Tópicos | caso torcedor

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou à Justiça, nesta sexta-feira (23), denúncia contra os três acusados da morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, que foi atingido por um vaso sanitário arremessado de dentro do estádio do Arruda, no dia 2 de maio.

Waldir Pessoa Firmino Júnior, 34, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Everton Felipe Santiago Santana, 23, foram acusados pelo homicídio e por três tentativas de homicídios, já que outras três pessoas ficaram feridas no episódio. O primeiro a ser detido foi Everton Santana. Na ocasião, ele revelou a participação dos outros dois suspeitos no crime.

##RECOMENDA##

O inquérito foi encaminhado para a 2ª Vara do Tribunal do Júri de Recife. Os três estão em prisão preventiva no Centro de Triagem, em Abreu e Lima. Se condenados, poderão pegar até 30 anos de reclusão.

Após o ocorrido, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) interditou o estádio. O Santa Cruz, que comandava o jogo contra o Paraná, pela Série B do Brasileirão, foi multado em R$ 60 mil. Também perdeu cinco mandos de campo.

A Movimentação é grande, na noite desta segunda-feira (12), no portão sete do estádio do Arruda. O motivo é a reconstituição do crime, no qual o torcedor Paulo Ricardo foi assassinado depois de ser atingido por um vaso sanitário.

Marcada para começar às 19h, a simulação já dura 1h sem ter desfecho. A delegada que está à frente do caso, Gleide Ângelo, acompanha os dois suspeitos Everton Felipe Santiago de Santana, Luiz Cabral de Araújo Neto e os outros policiais civis que realizam a colhida da prova que pode ajudar nas investigações do crime. As primeiras informações davam conta de que todas as ações dos suspeitos, desde a chegada deles ao estádio, fizessem parte da simulação.

##RECOMENDA##

Mas as cenas onde o trio saiu do clube pelo portão 9 para ir a uma barraca, na Avenida Beberibe, e o momento que voltaram ao estádio pelo portão 11 não foram refeitas. A justificativa dos peritos é que não havia necessidade.  

Há mais de 30 minutos, a equipe ocupa o anel intermediário do estádio, próximo ao local onde o vaso sanitário foi atirado, policias já apareceram com uma privada na mão. A cena gerou comoção nas pessoas que estão acompanhado a simulação do lado de fora do clube e gritam: "Justiça!, Justiça!".  

Entenda o caso - O torcedor do Sport, Paulo Ricardo Silva, foi morto na noite da última sexta-feira (2), quando deixava o estádio do Arruda depois da partida entre Santa e Paraná, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jovem foi atingido por um vaso sanitário arremessado de dentro do clube. O objeto foi jogado de uma altura de 24 metros e atingiu o rapaz que morreu na hora. Três homens já foram detidos, suspeitos de participarem do crime. 

Mais uma vítima – Casos do tipo da morte de Paulo Ricardo deixaram de ser isolados entre torcidas dos clubes pernambucanos. Neste ano, por conta de uma discussão após o jogo Náutico e Salgueiro, um policial militar assassinou um homem a tiros, no município do Sertão. No ano passado, um torcedor do Náutico foi baleado na nuca, em frente ao estádio dos Aflitos, e chegou a ficar em coma. 

Também em 2013, no último jogo da final do Campeonato Pernambuco, um torcedor do Santa jogou uma barra de ferro para o estacionamento do Sport, na Ilha do Retiro. O objeto atingiu o carro do então técnico rubro-negro Sergio Guedes, hoje comandante tricolor, e quase pegou em uma criança, o filho do atual técnico do Sport, Eduardo Baptista.

Mais informações em instantes 

“Espero que nenhuma mãe passe por esse sofrimento que eu estou passando”. Em poucas palavras, a mãe de Paulo Ricardo, Joelma Valdevino demonstrou que após os sete dias do assassinato do filho, a indignação e a saudade tomam conta do seu coração. Bastante emocionada a mãe de “Paulinho” ainda não conseguiu expressar em letras seu sentimento com a perda do filho, mas, sim, em lágrimas. Muitas lágrimas.

No dia do assassinato, Joelma estava em casa e recebeu a noticia por telefone, mas custou a acreditar que o fato fosse verdade. Em seguida, no enterro do jovem, apenas o choro demonstrava o sentimento. Foi vestida com a jaqueta de trabalho do filho, que era soldador de uma refinaria em Suape (na Região Metropolitana do Recife). Na missa de sétimo dia, o olhar mirava apenas o cartaz do filho no altar da igreja do bairro do Pina. No término da cerimônia, os familiares e amigos se uniram para abraçá-la, que permaneceu chorosa.

Apenas um fato conseguiu amenizar a tristeza: a prisão dos suspeitos pelo crime. Para Joelma, “os órgãos responsáveis estão cumprindo com
as obrigações”. E declara: “Apesar de saber que não teremos o Paulinho de volta, isso já mostra que a situação não vai ficar impune”, disse, rapidamente.  Nem ela mesma sabe expressar como será seu primeiro Dia das Mães sem Paulinho, neste domingo (11). “Não consigo nem imaginar”, finalizou e caiu no choro.

Dor compartilhada

Em 2013, quem sofreu com a dor da violência no futebol foi a mãe do jovem Lucas Lyra, Cristina (na foto abaixo). O torcedor do Náutico foi baleado na cabeça em frente ao estádio dos Aflitos pouco antes de um jogo entre o Timbu e o Central, pelo Campeonato Pernambucano. Diferente do caso de Paulo Ricardo, o acidente não foi fatal. O filho de Cristina Lyra ainda permanece hospitalizado depois de um ano dois meses e 25 dias do acidente.

Lucas já retirou o traqueóstimo e a sonda alimentar, mas a parte esquerda do seu corpo ainda não está respondendo bem ao tratamento. “Estamos aguardando a traqueostomia fechar. Esse procedimento será realizado espontaneamente. Depois disso, ele passará para recuperação motora em casa”, afirmou Cristina Lyra.

A mãe de Lucas reviveu os momentos de desespero com o filho, quando soube da morte de Paulo Ricardo. “Eu fiquei arrasada. No momento, percebi que a ferida estava aberta. Todos os momentos com o Lucas voltaram e reconheci que passei muito perto da dor que a mãe do Paulo está sentindo. Um sentimento que toca na alma da gente e que não tem palavra que simbolize. Infelizmente, nunca mais ela voltará a ser a mesma pessoa”, contou.

A dor da tragédia com o filho também não foi apagada. Cristina acredita que nunca mais ficará tranquila, caso Lucas resolva voltar a assistir um jogo em um estádio de futebol.  “Eu olho para ele e vejo os seus sonhos e projetos sendo adiados ou talvez ele nem tenha mais capacidade de vivenciar os planejamentos”, explicou.  “Ainda lembro-me da oração no dia do ocorrido, agradecendo a Deus pela confiança que Ele depositou em mim como mãe dele”, completou.

Na cama de acompanhante do hospital, ao lado do filho: é onde Cristina vai passar o Dia das Mães. “Os momentos que passo com ele são muito preciosos. Cada segundo que passo com ele são de extrema felicidade. Agora, o quarto dele é a minha segunda casa”, revelou.

Cristina Lyra espera das mães, que passaram por situações parecidas ou piores se lembrem, que seus filhos desejam que elas levantem a cabeça e sigam em frente. “O amor que nós sentimos pelos nossos filhos nunca vai deixar de existir. Esse sentimento extrapola todo o limite da razão e do conhecimento humano”, disse. E completou: “O conforto chegará um dia”.

##RECOMENDA##

O inquérito do crime que chocou o mundo na última sexta-feira (2), no qual um torcedor do Sport morreu ao ser atingido por um vaso sanitário, ainda não foi concluído. No entanto, a delegada responsável pelas investigações, Gleide Ângelo, apresentou, na tarde desta sexta-feira (9), como os três acusados agiram para matar Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 23 anos, no fim da partida de futebol entre Santa Cruz X Paraná, no estádio do Arruda.

Até o momento, a polícia prendeu Everton Felipe Santiago de Santana, 23, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34. O trio, que está no Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), disse à delegada que a intenção era matar o presidente da Torcida Jovem a pedradas. “Quando o jogo acabou, eles saíram do estádio, viram a Torcida Jovem no entorno do local e retornaram ao clube para pegar pedras e matar o comandante. Porém, eles não encontraram pedras dentro do Arruda e, logo em seguida, planejaram retirar a bacia sanitária do banheiro feminino. Valdir e Cabral tiraram a bacia do banheiro, enquanto Everton vigiava para ver se não vinha ninguém ao encontro deles”, detalhou Ângelo.

##RECOMENDA##

Os três também disseram à delegada que fugiram do estádio minutos depois de atirar o vaso sanitário e não imaginavam que tinha acertado alguém. “O trio disse que só soube da notícia quando cada um chegou a sua casa, e um deles escutou na rádio que um torcedor do Sport havia morrido, após jogarem um vaso sanitário em sua cabeça”. Ainda de acordo com a delegada, eles mantiveram contato assim que souberam da morte de Paulo e tomaram diferentes rumos. “Waldir foi para Maceió, Luiz para o Rio Grande do Norte e Everton ficou em sua casa mesmo”.

Gleide Ângelo também disse que ainda tem oito dias para concluir o inquérito sobre o caso e, por conta disso, outras informações só poderão ser detalhadas mais à frente. “Como ainda existe uma semana para o fechamento do fato, outras pessoas ainda podem ser ouvidas e até podem estar envolvidas no crime”, concluiu a delegada.

“O meu conforto é que os assassinos do meu filho foram presos. A dor vai ficar, mas nunca vamos esquecer a maneira trágica que perdemos o Paulinho”. Essas foram as palavras do pai de Paulo Ricardo, José Paulo Gomes após a missa de sétimo dia do torcedor. O primeiro suspeito, Everton Felipe, de 23 anos, foi localizado após informação do Disque-Denúncia, na última segunda-feira (5).
Em seguida, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, foi encontrado no Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte (RN). O terceiro, Waldir Pessoa Filho se entregou à policia na noite desta quinta-feira. De acordo com Tiago Valdivino da Silva, tio da vítima, a família está satisfeita em saber que a justiça está respondendo às cobranças.

“Vemos as ações competentes das autoridades após a prisão do terceiro elemento. É uma sensação de alivio, apesar de todo o sofrimento, saber que os culpados foram identificados e que, provavelmente, outros também possam ser identificados e punidos”, afirmou.

##RECOMENDA##

Sobre o possível processo contra o Santa Cruz e ao Estado, Tiago Valdevino acredita que o próximo passo ainda será analisado pela família junto com os advogados. “Ainda não sabemos se são apenas três pessoas envolvidas. Então, vamos aguardar de forma cautelosa para que não possamos agir de forma precipitada, mas ações serão movidas. Mas, as primeiras ações já foram realizadas com as prisões”, explicou.

[@#video#@]

Ainda segundo o tio da vítima, a morte do Paulo Ricardo poderá ser um divisor de águas para que esse tipo de crime não aconteça mais no futebol. “Não queríamos estar passando por isso, mas queríamos que as autoridades já tivessem tomado atitudes há tempo. E já que aconteceu essa tragédia, então, para nos será satisfatório saber um dia que a paz entre as torcidas foi iniciada com o Paulo Ricardo”, analisou.

Familiares, amigos, vizinhos e moradores do bairro do Pina, no Recife lotaram a Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Na noite desta quinta (8), os recifenses se juntaram para rezar por Paulo Ricardo Gomes da Silva, morto quando deixava o estádio do Arruda após um jogo entre Santa Cruz e Paraná. A cerimônia foi realizada pelo frei Aberlardo.

Os presentes oraram de mãos dadas e usaram camisetas em homenagem ao jovem. Sem qualquer referência ao Sport ou à torcida uniformizada do clube. "Um guerreiro não morre e sim descansa", estampavam as camisas. Joelma Valdevino, mãe da vitima chegou à celebração muito emocionada e não conseguiu falar com a imprensa. A irmã Maria Paula e o padrasto Maurício Oliveira também demonstraram em lágrimas o sentimento de tristeza.

>> Em enterro, familiares e amigos se despedem de corpo de Paulo Ricardo

O jovem foi assassinado na última sexta-feira (2), após o jogo entre o Santa Cruz e Paraná. Ele foi atingido por um vaso sanitário arremessado da parte superior da arquibancada quando passava próximo ao portão seis do Arruda, destinado à torcida visitante.

O terceiro suspeito pelo assassinato do torcedor Paulo Ricardo se entregou à polícia, às 19h20 desta quinta-feira (8). Identificado como Valdir, o homem foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, para prestar depoimento à delegada que está à frente da investigação, Gleide Ângelo.

Valdir foi ao DHPP acompanhado da mãe, de um colega e de seu advogado de defesa, Jurandir Alves de Lima. Aos prantos e bastante nervosa, a mãe do suspeito não quis dar entrevistas e se limitou a reclamar dos últimos dias. "Não aguento mais essa pressão. Todos os dias a polícia vasculhando a minha casa", disse.

##RECOMENDA##

*Com informações de Yasmin Dicastro

O advogado do torcedor Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, Carlos Alberto Rodrigues comentou as recentes declarações do seu cliente sobre a motivação do crime e negou que o rapaz tivesse a intenção de agredir Paulo Ricardo. Segundo o defensor, Luiz Cabral teria ido à partida com intenção de matar o presidente de uma torcida organizada do Sport. 

Ainda segundo o advogado, Luiz Neto teria se envolvido numa briga com o integrante da organizada no último clássico entre o Santa Cruz e o Sport, realizado no mês passado, na Ilha do Retiro, e desde o evento queria se vingar. Carlos Alberto também alegou que seu cliente é viciado em remédios e estava alcoolizado quando cometeu o crime. Argumentos que devem ser usados durante defesa do suspeito. 

##RECOMENDA##

Com a nova informação da premeditação do crime por Luiz Neto, a pena dele deverá ser maior do que a de Éverton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, preso pelo crime na segunda-feira (5) em Olinda.“O tempo de pena é dado pelo crime e seus qualificadores, nesse caso premeditar o crime é qualificador para aumentar a pena, como confessar o crime é qualificador para diminuir a pena. Temos outros qualificadores como motivo fútil, mas tudo isso a justiça vai analisar”, explicou o advogado Adelson José.

Luiz Neto foi preso no Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte (RN). Ele chegou na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, por volta das 12h onde prestou depoimentos. De acordo com a polícia, ele trabalha em um posto de saúde da cidade de passa e fica e foi preso no momento em que chegava ao hospital do município para pegar medicamentos para uso próprio. Na casa dele foram encontrados diversos materiais da Inferno Coral e de torcidas aliadas.

O suspeito foi encontrado através de informações repassadas pela mãe dele, que mora em Pernambuco e confirmou o envolvimento do filho no arremesso do vaso sanitário. Luiz, que costumava acompanhar os jogos do Santa Cruz, teria confessado que ele e o terceiro torcedor - ainda foragido - jogaram os dois vasos sanitários. Ele ainda teria dito que Everton Felipe Santiago de Santana apenas ajudou a retirar as privadas do banheiro. Luiz Neto deverá ser encaminhado ao Centro de Triagem em Abreu e Lima (Cotel),  ainda hoje.

>> Nove denúncias levaram à prisão do primeiro suspeito

>> Pedido de justiça marca o velório de torcedor assassinado

>> Vídeo mostra momento em que torcedor é atingido por vaso

>> Em 2013, Everton Felipe se envolveu em uma briga em Maceió

>> Assassino confesso de Paulo Ricardo é levado para o Cotel

>> Advogado de Éverton Santiago pede liberdade provisória 

 

O auxiliar de serviços gerais Everton Felipe Santiago Santana, acusado de matar o solfador naval Paulo Ricardo Gomes da Silva, no Arruda, arremessando um vaso sanitário, na última sexta-feira (2), teve uma vitória na justiça. Porém, pouco efetiva. O advogado Adelson José da Silva, que havia pedido a liberdade provisória do cliente, conseguiu o relaxamento da prisão do réu confesso. No entanto, o mesmo juiz considerou a prisão em flagrante ilegal, também decretou que Everton Felipe permaneça detido no Centro de Triagem (Cotel) por questão de ordem pública. O acusado ainda tem um processo por porte ilegal de arma em 2012.

“Na prática, o juiz soltou e prendeu. Não vai mudar em nada. A única coisa que conseguimos é provar que a prisão em flagrante foi feita fora da lei. Não havia mais flagrante. Por isso, o juiz entendeu que era ilegal, mas decretou a prisão preventiva de ordem pública devido à repercussão do crime e pelo porte de arma, em 2012. Foi tudo isso junto”,  explicou o advogado de defesa.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com Adelson José da Silva, a defesa não solicitará o pedido de habeas corpus. “Teriam de ser dois. Um para Recife e outro para Olinda. E, hoje, não vejo motivos para que haja essa solicitação”, disse o advogado, que ainda vai esperar antes de executar os próximos passos.

“Vamos esperar a denuncia do juiz e vou olhar os autos para montar a defesa. Terei dez dias para fazer isso. Por enquanto, é só isso o que posso fazer”, concluiu.

O advogado do suspeito de matar um torcedor com um vaso sanitário informou, nesta terça-feira (6), que vai solicitar o pedido de liberdade provisória de Éverton Felipe Santiago Santana nesta quarta. "Amanhã irei até o Cotel com o pedido", contou  Adélson José da Silva.

>> Suspeito de matar torcedor no Arruda é preso

##RECOMENDA##

O defensor também pediu o reforço na segurança do seu cliente no presídio, diante da possibilidade de ele vir a ser agredido. "Éverton tem emprego fixo, endereço, família e está colaborando com a polícia", justificou.

Prisões- Durante toda esta terça-feira (7), a expectativa em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) pela prisão de mais dois suspeitos de ter matado o torcedor do Sport, Paulo Ricardo, foi grande.

No entanto, a delegada que está à frente das investigações, Gleide Ângelo, informou no início desta noite que a dupla ainda não foi encontrada e as buscas continuam. 

Entenda o caso - O torcedor do Sport, Paulo Ricardo Silva, foi morto na noite da última sexta-feira (2), quando deixava o estádio do Arruda depois da partida entre Santa e Paraná, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jovem foi atingido por um vaso sanitário arremessado de dentro do clube. O objeto foi jogado de uma altura de 24 metros e atingiu o rapaz que morreu na hora.

Mais uma vítima – Casos do tipo da morte de Paulo Ricardo deixaram de ser isolados entre torcidas dos clubes pernambucanos. Neste ano, por conta de uma discussão após o jogo Náutico e Salgueiro, um policial militar assassinou um homem a tiros, no município do Sertão. No ano passado, um torcedor do Náutico foi baleado na nuca, em frente ao estádio dos Aflitos, e chegou a ficar em coma. 

Também em 2013, no último jogo da final do Campeonato Pernambuco, um torcedor do Santa jogou uma barra de ferro para o estacionamento do Sport, na Ilha do Retiro. O objeto atingiu o carro do então técnico rubro-negro Sergio Guedes, hoje comandante tricolor, e quase pegou em uma criança, o filho do atual técnico do Sport, Eduardo Baptista.

>> Assassino confesso de Paulo Ricardo é levado para o Cotel

>> Nove denúncias levaram à prisão do primeiro suspeito

>> Pedido de justiça marca o velório de torcedor assassinado

>> Vídeo mostra momento em que torcedor é atingido por vaso

 

O servente que confessou ser um dos responsáveis em atirar um vaso sanitário, que matou o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, foi transferido na noite segunda-feira (5) para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Everton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, conhecido como "Ronaldinho", foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado por motivo fútil, que prevê pena de 12 a 30 anos de prisão.

O assassino confesso foi localizado a partir de uma informação dada ao Disque-Denúncia. No momento da prisão ele estava em uma escola particular, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, onde trabalhava. Antes de ir para o Cotel, o jovem, que é integrante de uma torcida organizada tricolor, foi levado para Delegacia de Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, onde prestou depoimento.

##RECOMENDA##

Everton Santana não ofereceu resistência e inicialmente teria negado participação. Depois, admitiu ter agido com mais duas pessoas. De acordo com informações extraoficiais, ele comentou sobre o assunto com colegas em um grupo do WhatsApp e em uma das mensagens chegou a compartilhar a foto e comemorar a morte do torcedor rival. E em outra conversa, teria dito que não gostaria de ir "para aquele inferno", referindo-se à prisão. De acordo com a polícia, o jovem já havia sido preso em dezembro de 2012 por porte ilegal de arma.

Ainda pela rede social, os outros dois suspeitos de cometer o crime pediam para não serem entregues, caso algum dos três fosse detido. Apesar de já ter sido identificada, a dupla está foragida.

O advogado do servente contou que seu cliente foi reconhecido por imagens das câmeras de segurança da Secretária de Defesa Social.“Ele afirmou ser da torcida organizada do Santa Cruz. Disse que não foi ao jogo com intenção de fazer isso, mas surgiu a ideia no momento e ele, acompanhado de outros dois torcedores, jogaram os objetos da arquibancada. Everton não esperava essa repercussão toda, porque não fez com intenção de matar ninguém. Ele está muito arrependido e, claramente, com medo de possíveis represálias”, disse o advogado de defesa do jovem, Adelson José da Silva. [Confira as imagens do momento em que o torcedor é atingido pelo vaso]

[@#video#@]

>> Nove denúncias levaram à prisão do primeiro suspeito

>> Pedido de justiça marca o velório de torcedor assassinado

>> Recompensa para pistas sobre assassino de torcedor

>> Vídeo mostra momento em que torcedor é atingido por vaso

>>CBF decide interditar preventivamente o estádio do Arruda

>> “O Santa Cruz também é vítima”, diz Antônio Luiz Neto

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando