Tópicos | cassação de Dilma Rousseff

O ex-ministro Ciro Gomes declarou, nesta segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, que a ex-presidenta, Dilma Rousseff (PT), foi um “outro aborto que aconteceu na história brasileira”. A fala foi dita em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do UOL. O comentário gerou indignação de diversos usuários nas redes sociais.

A declaração também foi critica por Dilma em sua conta oficial no Twitter. “Mais uma vez Ciro se dedica a um ataque contra mulheres, de caráter misógino, reforçando a retórica machista e retrógrada tão em voga nos tempos atuais. Esse discurso preconceituoso fica bem aos reacionários, não a quem almeja conduzir os destinos da Nação no século 21. É vergonhoso e lamentável. Ciro parece querer ser uma variante de Bolsonaro e, para isso, ataca a mim, a Lula e ao PT. O discurso de ódio é igual.” 

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A três dias da votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), lideranças do PSDB, reunidas nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, reiteraram o apoio integral ao afastamento da petista. "Por mais penoso que seja interromper um mandato, é mais penoso ver o Brasil se esfacelar e ver que não existe capacidade do atual governo se recompor e se reconstruir", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para FHC e líderes da sigla é momento de dar um basta ao atual governo petista e iniciar um novo ciclo no País.

Apesar da defesa de um novo ciclo que leve em conta o PT fora do Palácio do Planalto, os líderes do PSDB não se manifestaram a favor de um eventual governo Michel Temer (PMDB). O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), resumiu o mote do encontro desta sexta: "o nosso foco é o impeachment, o Temer é uma segunda etapa, não há para nós outro foco hoje que não seja o afastamento da presidente Dilma." E lembrou que a sigla defende a continuidade plena da Operação Lava Jato.

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O encontro desta sexta do PSDB reuniu, por mais de duas horas, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente FHC, parlamentares, como os senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Silvio Torres, governadores da sigla, como Geraldo Alckmin (São Paulo), Beto Richa (Paraná), e Pedro Taques (Mato Grosso), além do líder do partido na Câmara, Antônio Imbassahy.

Também participaram lideranças de outras siglas, como José Carlos Aleluia (DEM) e o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que chegou no final da reunião com algumas lideranças sindicais.

Após o encontro, FHC, Aécio e Alckmin fizeram um rápido pronunciamento em favor do impeachment e não responderam perguntas da imprensa. Aécio disse que o PSDB reafirma seu compromisso absoluto com a interrupção do mandato de Dilma Rousseff, pela via constitucional, o impeachment. E que os governadores e lideranças da sigla vão trabalhar nos seus Estados junto aos parlamentares e outros líderes que ainda estão indecisos nessa questão.

O governador Geraldo Alckmin, anfitrião do encontro no Palácio dos Bandeirantes, falou do momento grave que o País enfrenta, com reflexos no emprego e na vida das pessoas. "Assistimos a economia derreter e vemos um quadro político de extrema gravidade que precisa ser abreviado", destacou. FHC disse também que a economia não aguenta mais tanta desordem, é preciso recuperar a confiança.

O ex-presidente FHC disse que tem certeza que o povo brasileiro vai se manifestar pelo impeachment nas ruas, 'democrata e pacificamente'. E Aécio disse que o partido está otimista com a votação na próxima segunda-feira e também no plenário da Câmara. "O PSDB não é beneficiário, enquanto partido, dessa solução, mas todos convergimos pela urgência e necessidade de solução deste impasse."

Após o encontro, Aécio seguiu com Paulinho para o ato promovido pela Força Sindical em favor do impeachment da presidente da República nesta tarde na capital paulista.

Nesta quinta-feira (18), o PSDB e a Coligação Muda Brasil solicitaram a cassação do registro de candidatura e da diplomação da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice, Michel Temer (PMDB). O pedido foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cita casos de utilização da máquina administrativa e abuso do poder econômico cometidos pela petista. O documento solicita ainda que o tribunal diplome, para os cargos, Aécio Neves e Aloysio Nunes, candidatos a presidente e vice da Muda Brasil, que ficaram em segundo lugar.

Entre as acusações feitas, o PSDB fala sobre desvios que, na avaliação do partido, comprometeram a legitimidade das eleições. Como exemplo, a convocação imprecisa de redes de rádio e televisão para pronunciamentos, a manipulação de indicadores sócio-econômicos e o uso de prédios públicos. O documento pode ser conferido na íntegra através do arquivo abaixo: 

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