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A Justiça determinou que o município de Cananeia, localizado no litoral sul de São Paulo, providencie transporte escolar para as crianças das comunidades caiçaras de Pereirinha e Itacuruçá. As crianças dessas localidades precisam ser transportadas por embarcações para ter acesso ao continente e os moradores chegaram a organizar vaquinhas para fretar o transporte dos alunos.

A comunidade já havia solicitado ao município o transporte para as crianças e adolescentes que precisam sair da comunidade para estudar. Devido ao difícil acesso, muitos abandonam os estudos para preservar a cultura da comunidade. “Os moradores e a Associação da Comunidade do Pereirinha/Itacuruçá já pensaram em todas as alternativas possíveis com o objetivo de resolver a questão por meios próprios, chegando, inclusive, a alugar embarcação para a realização do transporte. Entretanto, além do custo insustentável para a maioria das famílias, a embarcação, por não ser específica para o transporte escolar, apresentava riscos à finalidade para a qual estava sendo utilizada”, afirmou o defensor público Andrew Toshio Hayama na ação.

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O juiz Sérgio Castresi De Souza Castro afirmou em sua decisão que “o direito à educação é direito de todos, independentemente de qualquer situação pessoal e específica, e não pode ser obstado pela falta de implementação de transporte público pelo Estado” e determinou que a prefeitura de Cananeia providencie transporte dos estudantes até o centro da cidade, de segunda a sexta-feira, a partir do primeiro dia do ano letivo de 2018. Caso desrespeite a determinação, o município pagará multa de R$ 50 mil.

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Ao som da sirene das retroescavadeiras e ao barulho de concretos caindo no chão, o Edifício Caiçara, na Avenida Boa Viagem, no bairro do Pina, começou a ser demolido no início da manhã desta quinta-feira (7). A ação de demolição acontece dois dias após a 2ª instância do tribunal de Justiça derrubar a liminar que impedia, até então, a demolição do imóvel. O edifício foi construído no estilo neocolonial no início dos anos 1940; em 2013 a construtora Rio Ave chegou a iniciar a demolição o imóvel, mas foi impedida de continuar após a obra ser embargada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). 

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De uma parte isolada do prédio vizinho, enquanto assistia a queda dos tijolos e pedaços de concreto, o geógrafo e engenheiro civil, Paulo de Santana, lamentava a perda de uma parte da história da cidade do Recife. Trabalhador no ramo das construções civis, Paulo desaprovava a ação judicial de autorizar a demolição completa do Caiçara. "Eu não estava sabendo que isso iria acontecer hoje. Cheguei aqui e fiquei surpreso com a decisão da justiça de autorizar a destruição de um patrimônio histórico que carrega muitas memórias da nossa história", lamentou. 

Carregando uma parte da memória afetiva e histórica do bairro de Boa Viagem, o Caiçara, assim como outras construções mais antigas das imediações, tem perdido sua importância enquanto preservação cultural. Para o ativista e integrante do grupo Direitos Urbanos, Leonardo Cisneiros, as grandes construtoras agem em acordo com a Prefeitura do Recife (PCR). "Sabemos que essa ação é mais uma prova da junção dos interesses financeiros da Prefeitura com as grandes empreiteiras", afirmou. 

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Cisneiros explicou que chegou a fazer uma apelação contra a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) de demolir o edifício. "Fizemos todo o trâmite necessário contra a sentença e na última terça-feira (5) ficamos sabendo que o tribunal teria negado nosso pedido e autorizado a demoli ação do Caiçara. Mas eu também fui pego de surpresa e não tinha a informação de que a obra teria início hoje", explicou. 

De olhos atentos nos detalhes da obra que segue sendo realizada durante a manhã desta quinta, o síndico do prédio Nossa Senhora de Copacabana, ao lado do edifício Caiçara, contou que só foi informado do início da demolição nesta manhã. "Os responsáveis pela construtora só vieram aqui na manhã de hoje e informaram que fariam a manutenção dos destroços que iriam cair no nosso prédio", informou. Com um ar de satisfação, o síndico contou que gostou da decisão de destruírem o edifício. "O prédio era frequentado por marginais e com o abandono isso nos prejudicava diretamente. Estávamos sujeitos frequentemente a doenças, como a zika e dengue, por exemplo".

Composta por dois andares, seis apartamentos e uma das estruturas mais antigas da região, o Caiçara já não existia fisicamente por volta das 10h da manhã desta quinta-feira. Para Paulo, a cidade deve ter espaços para modernidade, mas também deve ter espaços pra preservar a memória do bairro, da cidade e do estado. "O que a empreiteira quer é construir mais para se fazer mais espaços verticais e ganhar mais dinheiro. Com isso, se apaga um pouco da memória da cultura e do que foi a cidade", argumentou.

Com a demolição já iniciada, Cisneiros contou que pretende avaliar o caso e entrar com uma nova ação. "A partir de agora vamos entender melhor a situação e tentar entrar com uma ação de Danos Morais Coletivos. O judiciário agiu de forma contrária ao princípio da precaução, que deve reger a tutela do patrimônio histórico", concluiu.

Em nota, a construtora Rio Ave informou que está legitimada pelo Poder Judiciário, que em vários momentos foi favorável à ação da construtora. A empreiteira reforçou que em todo esse processo relacionado ao Edifício Caiçara agiu com transparência e cumpriu rigorosamente a lei, em todas as suas esferas. 

Confira a nota 

Na esfera estadual, o ato tem respaldo no parecer do Conselho Estadual de Cultura e da Fundarpe, que não consideraram o imóvel relevante para tombamento, e na perda de efeito do embargo da Fundarpe a partir das decisões judiciais. No âmbito municipal, a Construtora está respaldada pelas licenças de demolição concedidas pela Prefeitura do Recife em novembro de 2011, que voltaram automaticamente a valer depois da votação do CDU (Conselho de Desenvolvimento Urbano) no dia 04/04/14.

Inicialmente julgou improcedente o pedido de liminar do Ministério Público para suspender a demolição. No dia 13/06/14, o Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital revogou outra liminar que impedia a demolição. E, finalmente, no dia 05/04/16, o Tribunal manteve a sentença e confirmou improcedente o processo contra a demolição, em segunda instância.

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De criações, composições e produções musicais feitas no próprio home studio surgiu o projeto Efeito in casa, do músico pernambucano Caiçara. A ideia de fazer um CD com 12 faxas logo transformou-se numa trilogia em compacto vinil, com quatro músicas cada. Nesta terça (28), Caiçara realiza o pré-lançamento em Lo-Fi de duas faixas do primeiro título, Afrika, no bar Lisbela e o Prisioneiro.

O formato Lo-Fi, que ao pé da letra quer dizer 'de baixa fidelidade', dá às músicas uma sonoridade mono, com menos agudos e volume mais baixo, semelhante aos antigos gramofones, resultando num tom diferente e nostálgico das canções. Além da versão em vinil Lo-Fi, o disco também será lançado nos formatos de CD e virtual. 

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Caiçara está no mercado musical desde os anos 1990 e é conhecido por seu trabalho independente. Em quase 20 anos de carreira, o artista sempre buscou inovar nos projetos que liderou ou participou. Ele é o primeiro músico pernambucano a lançar um disco num formato criado nos anos 1950.

Serviço

Pré-lançamento Efeito in casa

Terça (28) | 19h

Lisbela e o Prisioneiro Bar (Pátio de Santa Cruz, Boa Vista)

Gratuito

JOÃO PESSOA (PB) - A Polícia Militar prendeu, durante a madrugada desta sexta-feira (15), três homens na cidade de Caiçara, localizada a 145 km de distância de João Pessoa. Eles são suspeitos de cometer roubos, sendo um deles procurado por assalto a banco no Ceará.

A PM informou que os homens estavam em atitude suspeita dentro de um carro e possuíam documentos falsos. Eles foram encaminhados a delegacia de Guarabira, onde ficou constatado que um deles faria parte de uma quadrilha acusada de roubar R$ 200 mil de um banco em Fortaleza.

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O trio negou relação com os crimes durante depoimento. A Polícia acredita que eles estariam envolvidos em assaltos na região planejando novos crimes.

A demolição do Edifício Caiçara, na orla do Pina, está novamente suspensa. A decisão, divulgada na noite desta sexta-feira (20), é do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O órgã voltou a proibir a demolição do prédio que tinha sido concedida no mês de abril. O desembargador responsável por restaurar a liminar foi o plantonista Eurico de Barros Correia Filho. 

De acordo com o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), o magistrado "reconheceu que estavam presentes todos os requisitos necessários para concessão da liminar, acatando o pedido cautelar requerido, determinando que a construtora Rio Ave e a Prefeitura do Recife se abstenham de promover a demolição do Edf. Caiçara, em resposta à decisão prolatada pelo magistrado substituto de primeira instância que revogava a decisão de suspensão anteriormente em vigor".

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A entidade ainda destaca que "a concessão da liminar reafirma a importância da conservação do patrimônio histórico pernambucano, pleito da sociedade civil organizada, em detrimento do avanço da especulação imobiliária e do interesse das grandes empreiteiras. Preservar o edifício caiçara é também preservar a história da nossa cidade".

Entenda o caso – O histórico do Edifício Caiçara foi apresentado pelo representante da Construtora Rio Ave, Humberto de Ferreira Costa, que mostrou uma série de análise e pedidos feitos desde 1997 pedindo a preservação e tombamento do imóvel e a negação da prefeitura, feita em 2009. Com isto, a empresa pensou na construção de um prédio no local, e teve os alvarás de autorização para demolir o prédio emitidos em 2011 pela prefeitura.

Ao mesmo tempo, a construtora informou que consultou diversos arquitetos referência na cidade, que constataram que o Caiçara não tinha nenhum estilo definido, sendo considerado uma cópia de um estilo importado e que, por isso, não representava valor histórico nenhum para a cidade. Além disso, os especialistas consideraram que o edifício destoava dos demais construídos na mesma época. Desde a expedição dos alvarás, a Fundarpe entrou com uma solicitação de tombamento do edifício, que foi aceito pela prefeitura no fim de 2012. Segundo Ferreira da Costa, a construtora não teve acesso a este documento, que foi entregue à Dircon, e por isso, entendeu que como decisão final, a demolição estava autorizada.

Com isso, iniciou-se a demolição de parte do edifício, em setembro de 2013, e no mesmo dia, uma ordem de embargo das obras foi expedida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a pedido da Fundarpe. Após julgamento do caso, o juiz responsável pelo caso definiu que o prédio não se encaixava como um Imóvel Especial Protegido (IEP), autorizando sua demolição, e o MPPE não recorreu da decisão. Desde então, o caso foi encaminhado para o Conselho para ser votado e até agora não há uma decisão final. 

 

 

Uma nova votação sobre a classificação do Edifício Caiçara como imóvel especial protegido (IEP) aconteceu nesta sexta-feira (4), na sede do Conselho de Desenvolvimento de Urbano (CDU), na prefeitura. A votação terminou com um placar de 12 a 10 a favor da demolição do prédio, aprovando o relatório do vereador Augusto Carreras. No entanto, uma ação judicial expedida na noite da quinta-feira (3) a pedido dos membros da sociedade civil, impede que o edifício seja demolido, apesar do resultado da votação. Com isto, a prefeitura fica impedida de dar continuidade ao processo, que deverá ser conduzido judicialmente pela Construtora Rio Ave.

Assim como na ultima sessão, os representantes da sociedade civil mantiveram sua posição, defendendo a preservação do imóvel como IEP e sua não demolição. "Esse discurso que o Caiçara é um bolo de noiva, que faz parte do passado e que deve abrir espaço para o futuro é discurso de arquitetos modernistas. Nenhuma fotografia é suficiente para guardar a memória deste imóvel", foi o argumento apresentado. Todos os membros da sociedade civil tiveram chance de expor seu ponto de vista.

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Já pelo CDU, cuja opção pela demolição do prédio já se mostrava a favor desde a última sessão, um dos membros, Tomas Lapa, lembrou que a votação do imóvel como IEP não vai diminuir o ritmo das construções urbanas. "Isso deve estar claro na mente de todos", disse. Também foi colocado por outros membros que a questão dos valores agregados ao imóvel devia ser discutida antes de qualquer andamento do caso. "As regras do jogo estão sendo estabelecidas depois do jogo iniciado".

Participaram da reunião representantes da Construtora Rio Ave, que tem um projeto para construção de um novo imóvel no terreno do Caiçara, localizado na Avenida Boa Viagem e membros da sociedade civil.

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Presente na comemoração do aniversário de 477 anos do Recife, nesta quarta-feira (12), o governador Eduardo Campos (PSB) enfrentou um protesto da troça “Empatando tua Vista”, organizado pelo movimento Direitos Urbanos. O grupo reclamava da demolição parcial do edifício Caiçara, localizado em Boa Viagem, Zona Sul da cidade, e contra a “verticalização excessiva” do município.

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Apesar das várias faixas de repúdio e dos manifestantes fantasiados de “prédios”, em alusão à própria verticalização, o presidente do PSB disse que não percebeu o protesto.

“Sinceramente eu nem vi (o protesto). É tanta gente aplaudindo, brincando. Vi algumas pessoas com faixas. O novo e velho andar junto (frase escrita pelos manifestantes). E eu acho que deve andar junto, que o governo democrático deve estar sempre aberto para dialogar com quem protesta. Entender o sentido do protesto para que possamos nos entender. Eu já fiz muito protesto também”, declarou o gestor.

Na opinião do prefeito Geraldo Julio (PSB), a prefeitura já tomou todas as providências que podem ser tomadas em relação ao edifício Caiçara. “Fizemos reunião com os moradores, depois levamos eles ao Ministério Público. O Ministério Público acionou a justiça para defender os moradores e determinou que a Caixa Econômica pagasse o aluguel e fizesse a recuperação”, relatou.

De acordo com um dos integrantes do movimento Direitos Urbanos, Claudio Tavares, o grupo ingressou com uma ação popular para preservar o edifício Caiçara mas, segundo ele, o pedido deve ser negado.

“O edifício Caiçara é um patrimônio querido, uma identidade cultural que a gente quer preservar para gerações posteriores e está para ser negado pela gestão pública”, lamentou.







Através da sua página em uma rede social, o promotor de justiça do Ministério Público de Pernambuco Ricardo Coelho divulgou nesta quarta-feira (30) que foi cassada a liminar que impediria a demolição do Edifício Caiçara. O prédio, localizado na orla de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, começou a ser demolido no começo de setembro, mas teve a intervenção cancelada pelo MPPE.

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Entenda o caso- Erguido na década de 40, o Edifício Caiçara é um dos últimos prédios antigos da orla de Boa Viagem, situada na Zona Sul do Recife. Ele, que estava em análise de tombamento, começou a ser demolido no dia 27 de setembro. A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) enviou fiscalização ao local para registrar a ação e providenciou o embargo da demolição.

Os integrantes da página do Facebook Direitos Urbanos criaram um manifesto na rede social, intitulado de #OcupeCaiçara. A ação tem o objetivo de convocar pessoas para protestarem, neste domingo (29), contra a derrubada do prédio, localizado em Boa Viagem. 

No evento, os manifestantes informam que vão realizar o ato em frente ao Caiçara, na Avenida Boa Viagem. Antes, vão seguir em uma pedalada que tem saída marcada às 9h, no Marco Zero, bairro do Recife. A ação também passa pelo Cais José Estelita, outro meio de luta do grupo, e segue até chegar ao Edifício.

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Entenda o caso- Erguido na década de 40, o Edifício Caiçara é um dos últimos prédios antigos da orla de Boa Viagem, situada na Zona Sul do Recife. Ele, que estava em análise de tombamento, começou a ser demolido nesta sexta-feira (27). A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) enviou fiscalização ao local para registrar a ação e providenciou o embargo da demolição.O Ministério Público de Pernambuco afirmou que a derrubada era crime ambiental e a Prefeitura do Recife informou que era ilegal.  

A construtora Rio Ave, responsável pela obra, conseguiu o direito de demolição em novembro de 2011, porém em janeiro de 2012 a Diretoria de Controle Urbano (Dircon) determinou a Suspensão a Licença da Demolição, a pedido da Secretaria de Cultura do Recife. Por não cumprir tal decisão, a empresa será acionada pela Prefeitura do Recife e terá que pagar uma multa.

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