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A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) vai reforçar seu programa de orientação técnica e treinamento na investigação epidemiológica da doença de Chagas. Até 31 de agosto de 2019, 97 casos de doença de Chagas foram registrados no Pará. O número representa uma queda de 46% em relação ao ano passado, que registrou 179 ocorrências no mesmo período. 

Por meio do Programa de Controle da Doença de Chagas, as ações da Sespa consistem no treinamento de agentes municipais de saúde, enfermeiros, médicos, agentes da vigilância sanitária e batedores de açaí. A campanha conta com o apoio das Secretarias Municipais de Saúde.

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As ações também possuem cunho educativo, de orientação em educação em saúde. Em 2019, os três municípios paraenses que mais registraram casos da doença de Chagas foram Abaetetuba, com 25 casos, Breves, com 23, e Belém, com 11.

Além da orientação técnica destinada aos profissionais das Secretarias Municipais de Saúde, serão realizadas vistorias nos pontos de vendas de açaí em Belém e no interior do Pará, com base em normas estabelecidas pelo Decreto 326 do governo estadual, que especifica as regras para o manejo e consumo do açaí em todo o estado do Pará.

Segundo o coordenador do Programa de Controle da Doença de Chagas da Sespa, Ednei Amador, no Pará ainda existem estabelecimentos que não obedecem às regras de manipulação e qualidade do açaí. Porém, existem lugares como a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí (Avabel) e a Casa do Açaí, da Prefeitura de Belém, que realizam o trabalho de conscientização e capacitação dos batedores de açaí.

“São lugares que trabalham para que os manipuladores sejam conscientizados, treinados com o que chamamos de ‘boas práticas de manipulação do açaí’ e aprendem o processo de branqueamento do fruto, método que temos como o mais seguro para prevenir a doença de Chagas”, conta o coordenador Ednei Amador.

Apesar da relação da doença de Chagas com o açaí, não é somente pelo consumo do fruto que se dá a transmissão da doença. “Qualquer alimento contaminado com restos do inseto barbeiro ou com as fezes dele podem provocar a doença. Caça crua ou malcozida, como tatu e paca, são reservatórios do Trypanossoma (protozoário causador da doença), e ele pode estar circulando dentro deles no momento do consumo”, comenta o coordenador.

Quando surgem os primeiros casos de doença de Chagas em certo município ou região no Pará - os chamados “casos índices” –, as secretarias municipais começam a investigar os fatores epidemiológicos ou sanitários de transmissão da doença e comunicam à Sespa, para que o órgão monitore o quadro clínico dos pacientes e os auxilie. 

No Pará, as principais referências no tratamento da doença de Chagas são o Hospital Universitário João de Barros Barreto, da UFPA, e o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. As próximas ações da Sespa contra a doença ocorrem de 24 a 27 de setembro em Barcarena e em outros dez municípios do entorno.

Por Yves Gabriel Lisboa.

As pessoas que residem na área municipal de Petrolina, Sertão pernambucano, poderão contar com a implantação do Programa de Controle da Doença de Chagas, doença que atingiu 33 das 51 localidades da Zona Rural que passaram pela pesquisa da Secretaria de Saúde entre os meses de janeiro e maio. Uma equipe composta por agentes de Endemias estará visitando as áreas infectadas para realizar a borrifação.

“Foram encontrados barbeiros em 33 localidades propícias para a doença. Diante desse resultado a secretaria de Saúde, está realizando borrifações nos domicílios positivos, como estratégia de interrupção do ciclo de transmissão da doença de Chagas”, contou o gerente de Endemias de Petrolina, Jailson de Araújo. Segundo ele, até o mês de dezembro, vão ser relaizadas novas pesquisas.

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Uma doença que chega com sintomas similares a uma simples virose. A doença de chagas, que teve o primeiro caso registrado no Brasil em 1976, ainda atinge a população depois de 37 anos. No próximo domingo (14), o dia é lembrado mundialmente, mas nesta sexta (12), os portadores receberam uma ação da Casa do Paciente Portador de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca da Universidade de Pernambuco (UPE) em frente ao Procape, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

Segundo o coordenador da fundação, Dr. Wilson Oliveira, os pacientes têm chance de viver até muitos anos depois, se tratados corretamente. “Esses pacientes muitas vezes demoram para descobrir que estão infectados. Mas, depois que descobrem, através de um simples exame de sangue já podem começar o tratamento preventivo”, afirmou.

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Hoje (12), os pacientes tiveram um café da manhã acompanhado de assistência médica, como rotineiramente. A ação é para lembrar a população sobre a doença. “Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 2 milhões de pessoas têm a enfermidade. Aqui, eles tem acompamento cardíaco, psicológico, assistência social há 25 anos para tratar e aqueles que têm dúvida, podem vir para tirá-las”, explicou a cardiologista Cassandra Barros Correia.

Com 12 voluntários, 1260 pacientes e 13 médicos, a fundação consegue atender as pessoas com ajuda beneficente, além do auxílio de estudantes de mecidina da UPE.

A doença  - É transmitida através de um inseto conhecido como "barbeiro". Os sintomas da doença de chagas podem variar durante a infecção. Inicialmente, que é a fase aguda, os sintomas podem ser inchaço nos locais de infecção. Depois dos 50 anos de vida, os sintomas ficam mais graves, e os portadores sofrem com insuficiência cardíaca e desordens do sistema digestivo.

Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Na fase mais grave, o tratamento é dado através de remédios como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol que podem curar ou diminuir o caso em até 80%, de acordo com o médico e coordenador da fundação, Wilson Oliveira.

A Universidade de Pernambuco (UPE), por meio do Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca, departamento do Pronto Socorro Cardiológico da instituição (Procape), realizará a "VII Jornada Pernambucana de Doenças de Chagas", nos dias 8 e 9 de novembro.

O evento será realizado no Recife Praia Hotel, que fica na Avenida Boa Viagem, 9, no bairro do Pina, e reunirá conferências, palestras e mesas redondas que discutirão a doença que atinge até 200 brasileiros todos os anos e está diretamente ligada às condições precárias de moradia.

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Na ocasião, será lançado o livro "Quando fala o coração", dos médicos Wilson Oliveira Jr. e Cláudio Castro. Toda a renda arrecadada com a venda dos exemplares será revertida para a Associação dos Portadores de Doença de Chagas, Insuficiência Cardíaca e Miocardiopatia de Pernambuco (APDCIM/PE), que está completando 25 anos. 

Os interessados podem fazer a inscrição pelo e-mail jornadachagas@gmail.com, contudo é preciso fazer a confirmação da inscrição mediante a entrega de 2kg de alimento não perecível no local do encontro. Outras informações pelo telefone (81) 3181-7202.

O mal de Chagas atinge principalmente adultos entre 30 e 50 anos, na maioria mulheres, com baixo nível socioeconômico, com precária formação escolar e profissional, mas pode atingir classes sociais mais elevadas.

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