar pra fora.

Você falou que ouve Gonzaguinha desde seus oito anos. Como foi interpretar um ídolo?

Eu levei meu pai na pré-estreia do filme no Festival do Rio, e para ele só caiu a ficha quando começou o filme. Foi meu pai quem me apresentou Gonzaguinha, ele é apaixonado por Gonzaguinha, então foi emocionante porque ele falou: "meu filho, não estou acrediando que estou aqui e que você fez um filme do Gonzaguinha e que a gente está neste cinema, o Odeon, no Rio de Janeiro. Então é muito grande para mim, eu posso contar nos dedos de uma mão os momentos mais felizes da minha vida e esse vai estar eternamente, tanto pesoalmente quanto profissionalmente. Pessoalmente porque tem essa relação com o ídolo, e profissionalmente porque é o filme que vai atingir o maior público da minha carreira. Sou muito grato e me sinto muito privilegiado de ter participado deste filme.

Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou no processo de gravação de Gonzaga - de pai pra filho?

Era a hora de entrar em cena. Ao mesmo tempo que foi tudo muito prazeroso, eu não podia deixar passar aquele momento porque o cinema é um registro eterno, você tem que estar muito preparado para estar em cena. A minha maior dificuldade foi me colocar naquela situação e segurar esse personagem, esse mito, que na minha cabeça já era grande e aos olhos do povo é maior ainda então eu tinha que segurar essa peteca. Todas as cenas foram ritualísticas para mim, eu sempre me concentrei muito, me concentrava da hora de dormir até a hora da cena, e a maior dificuldade era manter essa concentração. Mas foi tudo extremamente prazeroso, todos os momentos que eu vivi fazendo esse filme.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando