O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro de Barros Carvalho, não cede e aponta o próprio Estadual como o segundo melhor do Brasil. “Fica atrás apenas do Paulistão e com uma diferença astronômica para o terceiro e os demais”. Ainda assim, em pesquisa da reportagem do LeiaJá, o Hexagonal do Título do Campeonato Pernambucano 2015 teve altas quedas de público e renda se comparado ao ano de 2014 – que teve modelo similar. Os números são baseados nos borderôs da própria instituição futebolística que rege o torneio.
No termo arrecadação, o Campeonato Pernambucano sofreu uma perda de mais de R$ 256 mil. O valor é maior, inclusive, do que toda renda do Salgueiro durante a primeira fase do torneio, contabilizada em R$ 240.485,00. Da mesma maneira é superior à do Serra Talhada, que somou R$ 162.225 (média de R$ 32 mil por partida). Ou seja, a diferença entre a arrecadação nos mesmos 30 jogos da primeira fase é superior a duas das equipes competidoras.
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Não foi só a renda que caiu de um ano para o outro. Agora, em 2015 a diminuição de público também foi nítida nos estádios pernambucanos, mesmo com a presença do programa Todos Com a Nota, do Governo do Estado. O Hexagonal do Título do Estadual de 2014 conseguiu levar 306.099 torcedores aos jogos, enquanto neste ano apenas 242.825 acompanharam as mesmas 30 partidas.
Maior caldeirão é do ‘novato’ Serra Talhada
Em comparação a 2014, a única mudança entre as equipes participantes do Hexagonal do Título 2015 foi a saída do Porto para a entrada do Serra Talhada. O clube sertanejo, apesar do menor número de torcedores, foi o que teve a maior ocupação do estádio neste Campeonato Pernambucano. O Lampião preencheu em média 81,28% do Nildo Pereira nos duelos disputados. Em contraponto foi o Náutico quem teve maior abstinência em jogos, e preencheu em média 9% a cada partida.
Santa Cruz tem maior público e renda, mas sem caldeirão
O clássico entre Santa Cruz e Sport - na estreia do Hexagonal do Título 2015 - foi o jogo que mais motivou os torcedores a irem ao estádio. O Arruda recebeu 24.143 pessoas (lotação de 40,20%) e obteve uma renda de mais de R$ 475 mil. Valor foi superior aos outros três jogos no local (R$ 107.272,50; R$ 87.975 e R$ 124.665) e aproximado à renda geral do Náutico no torneio (R$ 499.770). O Clássico das Emoções teve público maior do que o clube alvirrubro na competição (22.434).
O Tricolor foi líder de audiência (71.690) e arrecadação (R$ 1,1 milhão). Ainda assim, a torcida não fez – até então - do estádio do Arruda um caldeirão em 2015. A média de ocupação do local em jogos corais no torneio foi de 25,35% melhor apenas do que o Náutico – que mandou todas as partidas na Arena Pernambuco.
Arena Pernambuco tem pior média e maior renda
O estádio de São Lourenço da Mata foi o que recebeu mais jogos no Hexagonal do Título: oito no total. Também motivado pelos caros ingressos e o difícil acesso – principalmente nas rodadas à noite em que o metrô recifense não funcionou –, a Arena Pernambuco teve a menor média de ocupação (15,85%) e a maior arrecadação: R$ 1.413.500 (média de R$ 176.687).
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