Tópicos | Carlos Moyá

O capitão da Espanha na Copa Davis, Carlos Moyá, minimizou nesta terça-feira os desfalques de peso que a equipe sofreu antes do duelo contra o Brasil, em busca da vaga no Grupo Mundial. Para o confronto do próximo fim de semana, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, Moyá não poderá contar com nomes como o do vice-líder do ranking da ATP, Rafael Nadal, além de David Ferrer e Tommy Robredo, todos ausentes por questões físicas.

Sem eles, Moyá apostará em Roberto Bautista Agut, Marcel Granollers e Pablo Andújar, que vivem boa fase no circuito mundial do tênis. "Os jogadores não estão disponíveis por várias circunstâncias, por não estarem se sentindo em boas condições para jogar. Mas estou feliz com esta equipe que temos. É forte e capacitada para competir", ponderou o experiente capitão espanhol.

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Mas, mesmo com estes nomes, Moyá está enfrentando problemas de lesão. Granollers, cotado para jogar simples e duplas, se recupera de dores no punho esquerdo. Andújar também não está 100% - desistiu na segunda rodada do US Open há menos de duas semanas. Apesar disso, os dois se mostram confiantes em estar em quadra a partir de sexta-feira.

"Tenho um pouco de dor no punho esquerdo. Mas estamos evoluindo bem e estou disponível para o capitão", declarou Granollers. "Abandonei o US Open por um problema, mas estou evoluindo bem, como o Marcel, estou me sentindo bem. A decisão será do capitão", disse Andújar, sem revelar qual é o seu problema físico.

Diante destas dúvidas, Moyá faz mistério e não confirma quem serão os jogadores de simples e duplas para não facilitar a estratégia da equipe brasileira. "Eu prefiro não compartilhar essa informação. Vamos colocar a melhor equipe com chances de vencer", desconversou.

Apesar do mistério, é provável que Moyá escale Bautista Agut, atual número 15 do mundo, e Andújar, 44º do ranking, para os dois jogos de simples da sexta-feira. Ele poderá fazer alterações no domingo, dependendo da recuperação de Granollers, cotado inicialmente para jogar em simples.

Por causa das dores no punho, ele é dúvida até para a partida de duplas, no qual é especialista. Antes da lesão, eram grandes as chances de Granollers jogar ao lado de Marc López, com quem foi vice-campeão de Roland Garros e do US Open, no fim de semana passado. Se não estiver recuperado até sábado, López deverá atuar com David Marrero, outro grande duplista do circuito.

Em noite festiva, Gustavo Kuerten relembrou os bons tempos de circuito profissional em sua vitória sobre o ex-rival Carlos Moyá por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 2/6 e 6/3, em jogo-exibição disputado em São José, cidade vizinha à capital catarinense. O duelo entre os dois ex-líderes do ranking da ATP integra a Semana Guga Kuerten, evento organizado pelo tricampeão de Roland Garros.

O primeiro set foi o mais disputado da partida. Aposentado em 2010, Moyá chegou a sair na frente, com uma quebra de saque de vantagem, mas levou a virada do brasileiro no penúltimo game da parcial. O espanhol reagiu no segundo set e, com boas variações, empatou o confronto.

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Guga não se abateu com o revés e voltou a acelerar o ritmo no terceiro. Com seguidas bolas vencedoras, aces e seu tradicional golpe de esquerda, o anfitrião faturou uma quebra no terceiro game e encaminhou a vitória, para festa dos cerca de 4.500 torcedores presentes na Arena Multiuso.

"Agradeço muito ao Carlos, é uma pessoa realmente maravilhosa, e ao público que mais uma vez lotou um jogo meu. Foi bem bacana, ele me exigiu bastante nos três sets, acho que a gente pode repetir um pouco do que a gente fazia em quadra. O mais importante é estar em contato com o público de novo, é uma emoção muito boa", comentou Guga, que homenageou o espanhol ao puxar o coro de "Olê, Moyá" com a torcida.

Satisfeito com sua participação, Moya não poupou elogios ao brasileiro. "Lembrei bastante do tempo em que ele jogava, principalmente nos winners de revés, que ele fez bastante hoje [sábado], o melhor revés que eu já vi em quadra", exaltou o espanhol. "Estava muito feliz em quadra, é um prazer jogar contra um amigo e um dos meus grandes rivais. Fazia muitos anos que não enfrentava ele, então me diverti bastante. Gosto muito de jogar contra caras como o Guga".

PRÊMIO - Além do troféu simbólico do desafio, Guga recebeu no sábado o prêmio Jean Borotra, concedido pelo Comitê Executivo Internacional de Tênis (IC) para a América Latina. A entidade premia periodicamente uma personalidade do esporte que tenha exibido padrão compatível com as exigências dos clubes internacionais.

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