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A carreira profissional do filho é uma das principais preocupações dos pais. Para oferecer um caminho de sucesso para os pequenos, alguns responsáveis consideram que não basta investir apenas no ensino fundamental e médio das escolas tradicionais. Uma das estratégias é proporcionar, desde a infância, uma educação bilíngue, com o objetivo de apresentar uma vivência cultural diferente. Apesar da demanda, no Recife e Região Metropolitana só existem cerca de cinco escolas.

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Quando chega o momento de escolher a instituição de ensino bilíngue, muitos questionamentos surgem, juntamente com algumas opções de instituições de ensino. Qual o melhor momento para colocar o filho em uma escola bilíngue? Qual a idade mais indicada? Será que essa escolha vai atrapalhar no desenvolvimento da língua materna? Escola internacional ou bilíngue? Antes de responder todas essas dúvidas, a pedagoga Goretti Neiva alerta os pais.

“O ideal é realizar uma pesquisa e avaliar os princípios pedagógicos aplicados pelos colégios para depois ponderar. Lembrando sempre de dar prioridade às instituições que mais se identifiquem”, destacou Goretti. Após as os objetivos delimitados, os pais devem ficar atentos à qualificação dos profissionais. 

Uma essas escolas é o Centro Internacional de Educação e Cultura (CIEC), no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes. O colégio, que foi fundado por ex-professores da Escola Americana, há dez anos adota a grade curricular do Ministério da Educação (MEC), porém, somou o ensinamento na língua inglesa. “O calendário é o mesmo, o que possibilita aos alunos uma continuidade melhor aos estudos acadêmicos em universidades do Brasil e do exterior”, destaca Cláudia Queiroz, diretora do Centro.

Ainda segundo a diretora, o desenvolvimento das crianças é perceptível nos primeiros anos. “A partir dos três anos elas conseguem compreender os comando diários em sala de aula. Já aos quatro e cinco anos, eles falam e escrevem nas duas línguas”, explica. O pai Eduardo Pinheiro, que tem duas filhas matriculadas, relata a diferença cognitiva das meninas. “Eles possuem maior facilidade em assimilar os assuntos. Entretanto, penso que o aprendizado seria mais aproveitado se minha esposa e eu soubéssemos falar inglês”, lamenta o administrador.

Jacqueline da Fonte concorda. “Tenho dois filhos. A mais nova estuda na CIEC e o mais velho em uma escola tradicional. Percebo que ele tem dificuldade em aprender o inglês”, aponta a administradora. Há também instituições tradicionais, que disponibilizam, opcionalmente, programas bilíngues. O Colégio Boa Viagem (CBV), localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, é um deles. Desde 2013, o programa foi implementado e as aulas são ministradas no turno distinto ao das aulas normais.

“As crianças têm aulas de artes, música, cultura internacional e raciocínio lógico em um ambiente completamente diferente das salas de aulas tradicionais”, fala Norma Vascardi, coordenadora de implementação do projeto. A mãe Flávia Vitorino relata que já identifica mudanças no filho de oito anos. “Ele está mais confiante e interessado, falando mais em inglês e cantando”, diz.

Quem apostou nessa idéia foi Andressa Peixoto, diretora da Escola EccoPrime de Aldeia. “Há quatro anos trouxe a proposta do ensino bilíngüe e está sendo muito bem aceito pelo público local e até por pais que residem no Recife”, destaca a administradora. “Introduzimos o ensino bilíngüe de forma lúdica a partir de um ano de idade. Até os quatro anos, os alunos são educados apenas em inglês. Depois as aulas são ministradas nas duas línguas”, disse.

O portal LeiaJá foi conferir como funciona a dinâmica do ensino bilíngue em algumas instituições de ensino.

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Investimento - Para oferecer aos filhos o ensino bilíngue, os investimentos são variados. Os preços ficam de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Já as instituições que colocam como opção programas bilíngues em horários distintos das aulas tradicionais, os pais têm que desembolsar, em média, além do valor da mensalidade, mais 88% da quantia. Podendo variar de R$ 1400 a R$1800, no valor total.

Escola internacional x Escola bilíngue - Há uma dúvida entre escola bilíngue e internacional. A diferença é que a escola internacional é autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) a trabalhar o currículo internacional e todas as aulas são na segunda língua. Já na escola brasileira bilíngue, a proposta pedagógica é a mesma da brasileira, porém as aulas são ministradas em inglês e a disciplina da língua portuguesa é lecionada a parte.

GRE - A Gerência de Educação do Estado de Pernambuco alerta aos pais quanto à escolha das instituições. “A escola tem que ser certificada pela gerência conforme as normatizações exigidas. E os pais devem ficar atentos quanto à carga horária total das disciplinas, conforma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - nas duas línguas e a certificação dos professores”, ressalta Antônio Cardoso, um dos responsáveis pela Gerência. 

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