Tópicos | Cetesb

A cidade de São Paulo registrou na segunda-feira (23) nível "péssimo" de qualidade do ar pela primeira vez desde 1996. O índice foi verificado na estação de Perus, zona noroeste da capital paulista, e está diretamente ligado ao incêndio que atinge o Parque Estadual do Juquery desde domingo (22), já consumindo cerca de 65% da área da unidade protegida na Grande São Paulo. Com o controle do fogo, a qualidade do ar até apresentou tendência de melhora, mas ainda não é considerada satisfatória.

"Com o incêndio de grande porte na região de Juquery, a massa da queimada acabou atingindo a região metropolitana e Perus registrou altíssima concentração de poluentes, deixando a qualidade do ar péssima na região, o que não se observava desde 1996 não só em São Paulo, mas em toda a região metropolitana", explicou em entrevista ao Estadão a gerente da divisão de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Maria Lúcia Guardani.

##RECOMENDA##

"Ontem (segunda-feira) foi um dia atípico, muito diferente. Por causa da queimada, atingimos esse cenário, mas está melhorando", complementa Maria Lúcia. Segundo ela, enquanto outras oito regiões registraram níveis "ruim" ou "muito ruim" na segunda-feira, Perus permaneceu com o nível "péssimo" ao longo de todo o dia. O índice melhorou apenas no início da madrugada desta terça-feira, 24, passando, ainda assim, para o nível "muito ruim".

Boletim diário emitido pela Cetesb às 11 horas desta terça apontou que 11 das 28 estações da região metropolitana de São Paulo registraram nível "ruim" de qualidade do ar e outras duas, entre as quais a estação de Perus, registraram nível "muito ruim". Nenhuma registrou "nível péssimo".

"O incêndio foi contido, ainda tem fogo, mas não está afetando a região como aconteceu na segunda", explica a gerente da Cetesb, acrescentando ainda que as partículas se dispersaram pouco por ausência de vento e chuva na capital. Esses são alguns dos fatores que, segundo ela, fazem com que o nível de umidade do ar esteja crítico na cidade, métrica que é diferente da qualidade do ar.

"Estamos em um período de alta pressão atmosférica e a característica desse tempo é que o ar fica pressionado, o que significa que os poluentes não se dispersam. Isso tende a persistir por dias", explica o engenheiro e geógrafo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), David Tsai, reforçando que a situação está crítica mesmo fora dos índices. "É perceptível, pela própria respiração, que o ar não está legal", acrescenta.

Tsai diz ainda que, historicamente, São Paulo é um Estado que apresenta problemas por queimadas em plantação de cana, mas isso, segundo ele, foi reduzido com o avanço da legislação ambiental. Na região metropolitana, por outro lado, eventos como o do Parque do Juquery são considerados atípicos, o que acabou sendo determinante para a oscilação nos índices de qualidade do ar.

Nesta terça-feira, às 12 horas, a Defesa Civil municipal decretou estado de atenção, quando a umidade do ar fica entre 21% e 30%. Abaixo desse patamar, já é considerado nível de alerta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é entre 50% e 60%.

Nos próximos dias, a tendência é de que o tempo continue da mesma forma, com potencial para novos recordes de calor no inverno. O calor aumenta na quarta-feira, quando os termômetros podem alcançar a máxima de 32°C no meio da tarde. Pelo menos até quinta-feira, os índices de umidade devem continuar próximos ou abaixo dos 20%.

Cuidados com a saúde

O clima seco afeta o revestimento das vias respiratórias do nariz até o pulmão, explica o pneumologista André Nathan Costa, do Hospital Sírio Libanês. Quando essa mucosa fica ressecada, diz ele, o ambiente se torna favorável para a proliferação de agentes infecciosos, como vírus e bactérias. Além disso, por estar mais sensível e propensa a pequenas lesões, podem aparecer sintomas de tosse, sangramento nasal e irritação na garganta.

Os principais cuidados são relacionados à hidratação, que deve ser intensa. É recomendável, também, ingerir menos sal e alimentos condimentados. Costa aconselha ainda o uso de soro fisiológico no nariz e, eventualmente, de inalação. Se houver sintomas graves, o procedimento é procurar um médico e evitar automedicação.

Segundo o pneumologista, as pessoas mais propensas a sofrer danos à saúde por causa do ar seco são crianças, idosos e aqueles que já têm doenças respiratórias, como rinite, sinusite crônica, asma, bronquite e efisema. (Colaborou Davi Medeiros)

A recomendação das autoridades de saúde para o isolamento social durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) pode ter auxiliado na melhora da qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), as 29 estações de monitoramento mostram qualidade boa da atmosfera em relação à emissao dos poluentes primários.

Segundo a Cetesb, na observação feita desde 20 de março, os índices de monóxido de carbono (CO) estão menores do que aqueles registrados nos demais dias do mês. Ainda de acordo com o órgão, além da redução do número de veículos em circulação e da diminuição dos engarrafamentos, as condições meteorológicas foram favoráveis para a dissipação dos poluentes.

##RECOMENDA##

Apesar da queda nos indicadores de gases tóxicos no período, há 12 anos a região da Grande São Paulo não atinge os índices ideais.

O Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) realizou um estudo em que a cidade de Guarulhos aparece em 61ª posição no Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana para os Municípios Brasileiros.

O estudo sobre a gestão do lixo envolveu mais de 3 mil cidades e teve a parceria da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) e da consultoria Price Waterhouse Coopers (PWC).

##RECOMENDA##

“A questão da gestão do lixo, principalmente nas grandes cidades como Guarulhos, é algo bastante complexo e que exige total atenção do poder público. Ficamos bastante satisfeitos com este resultado, porém acreditamos que podemos melhorar e estamos nos empenhando neste sentido”, afirmou a secretária de Serviços Públicos de Guarulhos, Loredana Glasser.

Sustentabilidade econômica, serviço de coleta, recuperação de materiais e destinação correta do lixo foram alguns dos critérios utilizados para a realização do estudo. A primeira colocada foi Maringá (PR), seguida por Niterói (RJ) na segunda posição, e por Santos (SP), em terceiro lugar. A cidade de São Paulo ocupou a 49ª colocação.

Aterro sanitário de Guarulhos é nota 9,6 pela Cetesb

Segundo o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos feito pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Guarulhos possui um dos melhores aterros sanitários do Estado, com nota 9,6 no Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), que avalia aterros de 0 a 10.

A elaboração do estudo considera a situação encontrada em inspeções técnicas semestrais para avaliação das condições ambientais e verificação das licenças ambientais de instalação e operação.

Para mais informações sobre o estudo, acesse o site: www.selur.com.br/publicacoes/islu-indice-de-sustentabilidade-da-limpeza-urbana-para-os-municipios-brasileiros/.

Na manhã desta segunda-feira (30), diversos peixes foram encontrados mortos dentro de tanques em uma colônia de pescadores localizada no Rio Aracuá, um dos afluentes do Rio Tietê, em São Miguel, interior de São Paulo.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) de Botucatu informou que enviará ao local uma equipe para fazer avaliação na água.

##RECOMENDA##

Cada tanque suportava cerca de 2,5 mil peixes, que são criados para serem vendidos. De acordo com os pescadores, os peixes foram retirados dos tanques e levados às margens para serem enterrados em valas. 

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) inaugurou nesta terça-feira, 17, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, um novo laboratório para análise das emissões de veículos movidos a diesel.

Similar aos mais modernos do mundo, o laboratório vai permitir que a agência realize pesquisas sobre as emissões geradas por automóveis e vai dar subsídios ao governo na formulação de medidas públicas de controle da poluição veicular. Irá permitir que os protótipos feitos pelas montadoras sejam testados para que se saiba se eles atendem aos parametrôs da legislação.

##RECOMENDA##

O laboratório tem uma área total de 663 metros quadrados, capacidade para analisar 120 veículos e está instalado em um terreno de 15 mil metros quadrados. O valor de implantação de R$ 12 milhões, pago com dinheiro do governo do estado, do governo federal e da indústria automobilística.

O número de aterros sanitários inadequados cresceu 52% no Estado de São Paulo em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR), indicador das condições de deposição dos lixos domésticos produzidos em cada município, apontou aterros inadequados em 41 municípios paulistas no ano passado. No ano anterior, eram 27 cidades com depósitos de lixo não adequados.

##RECOMENDA##

Os dados constam do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos, concluído este mês e publicado no site da agência ambiental paulista. Muitos dos aterros reprovados pela Cetesb funcionam como lixões a céu aberto.

A classificação leva em conta critérios como as condições físicas e técnicas do aterro, ocorrência de queima de resíduos, vida útil e eventuais restrições ao uso do solo. A pontuação vai de zero a dez e os aterros com até 7 pontos nesse ranking são considerados inadequados.

Entre os de pior classificação estão o de Nipoã, com apenas 2 pontos, e o de Itapeva, com 2,4. Os dois tiveram notas acima de 7 em 2014. A maioria dos municípios com notas mais elevadas estão entre os 262 que depositam o lixo em aterros particulares.

Não foram considerados no levantamento os municípios de Arapeí e Bananal, que "exportam" o lixo para o Estado do Rio de Janeiro, e de Igarapava e Ituverava, que depositam em Minas Gerais.

A Cetesb aponta como principais problemas dos municípios na gestão do lixo o esgotamento das áreas de deposição de lixos urbanos e a falta de novas áreas livres para aterros.

Cita ainda a escassez de recursos das prefeituras em razão da queda na arrecadação, afetada pela crise econômica. "Em alguns casos, nota-se que essa situação é agravada pela inércia do poder público municipal", informa no documento.

Eficiência

Para a ambientalista Malu Ribeiro, coordenadora de Projetos da SOS Mata Atlântica, está havendo sucateamento dos serviços de eficiência dos aterros e relaxamento na busca de alternativas, como a compostagem e a reciclagem.

A gestão da Secretaria do Meio Ambiente também deixa a desejar, segundo ela. "Criou-se uma política de buscar anistia para a inação das prefeituras. A fiscalização foi flexibilizada", disse.

A assessoria de imprensa da secretaria informou que, para os 41 municípios classificados como inadequados, a Cetesb adota as medidas cabíveis, que incluem orientação técnica, assinatura de termos de compromisso e aplicação de penalidades.

No ano passado, o número de inspeções em aterros subiu de 1.314 para 1.580, em comparação com o anterior, e o de multas, de 88 para 94.

Um aterro foi interditado em General Salgado, assim como transbordo em Mongaguá, São Vicente, Campinas (privado) e Descalvado. Este ano, foram interditados aterros em Mirandópolis, Juquiá, Ribeira e Vargem Grande do Sul, além do transbordo em Assis.

O gestor de Meio Ambiente de Nipoã, João Ivan Giacon, informou que o aterro sanitário do município teve a capacidade esgotada no ano passado e uma área para ampliação está em processo de aquisição.

A prefeitura de Itapeva informou que o depósito atual não atende as exigências e já protocolou na Cetesb projeto de um novo aterro.

As águas do Rio Tietê voltaram a apresentar coloração escura neste final de semana, em Salto, no interior de São Paulo. O fenômeno foi observado durante todo o domingo (5) e, nesta segunda-feira (6), a água ainda tinha um tom de cinza escuro. A espuma que se formava logo após a região central da cidade apresentava manchas pretas. Turistas e moradores se espantaram com a mudança na cor da águas.

O secretário de Meio Ambiente do município, João de Conte, que foi ver de perto o fenômeno, disse que pode ter sido resultado das chuvas dos últimos dias. "Houve aumento na vazão, e a água pode ter revolvido a lama e a poluição assentadas no fundo, mas isso ainda é só uma hipótese." Ele lembra que, em novembro de 2014, as chuvas ocorridas após longo período de estiagem fizeram com que as águas do rio ficassem pretas. Na ocasião, o fenômeno causou a morte de 40 toneladas de peixes.

##RECOMENDA##

Desta vez, não tinham sido registradas mortes de peixes até a tarde desta segunda-feira. Segundo Conte, os órgãos ambientais foram acionados para detectar a origem do problema. Nas últimas semanas, a formação de espuma tem sido frequente nesse trecho do rio, o que ele atribui à presença de detergentes na água, decorrentes de esgotos lançados no rio sem tratamento, sobretudo na Grande São Paulo.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que a mudança na coloração da água deve-se a um fenômeno natural, decorrente da chuva. O aumento na vazão fez com que os detritos depositados no leito se misturassem à água, que se tornou mais escura.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou a Ultracargo em R$ 22,5 milhões por danos ambientais, riscos à população e outras consequências do incêndio na zona industrial de Santos, no bairro da Alemoa. É a primeira autuação contra a empresa desde o acidente que contaminou água e vegetação na região, provocando a morte de milhares de peixes.

A penalidade emitida em nome do Terminal Químico de Aratu - Tequimar, tem base nos artigos 61 e 62 do decreto federal 6514/08, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

##RECOMENDA##

Em nota, a Ultracargo confirma ter recebido a autuação e afirma que "a empresa irá avaliar o documento, suas exigências e responderá à autoridade no prazo determinado".

Impactos

As dimensões dos impactos ao meio ambiente são maiores do que o esperado pelas autoridades, segundo o promotor de Urbanismo e Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Junior. "O que chamou mais a atenção até este momento foi a extensão do dano na lagoa que fica exatamente ao lado do local onde houve o incêndio", disse. "Uma grande quantidade de material contaminado foi parar nessa lagoa. Os estragos são grandes, muito além do que imaginávamos."

As compensações e pagamentos pela degradação decorrente do acidente, incluindo eventuais indenizações à população e às comunidades pesqueiras da região, não dependem das causas, mas, sim, de identificar os responsáveis legais pelo local. E, segundo o promotor, ao menos três empresas aparecem nessa posição.

"Dentro da mesma área, sem divisões internas, com compartilhamento de linhas e de tanques, existem dois terminais. O que pegou fogo tem o nome de Teas (Terminal Exportador de Álcool de Santos), pertencente a uma empresa que faz parte do Grupo Raízen. E há outro com o nome de Terminal Intermodal de Santos, de propriedade da Empresa Terminal Químico de Aratu S/A - Tequimar. Ambos operados pela Ultracargo. E todas entram no inquérito civil. Todos respondem por tudo", explicou Daury de Paula Junior.

Esse "sistema intrincado de relações jurídicas", conforme informações do promotor, fez com que fossem emitidas várias licenças ambientais pela Cetesb e Autos de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o que também abre uma nova frente de avaliação porque, inicialmente, essas licenças deveriam ser unificadas e precisariam refletir uma situação física. "Se as áreas são juridicamente distintas, esse é um problema de ordem empresarial, que não poderia ter reflexos nos licenciamentos."

Apesar do investimento de US$ 2 bilhões previsto entre 2009 e 2016 na atual fase do projeto de despoluição, o Rio Tietê não registrou melhora na qualidade das águas em 2013, conforme o relatório da Cetesb.

O levantamento feito em 23 pontos de monitoramento espalhados pelos 1.10o quilômetros de extensão do rio mostra que em 11 a qualidade da água é ruim ou péssima. Os trechos mais problemáticos continuam na Região Metropolitana, a partir de Suzano, e só há melhora após Laranjal, no interior. "No trecho compreendido entre as Bacias Alto e Médio Tietê, não se constatou uma melhora na qualidade das águas, embora tenham sido realizados investimentos em saneamento ao longo dos últimos anos.

##RECOMENDA##

Salienta-se, contudo, que na Alto Tietê, que representa aproximadamente 50% da carga orgânica lançada no Estado, observou-se uma redução nos lançamentos de 644 para 633 toneladas de DBO (demanda biológica de oxigênio) por dia", afirma o relatório da Cetesb.

"Nas proximidades da nascente, o Rio Tietê apresentou qualidade regular. No trecho do Médio Tietê, a jusante da Região Metropolitana de São Paulo, a qualidade piora, passando a péssima com presença de metais, toxicidade, eutrofização (excesso de fósforo ou nitrogênio) e baixos níveis de oxigênio dissolvido", diz o documento.

Chuvas

Responsável pela despoluição do Tietê, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou, em nota, que, em 2013, "os meses de janeiro e dezembro tiveram chuvas muito abaixo da média histórica, o que interfere nas análises" da Cetesb e ressaltou que a Sabesp atua em apenas um entre os principais contribuintes com lançamento de esgoto no rio - a capital. "Cabe ressaltar ainda que a limpeza do Tietê depende muito do combate à poluição difusa. Ou seja, evitar lixo e esgoto clandestino lançados nas ruas e nos córregos da Grande São Paulo. Varrição e coleta de lixo não são atribuições da Sabesp, mas têm grande influência na poluição do rio, como comprova um estudo da USP", afirma.

Importantes resultados

Segundo a companhia, os investimentos feitos "já garantiram importantes resultados para a melhoria do rio", com tratamento do esgoto gerado por cerca de 8,5 milhões de pessoas entre 1992 e 2008. A concessionária citou ainda estudo da ONG SOS Mata Atlântica, que mostra que a mancha de poluição do Tietê diminuiu 160 km entre 1992 e 2008.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de praias impróprias no litoral norte de São Paulo subiu de 9, na semana passada, para 12 desde esta quarta-feira, 22, de acordo com análise da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb). São Sebastião é a única cidade da região com todas as praias próprias para o banho de mar. O turista que passar este fim de semana no município poderá desfrutar de todas as praias, que, teoricamente, estão livres de coliformes fecais.

Ilhabela, uma das cidades mais procuradas pelos turistas, tem o maior número de praias impróprias: sete. A poluição não perdoou nem mesmo as Praias do Portinho e da Ilha das Cabras, que estão inseridas dentro de um santuário ecológico rico em vida marinha e berço de tartarugas e peixes, que têm algumas espécies em processo de extinção. As demais praias impróprias do arquipélago são Armação, Pinto, Saco da Capela, Itaquanduba e Sino. Já Ubatuba possui quatro praias inadequadas: Félix, Perequê Mirim, Lázaro e em dois trechos do Itaguá. Somente a Praia do Indaiá, em Caraguatatuba, está imprópria para o banho de mar, de acordo com a Cetesb.

##RECOMENDA##

Os turistas que decidirem passar o fim de semana no litoral norte de São Paulo deverão encontrar 14 praias impróprias para o banho de mar, de acordo com boletim de balneabilidade divulgado nesta sexta-feira, 10, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Oito estão em Ilhabela: Armação, Pinto, Saco da Capela, Itaquanduba, Perequê, Portinho, Sino e Itaguaçu. A Praia do Saco da Capela é uma das mais procuradas por turistas que chegam a Ilhabela por meio de transatlânticos. Nesta sexta, cerca de 10 mil turistas chegaram em três navios, muitos deles estrangeiros. Quem entrou na água não se importou com a bandeira vermelha da Cetesb.

De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), são treze as praias paulistas sem condições para banho durante o feriado de Proclamação da República desta sexta-feira.

As praias impróprias para banho, localizadas em sua maioria no litoral sul, são: Vera Cruz e Santa Eugênia (Mongagá), Vila Mirim, Vila Caiçara, Flórida, Maracanã e Jardim Solemar (Praia Grande), Gonzaguinha, Milionários e Prainha (São Vicente), Viana e Itaguaçu (Ilha Bela) e Perequê, no Guarujá.

##RECOMENDA##

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou neste domingo que o vazamento de óleo detectado no píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro, localizado em São Sebastião, não atingiu as praias da vizinha Caraguatatuba. O acidente foi detectado no final da tarde da sexta-feira passada e ainda há trabalhos de limpeza na região do litoral norte do Estado de São Paulo.

Hoje o óleo é encontrado em quatro praias de São Sebastião: Cigarras, Arrastão, Praia de Pontal da Cruz e Praia Deserta. Os esforços de limpeza estão concentrados neste momento na Praia das Cigarras, "onde o óleo atingiu os costões rochosos em ambas as extremidades", segundo a Cetesb.

##RECOMENDA##

A Petrobras, empresa controladora da Transpetro, ainda não divulgou um novo boletim sobre o incidente. As causas estão sendo apuradas.

O vazamento teve início em uma operação de abastecimento de um navio no píer, quando uma válvula apresentou defeito. Com isso, um óleo de consistência densa, conhecido como Marine Fuel 380 (usado para abastecer navios), vazou. Ainda não há informações sobre o volume de óleo que alcançou o meio ambiente.

Após identificar o vazamento, a Transpetro mobilizou 300 pessoas e 37 embarcações para tentar remover o combustível que se espalhou pela costa da região. Um helicóptero também está sendo utilizado para sobrevoos de monitoramento da mancha de óleo. Segundo a Cetesb, uma técnica da Agência Ambiental de São Sebastião, da própria Cetesb, está na área desde as 18h de sexta-feira para monitorar os trabalhos de controle.

Devido ao vazamento, a Cetesb alterou o índice de balneabilidade das praias das Cigarras e Arrastão de "própria" para "imprópria" para recreação. A Praia de Pontal da Cruz, segundo o Boletim de Balneabilidade divulgado na sexta-feira, já estava classificada como "imprópria". Já a Praia Deserta não é monitorada pela Cetesb.

Transpetro

A Transpetro deverá divulgar um novo comunicado sobre o acidente ainda neste domingo. Em material distribuído ontem à noite, a companhia destacou que "o foco do vazamento foi rapidamente controlado". Com isso, os trabalhos na região passaram a focar a remoção do produto que já havia escapado dos sistemas da empresa. "No local da ocorrência, no entorno do píer, o processo de limpeza foi concluído nas primeiras horas da manhã", destacou a empresa, referindo-se ao início do sábado. Os trabalhos iniciais de limpeza ocorreram nas praias Deserta, Pontal da Cruz, Portal da Olaria e Ponta do Lavapés.

Os trabalhos avançaram durante a tarde e a madrugada de sábado e continuam neste domingo. Hoje, técnicos da Cetesb também sobrevoaram o local e não registraram a presença de óleo em praias de Caraguatatuba.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando