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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu, nesta quinta-feira (25), que não quer ser candidato à Presidência da República para se proteger da condenação que recebeu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O nome dele foi oficializado pelo PT como pré-candidato durante um ato em São Paulo. Ao discursar no evento, ele expressou o desejo de "ser candidato para ganhar as eleições" e recuperar o país.

"Não quero ser candidato para me proteger. A minha proteção é a minha inocência. E se for candidato não é pra me inocentar, é pra governar esse país decentemente e recuperar o Brasil", salientou e emendou o discurso já fazendo promessa: "Se eu ganhar, quem for ministro vai tirar mais a bunda da cadeira e vai conhecer esse país". "Sentado numa cadeira em Brasília a gente perde a sensibilidade. Não basta saber que a pessoa está com dor de barriga, a gente tem que ver de perto", declarou.

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Lula ainda disse que não ficará de cabeça baixa diante da sentença e da disputa eleitoral, porque tem " a consciência tranquila". "Sem nenhuma arrogância, quero dizer pra vocês que quero ser candidato pra ganhar as eleições", frisou.

O anúncio da pré-candidatura de Lula aconteceu um dia depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) condenou ele a cumprir 12 anos e um mês de prisão no processo da Lava Jato que investigou o recebimento de benefício e vantagens ilícitas oferecidas pela empreiteira OAS ao petista por meio do triplex no Guarujá (SP). Condenado em segunda instância, o ex-presidente passou a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, mas há brechas na legislação que possibilitam a participação dele na disputa já que apenas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode cassar o registro de candidato.

 

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