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  Na manhã desta quinta-feira (24), a cantora Céu e a banda Bala Desejo cancelaram suas participações na próxima edição do festival Nômade, marcado para acontecer em São Paulo, em janeiro do ano que vem. A decisão dos artistas aconteceu depois que a programação do evento foi duramente criticada pelo público, por supostamente contar com pouca representatividade negra.

A headline do evento será a cantora de soul Erykah Badu, que também fará uma apresentação no Rio de Janeiro. Assim que as atrações foram divulgadas na rede social do evento, o público reagiu de forma negativa, colocando que as escolhas não dialogavam com o legado de Badu para a cultura negra. Os seguidores apontaram os artistas negros como Liniker, Tássia Reis, Xênia França e Luedji Luna como nomes que fariam mais sentido na programação.

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Por meio de suas redes sociais, Bala Desejo comunicou a desistência de participar do festival, explicando, no momento da contratação, não estavam inteirados da line-up. “Como uma banda, buscamos sempre estar próximos do público, mas é preciso que o público esteja próximo também de toda uma cena pulsante que, muitas vezes, fica à margem desse olhar curatorial. Depois do ocorrido e em respeito ao público que de pronto se posicionou assertivamente, decidimos NÃO participar mais desse evento. Esperamos ser substituídos por muitos dos talentos da música preta brasileira, alguém que dialogue diretamente com o legado de Badu”, coloca o texto.

Por sua vez, a cantora Céu comentou que, ao aceitar participar do festival, deixou claro seu desejo de dividir o palco, preferencialmente, com mulheres pretas. Ela também disse ter pedido para que a programação fosse majoritariamente construída por artistas pretos. 

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"Isso se daria não só na banda, mas também com uma artista extra, escolhida para uma participação especial, que ainda estava em negociação. Alguém com conexão direta com o legado dos artistas evocados nessa noite de celebração. Essa era uma iniciativa minha para que a celebração do 'Catch a Fire' se desse em sua totalidade, plenitude e potência, abrindo caminhos e se conectando diretamente com a estrela da noite, Erykah Badu, na esperança de um olhar mais inclusivo, amoroso e renovado alinhado com uma sociedade mais justa", diz o posicionamento oficial de Céu.

 

A alta no número de casos da Covid-19, em decorrência da propagação da nova variante Ômicron, fez diversas cidades ao redor do mundo anunciarem o cancelamento de suas tradicionais e famosas festas de Ano Novo.

Na Itália, a Prefeitura de Roma cancelou o tradicional concerto de Ano Novo no Circo Máximo, para evitar aglomerações em um momento de recrudescimento da pandemia. Além da capital italiana, Veneza, Pádua e Treviso, além de adiar eventos culturais, também proibiram a queima de fogos de artifício.

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Turim, por sua vez, cancelou o tradicional mercado de Natal. Outras regiões e províncias também anunciaram restrições como Florença, Bolonha, Campânia, Lazio, Vêneto e Emília-Romagna.

Já no Reino Unido, o famoso show de Ano Novo nas margens do Tâmisa, em Londres, não acontecerá. Na França, por sua vez, as festividades foram canceladas em Paris, incluindo a programada para a Champs-Elysées em 31 de dezembro.

Ainda na Europa, a capital portuguesa, assim como as cidades de Nazaré, Porto, Braga e Albufeira, também anularam as comemorações, temendo uma quinta onda da emergência sanitária.

Na Holanda, a capital Amsterdã vetou seu show de fogos e as celebrações públicas, de acordo com a prefeitura local. Além disso, os cidadãos não foram autorizados a usar fogos de artifícios em festas privadas.

Na cidade alemã de Berlim, além dos festejos terem sido cancelados, as comemorações privadas devem ser limitadas a 10 pessoas. Em Frankfurt e Munique também estão vetados os eventos. Segundo o chanceler Olaf Scholz, "não é o momento de fazer festa e celebrar com muita gente".

Tóquio, no Japão, abriu mão da famosa e tradicional contagem regressiva no distrito de Shibuya, na tentativa de evitar aglomerações no local, tendo em vista que as festividades anteriores reuniam cerca de 100 mil pessoas.

A capital japonesa ainda determinou que toda a região seja patrulhada e o consumo de bebidas alcóolicas seja banido entre 21h e 3h (horário local).

Em Nova Déli, na Índia, todos os eventos coletivos e celebrações de Natal e Ano Novo foram proibidos. A agência municipal de gestão de desastres da capital indiana anunciou a decisão em decorrência do avanço da variante Ômicron da Covid-19. A proibição afeta todas as iniciativas culturais, religiosas, sociais, políticas ou de entretenimento.

Até o momento, outras cidades famosas por suas festas de fim de ano, como Nova York, Cidade do Cabo, Melbourne, Bangcoc, Dubai, Las Vegas, Sydney e Taipei, ainda não cancelaram seus eventos.

Da Ansa

Por Hana Dourado

A cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, perdeu R$ 17 milhões de recursos provenientes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O dinheiro seria destinado para a construção da Cidade da Ciência, um centro vocacional tecnológico que teria como objetivo a difusão do ensino da ciência através da formação e a capacitação de professores, técnicos, pesquisadores e jovens cientistas.

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A Cidade da Ciência é um projeto proposto pelo deputado federal Betinho Rosado (DEM) e foi incluído como emenda de Bancada. O convênio foi assinado durante a gestão da ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado (DEM).

Em nota técnica do Ministério da Ciência enviada para a prefeitura de Mossoró no dia 31 de dezembro, o motivo do cancelamento se deu após um novo pedido de prorrogação do prazo de vigência do convênio em novembro do ano passado. O documento detalha todo o processo para a liberação de recursos para a Cidade da Ciência, tendo incluso várias prorrogações a pedido do município entre setembro de 2010 e julho de 2012.

Segundo a nota do Ministério, o convênio estava em vigência desde 2008 e “durante todo esse período, portanto quatro anos depois, não houve por parte do convenente a apresentação de um projeto básico consistente, apesar de reiteradas solicitações feitas”. Ainda de acordo com o documento, “quatro anos seria tempo suficiente, inclusive para que o projeto estivesse cumprindo com seus objetivos”.

A prefeitura de Mossoró, por sua vez, alegou que o município não teve tempo suficiente para corrigir os problemas apontados pelo Ministério da Ciência na última prorrogação concedida pelo governo federal.  A prefeitura explicou ainda que o convênio foi aprovado por uma equipe terceirizada do Ministério, mas que a análise foi refeita posteriormente quando o órgão encerrou o contrato com a antiga empresa. A reanálise do Ministério da Ciência deu origem então à necessidade de reajustar a obra, esse reajuste, segundo a prefeitura de Mossoró, acabou gerando todo o atraso.

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