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O pré-candidato à Presidência da República pelo PRB, Flávio Rocha, vai lançar nesta quarta-feira, 6, em Brasília, uma frente parlamentar que leva o mesmo nome do grupo de renovação política que fundou no início do ano, o Brasil 200. A iniciativa recebeu, até o momento, assinaturas de 249 deputados e 20 senadores, segundo os organizadores.

De acordo com o empresário, que esteve em um evento da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o objetivo é "devolver o Estado brasileiro ao seu real dono: o povo brasileiro, que paga a conta e precisa de saúde de qualidade, educação que prepare para o mercado de trabalho e de saúde pública".

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A participação dos parlamentares na frente, acrescentou Rocha, não significa um apoio à sua pré-candidatura. O empresário vai defender, também, as quatro reformas prioritárias para sua candidatura, a administrativa, a tributária, da Previdência e a política.

De acordo com o deputado Jeronimo Goergen (PP-RS), porta-voz da frente, o primeiro trabalho neste ano de pouca atividade parlamentar por causa das eleições será pedir a instalação de uma comissão externa para estudar "o excesso de gastos dentro dos Poderes".

"Já pedi ao Rodrigo Maia (DEM-SP) a instalação dessa comissão. A principal é a do Estado com custo menor. Estamos identificando todos os projetos que venham nessa linha", disse.

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O pré-candidato à Presidência da República Flávio Rocha (PRB) participou de encontro com estudantes e professores da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém, na quarta-feira (9), e falou sobre suas propostas de governo. Empresário, dono das Lojas Riachuelo e principal executivo do grupo que detém o controle da Midway Financeira, Confecções Guararapes Transportadora, Casa Verde e Shopping Midway Mall, maior shopping center do Rio Grande do Norte, Flávio Rocha se apresentou como alternativa política e defendeu o programa “Brasil 200”, um projeto de geração de “milhões de empregos” no país.

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Rocha destacou que o movimento “Brasil 200” ganha corpo e já está enraizado em todos os Estados brasileiros. “É um movimento de defesa dos que produzem, da imensa maioria da população brasileira que puxa a carruagem chamada Brasil, trabalhadores, empreendedores, aqueles que suam a camisa e que apostam no Brasil, que lutam por um Brasil que seja reinserido no jogo competitivo”, afirmou.

 Aos 60 anos, Flávio Rocha, atualmente, exerce a função de CEO da rede de Lojas Riachuelo e da Midway Financeira. Em 1986, foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte, sendo reeleito em 1990. Em 1994, chegou a se pré-candidatar à Presidência da República pelo PL, desistindo para apoiar a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. Defende o livre mercado e um estado menor e mais eficiente.

Segundo o pré-candidato, o Brasil vem perdendo competividade no mercado internacional e precisa de incentivo para a geração de empregos. “Nós temos um projeto para o Brasil que se baseia na criação de milhões e milhões de empregos, esse é um problema mais ou menos disseminado por todo mundo, mas aqui no Brasil é o fechamento de um cerco burocrático asfixiante que vem deliberadamente com recursos públicos extinguindo postos de trabalho”, disse.

Flávio Rocha também falou sobre o papel da Amazônia no processo de construção de um novo modelo econômico para o Brasil. “A Amazônia é uma região fundamente estratégica, principalmente diante da realidade da era da biotecnologia. Esse é o grande ativo da era que se inicia agora. Nós estamos saindo da era da eletrônica e quando nós olhamos para frente vemos o mesmo milagre que a evolução tecnológica no campo da eletrônica, da informática trouxe num âmbito muito mais amplo na esfera da biotecnologia”, observou. Para ele, a Amazônia é o grande patrimônio do Brasil quando se olha pro futuro. “A Alemanha que tem talvez uma fração da biodiversidade que nós temos em cinco anos já vai ter vinte e cinco por cento do seu PIB baseado na biotecnologia. Imagina o quanto a biotecnologia pode representar do PIB brasileiro nas décadas vindouras”, assinalou.

A experiência na carreira política, com dois mandatos de deputado federal, e o conhecimento da dinâmica dos negócios adquirido em sua atividade empresarial, acredita Flávio Rocha, o credenciam a oferecer um plano de reconstrução nacional. “Durante a minha vida empresarial eu me vali da experiência de dois mandatos de deputado federal, de ter sido caçula da Assembleia Nacional Constituinte e de uma campanha presidencial. Eu acho que a soma dessas duas experiências, a junção desses dois talentos me preparam para esse momento extremamente desafiador talvez até a decisão mais importante da historia do Brasil.”

O empresário apontou o caminho para a saída da crise: “Gerar empregos, o que eu sei fazer e fiz a minha vida toda é colocar dinheiro no bolso do trabalhador, no bolso do povo e isso se faz através do aumento da competividade brasileira. Nós podemos a curto prazo através de quatro reformas fundamentais, a trabalhista, a previdenciária, a tributaria e a reforma do Estado, tirar o Brasil da posição de um dos países mais hostis ao empreendedorismo e fazer com que o sonho do brasileiro volte a ser empreender, por que aí que a gente vai reinserir o Brasil no jogo competitivo internacional”.

Acompanharam o pré-candidato no encontro com estudantes e professores o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará, Adnan Demachki, que por duas vezes foi prefeito de Paragominas, e Roberto Motta, especialista em segurança publica e também integrante do movimento Brasil 200. Na Unama, eles foram recebidos pela vice-reitora Betânia Fidalgo.

Da Redação do LeiaJá (com apuração de Filipe Bispo, Matheus Bricio e Jhonatan Rafael).

O empresário e ex-deputado federal Flávio Rocha, dono da Riachuelo, abandonou a vida parlamentar há 23 anos, mas desde o processo que culminou no impeachment de Dilma Rousseff virou voz ativa no cenário político a ponto de ser considerado uma opção na eleição presidencial.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegou a citá-lo como uma alternativa para compor sua equipe. "Tenho conversado com os candidatos de uma forma geral e constatado uma imensa lacuna, uma lacuna que é a falta do chamado candidato óbvio", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Na busca pelo "candidato óbvio", Rocha não parece confortável com nenhum dos nomes colocados até então. Ele diz que Bolsonaro precisa acertar uma "sintonia fina" e que Geraldo Alckmin estaria migrando para um "centro amorfo". "O mercado quer um candidato de direita democrática. A direita democrática entra em campo para consertar o País", afirma.

Rocha lança nesta quarta-feira, 21, em Natal, o braço nordestino do Brasil 200 - movimento de empresários que pretende pautar as eleições com um projeto liberal na economia e conservador nos costumes.

O senhor conversou sobre eleição presidencial com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ)?

Tenho conversado com os candidatos de uma forma geral e constatado uma imensa lacuna, uma lacuna que é a falta do chamado candidato óbvio. O candidato óbvio é alguém que ofereça um contraponto a esse triste ciclo que a gente imaginava que fosse ficar para trás.

E sobre ser vice de Bolsonaro? Ele chegou a elogiar publicamente o seu nome...

Fiquei lisonjeado, mas isso iria comprometer o crescimento do (movimento) Brasil 200.

Bolsonaro tem o perfil desse 'candidato óbvio'?

Bolsonaro merece o mérito de ser o único candidato que toca nos temas tabus. Pode se questionar a sintonia fina de carregar demais nas cores, mas é o único que fala de temas que têm apoio de 80% do eleitorado.

Está difícil achar esse nome?

O que a gente está vendo é que o quadro está cada vez mais nebuloso. A fórmula da prosperidade é conjunção de liberdade política com liberdade econômica. Nós precisamos de um liberal na economia e um conservador nos costumes. O discurso liberal na economia é a grande solução para consertar o País depois de eleito, mas o que ganha a eleição é o discurso dos costumes, o contraponto ao marxismo cultural.

O apresentador Luciano Huck poderia ser esse candidato?

Olha, o Luciano Huck é um querido amigo, que tenho admiração. Mas não concordei quando ele disse que 'não existe mais esquerda e direita'. Dizer que não existe esquerda ou direita é dizer que tanto faz se você está ao lado de Coreia do Norte, por exemplo.

Aparentemente todos os pré-candidatos querem flertar ou se colocar no centro.

A tática maliciosa da esquerda é tachar a direita democrática de ser simpatizante da ditadura militar. Ora, a ditadura militar foi tão estatizante quanto o PT. Na economia, direita é Estado pequeno. O que é o centro? O centro é um contingente da classe política que até admite que o livre mercado é a melhor forma de criar riquezas, mas acha que precisa existir Estado para distribuí-la, como se não fosse a caridade estatal a pior que existe, a mais vulnerável à politicagem, mais nociva e barata. O centro é muito menos eficiente. Com um política de centro, uma retomada será muito mais lenta do que uma política de livre mercado autêntica.

Então, não é verdade que o mercado quer um candidato de centro?

O mercado quer um candidato de direita democrática. A direita democrática entra em campo para consertar o País. É a direita dos costumes que é o discurso que toca a imensa maioria do eleitorado brasileiro. Nós ainda não temos esse candidato que tenha esse discurso coerente para tocar o coração do eleitor - aliado à fórmula eficiente para consertar a economia.

O governador Geraldo Alckmin não teria esse perfil?

Ele poderia ser mais incisivo na agenda dos costumes. Isso é o que falta a ele para chegar mais próximo a esse perfil. Ele tem convicções que não estão sendo externadas - que é de um candidato mais conservador nos costumes. Ele está migrando perigosamente para esse centro amorfo. Com isso, ele corre o risco de ser "cristianizado" entre dois polos radicais. Ao não se posicionar sobre certos temas, ele ficará esmagado entre essa polarização.

Pode surgir um outsider?

Pode sim.

O senhor?

Não. Entre muitos outros motivos por falta de votos...

O senhor teria sido cogitado como candidato até pelo presidente Michel Temer...

Vi isso com surpresa. Volto a insistir, não sou candidato. Se eu fosse (candidato), o Brasil 200 não teria saído do chão.

Concorda que a reforma da Previdência foi enterrada?

O tempo trabalha a favor da Previdência. Cada vez está ficando mais claro que o presidente está falando em combater o privilégio de 2 milhões de pessoas, dos que estão em cima da carruagem estatal. O Estado, além de gigantesco, balofo e gastador, também ficou ensimesmado dentro de si.

O senhor foi autuado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte por questões ligadas a condições de trabalho de empresas subcontratadas pela Riachuelo.

A máquina de não fazer do Ministério Público nos autuou em R$ 38 milhões por conta de uma tese acadêmica. Não existe em nenhum lugar da lei algo chamado de subordinação estrutural. Se aplicar essa tese, não fica uma montadora. Trazer 50 fornecedores para dentro da sua folha de pagamento é inviável.

Mas a denúncia causou danos à imagem da empresa, não?

Causou um dano enorme para a imagem da Riachuelo. Mas o principal dano não é para a gente. É para dezenas de milhares de empregados que tem lá. Apareceram viaturas, guardas com metralhadoras querendo achar coisas erradas, mas não acharam nada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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