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A França aumentou a segurança em algumas de suas embaixadas nesta quarta-feira, após uma revista satírica parisiense ter publicado caricaturas do profeta Maomé. O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault afirmou também que será bloqueada uma manifestação de pessoas indignadas com o filme ofensivo ao Islã "A inocência dos muçulmanos", que causou episódios de violência em diversos países.

O governo defendeu o direito da revista Charlie Hebdo de publicar os cartuns e tropas de choque posicionaram-se no lado de fora da sede da redação, que foi atacada no ano passado após ter lançado uma edição que satiriza o Islã radical.

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O Ministério de Relações Exteriores da França emitiu nesta quarta-feira um alerta para que franceses em países muçulmanos exerçam "grande vigilância", evitando encontros públicos e locais religiosos ou que representem o Ocidente. O ministro de Relações Exteriores do país, Laurent Fabius, afirmou que serão fechadas as representações diplomáticas e escolas francesas localizadas em cerca de 20 países na sexta-feira, pois protestos em países islâmicos geralmente acontecem após as orações de sexta-feira.

Autoridades do governo e líderes muçulmanos pediram calma na França, país que tem a maior população islâmica da Europa Ocidental. O CFCM, organização que congrega diversas grupos muçulmanos franceses, disse em comunicado que os fiéis "não devem ceder à provocação (...) e expressar sua indignação em paz, através de meios legais". As informações são da Dow Jones e Associated Press.

Estão abertas as inscrições para o concurso do I Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco (SIHG-PE). Com o tema “Mulher”, o Festival irá contemplar artistas gráficos (amadores ou profissionais) que vencerem nas categorias “Cartum”, “Caricatura” e “Estudante”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.sihg.com.br até 1º de setembro.

Numa iniciativa inédita nos festivais de humor gráfico, e também pela escolha do tema, a comissão julgadora será inteiramente composta por cartunistas mulheres, ilustradoras e pesquisadoras. São elas: a portuguesa Cristina Sampaio; a paranaense Pryscila Vieira; a colombiana radicada na Espanha Nani Mosquera; a também colombiana radicada nos EUA Elena Ospina; a gaúcha Chiquinha (Fabiane Bento Alves Langona); a carioca Clara Gomes e a paulista Sonia Luyten, presidente da Federation of Cartoonists Organisations (FECO-BRASIL). Num universo ainda dominado, em sua maior parte, por homens, a escolha do tema pretende fazer uma discussão de gênero dentro das artes gráficas.

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Na categoria “Caricatura” e “Cartum”, a premiação será de R$ 6 mil para o primeiro colocado, o segundo e o terceiro recebem R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente. O concurso também promove a participação de estudantes de escolas públicas, com uma categoria destinada a eles, estimulando a produção gráfica entre crianças e adolescentes. A premiação para esta categoria será de R$ 1 mil em bônus para a compra de material educacional, e certificado. O primeiro lugar da categoria “Caricatura”, além da premiação principal, também tem direito e esse bônus.

O SIHG-PE tem como objetivo reinserir o estado no calendário cultural do País no que diz respeito ao humor gráfico. Desde 2007, Pernambuco não conta com um evento de grande porte nas artes gráficas. Com isso, procura retomar a tradição local no setor.

SERVIÇO:

I Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco

Inscrições: de 25 de abril a 1º de setembro

www.sihg.com.br

Tropas do Sudão do Sul de moveram nesta quarta-feira para a cidade de Heglig, na região de fronteira com o Sudão, e os confrontos entre soldados dos dois países africanos se intensificaram. A posse da região de fronteira, rica em petróleo, é disputada pelos dois países. Um oficial do Sudão do Sul disse que os combates "estão se espalhando pela região inteira". O departamento de Estado do governo dos Estados Unidos instou as duas partes a suspenderem "todas as hostilidades" e expressou grave preocupação com os eventos. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um apelo ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, a realizar uma reunião com seu congênere do Sudão, Omar al-Bashir, para que a questão seja resolvida pacificamente.

O Sudão e o Sudão do Sul lutaram uma guerra civil que durou décadas, até que em 9 de julho do ano passado o Sudão do Sul proclamou a independência, reconhecida internacionalmente. O porta-voz do Exército do Sudão, o coronel Sawarmy Khaled, disse à rádio Omdurman que o Exército do Sudão do Sul atacou a cidade fronteiriça de Heglig duas vezes nas últimas 24 horas. Heglig localiza-se 100 quilômetros ao leste da disputada província de Abyei, cujo destino não foi resolvido quando houve a partilha do Sudão no ano passado e o sul ficou independente. Oficiais do Sudão do Sul não confirmaram se suas tropas estão controlando os campos petrolíferos.

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"Duros combates são travados na região e a situação ainda não foi resolvida" disse Khaled. Nos últimos meses, as hostilidades entre o Sudão e o Sudão do Sul foram retomadas. O Sul afirma que quer evitar uma nova guerra, mas as duas partes nunca discutiram o futuro da província de Abyei. O Sudão do Sul afirma que atacou a cidade de Heglig após repelir uma tentativa de invasão do Sudão contra sua cidade fronteiriça de Teshwin.

O porta-voz do Exército do Sudão do Sul, o coronel Philip Aguer, disse que vários caças MIG-29 do Sudão bombardearam a região de fronteira na segunda-feira e na terça-feira. Aguer disse que vários soldados do Sudão do Sul ficaram feridos, embora não tenha dado um número exato. "A guerra está se espalhando", disse o ministro da Informação do Sudão do Sul, Barnaba Marial Benjamin. "Está se espalhando pela fronteira toda".

Uma determinação de 2009 do Tribunal de Arbitragem, em Haia, Holanda, disse que a cidade de Heglig fica na província do Kordofan do Sul, no Sudão. Mas o Sudão do Sul contestou a decisão tomada em Haia, ao afirmar que não só a cidade, como a província inteira, ficam no Sudão do Sul.

O governo de Cartum alertou na terça-feira que usará "todos os meios legítimos" para responder à suposta agressão do Sudão do Sul. Os sudaneses de Cartum, árabes, disseram que se o Sudão do Sul recorrer à guerra, apenas encontrará "o fracasso e a destruição".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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