O projeto Circular Campina/Cidade Velha promove neste domingo (3) sua 39ª edição e 26 espaços culturais vão oferecer programações presenciais. A cada dois meses, ações socioculturais são realizadas nos bairros históricos da cidade, para que o público tenha contato com esses ambientes e artes, se sensibilizando para as questões ligadas ao patrimônio histórico e cultural de Belém.
O evento conta com programações de música, gastronomia e patrimônio, potencializando relações de identidades socioculturais entre moradores e visitantes. Neste domingo haverá oficina de pintura para crianças, café com histórias nos palacetes do bairro de Nazaré, bate-papo sobre turismo patrimonial, contos históricos com Cleber Cajun e muita música com a banda Patuá e o grupo de carimbó Jangada Encantada.
##RECOMENDA##Durante a pandemia da covid-19, o projeto se manteve ativo de forma virtual. Muitos colaboradores foram impactados. “Após a pandemia, o projeto continuou acontecendo de forma digital. Ele foi muito impactado pelo período de isolamento, tendo em vista que muitos lugares fecharam as portas. Dois anos após o período pandêmico alguns lugares estão reabrindo, e esses espaços voltam com potência máxima, organizando ideias diversas para toda a família”, afirma a jornalista Adelaide Oliveira, gestora do projeto Circular.
A primeira edição do Circular Campina/Cidade Velha ocorreu em 2013, idealizado pela produtora cultural Makiko Akao e um pequeno grupo responsável pelo evento. O objetivo era reunir pessoas com espaços culturais e resgatar as relações das vizinhanças do bairro.
“A ideia era literalmente reunir pessoas que tinham espaços culturais como ateliês, galerias, casarões culturais e convidar para que o público viesse conhecer esses espaços a cada dois meses, sempre aos domingos, com o intuito de resgatar uma boa relação entre a vizinhança desse centro histórico impactado por problemas de violência e ausência de políticas públicas”, diz Adelaide Oliveira.
As ações resgatam a importância de proteger e valorizar o patrimônio histórico e cultural da capital paraense, incentivando a melhor apropriação e utilização das estruturas e edificações existentes na Campina e na Cidade Velha, dois marcos inaugurais da cidade de Belém.
"A cidade em que a gente acredita é uma cidade inclusiva, mais humana, resiliente e principalmente uma cidade que respeita a memória que ela tem. Então, é pensar nessa cidade do futuro e do presente, que é uma cidade cheia de desafios, tanto para o poder público quanto para quem mora nessa cidade. A gente tem que cuidar desse patrimônio, ele também dá um norte do que a gente quer como uma cidade para todos", ressalta Adelaide Oliveira.
Por Amanda Martins (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).