Estabilidade, horários flexíveis, vagas para todas as idades, aposentadoria integral e remunerações acima da média de mercado. Essas são algumas das razões que fizeram a estudante Renata Nogueira, 21 anos, trocar sua área de formação em busca de uma colocação na área pública.
Formada há um ano em radiologia, Renata, assim como outros quatro milhões de brasileiros, dedicam anualmente meses de estudo em busca da tão sonhada vaga pública e alimentam a indústria dos concursos, que atrai milhões de estudantes e movimenta outros milhões em investimento. “O emprego público me dá a certeza da estabilidade e a possibilidade de me dedicar a outras prioridades, diferente do emprego privado”, conta a estudante, que pretende após a aprovação se dedicar a outros cursos e possivelmente a uma área ainda mais concorrida.
##RECOMENDA##
Renata ainda está na metade da caminhada, já que segundo professores um aluno leva em média dois anos se preparando até ser aprovado. “Cada aluno tem um tempo diferente para absolver os conteúdos. Pode ser que demore um ano, três ou cinco, mas ele vai passar”, conta Cyntia Duarte, coordenadora pedagógica do Espaço Jurídico, que prepara em média mais de 15 mil alunos para diversos concursos.
Segundo Cyntia, cada concurso requer um planejamento e um número de horas de estudo. Um concurso para procuradoria ou juiz, com remunerações que passam dos R$ 20 mil, demanda do concurseiro mais de dez horas de estudo diariamente. Inácio Feitosa, diretor do Bureau de Cursos, diz que é preciso ter isso bem estabelecido. “Imagine uma viajem de dois mil quilômetros. Você sabe que independente de quanto tempo vá gastar para completar esse percurso, uma hora você chega, assim é a vaga pública. Basta se dedicar”, afirma.
Inácio lembra que é preciso manter um estudo orientado, com horas definidas e responder muitas questões. Abdicar de muitas coisas é necessário. “Não tem milagre, sair menos e estudar mais”, conta. Renata aprendeu rapidamente essa dica. Ela tem uma rotina de estudos puxada. Ao todo são, em média, oito horas diárias. “Tenho aula de manhã e à tarde. Quando chego em casa reviso parte do conteúdo”, conta Renata, que ainda tem aulas no sábado.
Mas toda essa dedicação e esse investimento têm boas explicações. O Brasil passa por um momento bastante favorável ao serviço público. Além da criação de milhares de vagas, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que todos os candidatos aprovados devem ser convocados em um prazo estabelecido. “Isso tanto acabou com os concursos que nunca convocavam os aprovados, como deu mais estabilidade e segurança aos candidatos”, afirma Inácio.
Somado aos salários, em média, acima do padrão inicial da maioria das empresas, o número de jovens que preferem trabalhar para o governo cresce diariamente. Mas é preciso uma ressalva, saber se de fato aquela é a área da pessoa. "Não adianta pensar apenas no salário. É preciso lembrar que o trabalho na maioria das funções é repetitivo. Quem não tem um perfil de realizar tarefas mais técnicas, mecânicas, certamente pode ficar desestimulado e até mesmo frustrado quando aprovado”, afirma Inácio.
Cyntia Duarte indica aos alunos iniciar o processo de estudo de uma forma mais direcionada. Primeiro tenha em mente qual concurso quer passar. Estabeleça horas e prazos. Depois de um ano de estudos e de algumas provas, o candidato pode começar a tentar outros, mas sempre com foco se aquela é realmente a área que ele se identifica. Pesquisar a função é o primeiro passo e posteriormente buscar um cursinho que ofereça suporte para o estudante.
Para aqueles que não têm disponibilidade para estudar inúmeras horas e frequentar um curso presencial, uma solução é a preparação a distância. O Bureau Jurídico é um desses cursos. Atualmente oferece mais de duas mil opções de cursos para preparar candidatos para os mais distintos concursos, desde o nível técnico até o superior. Seguindo o passo a passo da dinâmica, fica mais fácil conquistar o tão sonhado lugar ao sol.