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Uma batalha de cinco horas entre soldados camaroneses e rebeldes do grupo extremista Boko Haram fez milhares de civis fugirem da cidade de Kolifata, perto da fronteira com a Nigéria.

Segundo oficiais camaroneses, 143 rebeldes morreram no ataque extremista. Apenas um militar foi morto no combate. O Boko Haram, que surgiu no noroeste da Nigéria, tem aberto uma segunda frente de batalha no país vizinho.

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Esta semana, o líder do grupo extremista, Abubakar Shekau, emitiu mais uma ameaça contra a ex-colônia francesa. "Vocês irão provar o que vem acontecendo na Nigéria", disse Shekau em um vídeo divulgado no Youtube. "Suas tropas não podem nada contra nós."

Militares camaroneses afirmaram que levaram o vídeo a sério e que estudam sua autenticidade. Em dezembro, o país lançou seus primeiros ataques aéreos a posições do grupo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo de Camarões informou nesta terça-feira que suas Forças Armadas mataram 143 militantes do grupo extremista islâmico Boko Haram, que trava uma guerra na vizinha Nigéria.

Em comunicado lido na televisão estatal, autoridades disseram que centenas de militantes haviam atacado um acampamento do Exército camaronês em Kolofata no dia anterior, antes de cruzar a fronteira com a Nigéria.

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O luta durou seis horas e deixou 143 militantes mortos, declarou o ministro de Informação de Camarões, Issa Tchiroma Bakary, em comunicado.

"Esta é, de longe, a mais pesada baixa da seita criminosa Boko Haram, desde que iniciou seus ataques bárbaros contra nossas terras, pessoas e bens", disse ele.

O ministro declarou que um militar foi morto e outros quatro soldados ficaram feridos, mas não forneceu mais detalhes. Não foi possível verificar a autenticidade da informação, já que o ataque aconteceu numa área remota de fronteira.

Países vizinhos são cada vez mais atraídos para a guerra na Nigéria, que já dura cinco anos e, além de matar milhares, desalojou 1,6 milhão de pessoas de suas casas, o que inclui moradores de áreas fronteiriças em Camarões, Níger e Chade.

O Boko Haram vem recrutando combatentes nesses três países. O grupo também divulgou recentemente um vídeo ameaçando o presidente camaronês Paul Biya.

O governo de Camarões intensificou sua ofensiva, lançando ataques aéreos no final do mês passado, depois de militantes terem invadido uma base militar.

O Boko Haram foi o grupo responsável pelo sequestro de cerca de 300 estudantes de uma escola feminina no nordeste da Nigéria em abril, num ataque que atraiu críticas internacionais. Dezenas de estudantes, mas 219 continuam desaparecidas. Fonte: Associated Press.

O grupo militante islâmico Boko Haram realizou um massacre com duração de quase uma semana no nordeste da Nigéria, autoridades e moradores afirmaram nesta sexta-feira. Os atos violentos agravam o cenário diante da campanha presidencial.

Os militantes que ocuparam a remota cidade de Baga no sábado passaram os dias seguintes caçando e matando seus moradores, de acordo com relatos de sobreviventes. Bulama Masta disse ter perdido seus cinco filhos enquanto procuravam um local seguro. Dois morreram afogados no sábado e os outros três foram baleados no domingo enquanto corriam, disse Masta. Ele chegou, sem os filhos, na segunda-feira, em Maiduguri, a maior cidade próxima.

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Os combatentes ocuparam também aldeias vizinhas a Baga, matando os moradores das comunidades que eles consideram como sendo oposição a eles, assim como os pessoas que tentaram escapar, de acordo com sobreviventes e vigilantes locais. Na quarta-feira, o Boko Haram incendiou toda a cidade. "Não há uma única casa lá", disse Baba Hassan, um morador e testemunha do ataque.

Nesta sexta-feira, tantos moradores foram baleados que "os cadáveres estão espalhados por todos os lugares", disse Maina Ma'aji Lawan, comandante da área. "Nosso povo está fugindo aos milhares", afirmou.

Ano eleitoral

O Boko Haram tem um histórico de violência contra comunidades que se opõem à sua tentativa de aplicar a lei fundamentalista na Nigéria, mas o cenário atual se torna mais grave diante das eleições. Enquanto o Boko Haram cometia atrocidades em Baga na quinta-feira, o presidente da nação, Goodluck Jonathan, estava na megalópole de Lagos, a 800 quilômetros a sudoeste, no lançamento de sua campanha de reeleição.

Críticos têm questionado como uma eleição nacional pode ser realizada, especialmente no nordeste, em meio a tanto tumulto sangrento. Nos últimos dois anos, 1,6 milhões de nigerianos fugiram do grupo insurgente, que já controla ou tem demonstrado a capacidade de aterrorizar boa parte do nordeste da Nigéria, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante seu discurso em Lagos, Jonathan disse a uma multidão de seguidores que iria garantir que cada nigeriano seria capaz de lançar uma cédula na eleição de 14 de fevereiro. "Todos os nigerianos devem votar", afirmou. O presidente nigeriano disse que o Exército estava sendo reequipado para combater melhor o Boko Haram e que ele tinha determinado à comissão eleitoral do país que garantisse que todos votassem.

Mais de 16 mil pessoas morreram nos conflitos do Boko Haram desde 2011, sendo 11.245 deles só em 2014, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores de Nova York. Esse registro não inclui o último ataque. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma menina de 13 anos de idade disse que foi entregue por seu pai ao grupo extremista Boko Haram e que ela foi presa depois de se recusar a explodir uma bomba suicida em um mercado em Kano, a segunda maior cidade no norte da Nigéria.

Ela afirmou ter dito a seus sequestradores que não queria ser detonar a bomba, mas permitiu que eles amarrassem nela um casaco com explosivos porque foi ameaçada de ser enterrada viva.

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A menina disse também que foi levada ao mercado têxtil de Kano onde duas outras garotas detonaram suas bombas. A polícia afirmou que quatro pessoas morreram na explosão no dia 10 de dezembro. A menina foi apresentada pela polícia em uma entrevista coletiva na noite de terça-feira. A Nigéria tem sofrido vários atentados a bomba executados por garotas e jovens mulheres. Fonte: Associated Press.

Dois taques organizados pelo grupo extremista Boko Haram mataram ao menos 77 pessoas em duas capitais de províncias da Nigéria, de acordo com relatos de agentes de saúde. Em Maiduguri, capital do estado de Borno, duas mulheres bomba se explodiram em um mercado, matando ao menos 16 pessoas. Entre as vítimas, se encontram as duas mulheres que iniciaram as explosões.

Em Damaturu, capital do estado de Yobe, 33 policiais, seis soldados e 20 membros do Boko Haram deram entrada em um hospital, de acordo com um funcionário do necrotério que não quis se identificar. Os corpos vieram após um intenso combate entre as duas partes. Extremistas invadiram a cidade no amanhecer da segunda-feira e rumavam para o palácio do governo, onde existe um depósito de armamentos, mas foram repelidos pelos militares.

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O combate também tirou a vida de dois médicos, que tiveram suas residências invadidas. Outros três foram sequestrados. O governador de Yobe, Ibrahim Gaidam, instituiu um toque de recolher de 24 horas na cidade, enquanto soldados procuram os rebeldes fugitivos.

Milhares perderam suas vidas e 1,6 milhão deixaram suas casas desde o início da insurgência do Boko Haram, há cinco anos. O grupo, que se declara um califado islâmico, domina uma dezena de cidades ao longo da fronteira nordeste da Nigéria. Fonte: Associated Press.

O líder do Boko Haram na Nigéria, Abubakar Shekau, ameaçou matar um homem alemão não identificado, que foi capturado pelo grupo extremista islâmico.

Shekau afirmou, em um novo vídeo divulgado na noite de sexta-feira (31), que o Boko Haram está mantendo prisioneiro um homem alemão não identificado que, segundo o líder rebelde, está "sempre chorando". Shekau disse que o grupo poderia cortá-lo, ou matá-lo ou atirar nele.

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O Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou nesta semana que não havia nenhuma informação sobre o homem sequestrado.

Um vídeo anterior, recebido pela Associated Press, mostrou a decapitação de um homem identificado por amigos como o piloto de um jato desaparecido que o Boko Haram diz ter atacado. Fonte: Associated Press.

O governo de Camarões anunciou neste sábado que 27 reféns que supostamente haviam sido sequestrados pelo grupo extremista Boko Haram foram libertados, incluindo 10 trabalhadores da construção civil chineses e a mulher do vice-primeiro-ministro do país. Os reféns voltaram para casa no começo da manhã deste sábado e "estão sãos e salvos", de acordo com depoimento do gabinete do presidente Paul Biya lido na rádio estatal.

Os operários chineses haviam sido sequestrados em maio de sua base na cidade de Waza, no norte de Camarões. Já Françoise Agnes Moukouri, esposa do vice-primeiro-ministro Amadou Ali, estava entre o grupo de 17 pessoas sequestradas em um ataque contra a casa da autoridade, em julho, na cidade de Kolofata. Segundo oficiais, 200 combatentes invadiram a propriedade, mas Ali não estava no momento do incidente.

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Enquanto recuavam com os reféns, os militantes atearam fogo na residência, saquearam cofres e veículos e mataram ao menos cinco pessoas, informou um porta-voz do Exército na época. Um líder religioso local sequestrado na ofensiva também foi libertado neste sábado de acordo com o depoimento do governo.

O Boko Haram nunca admitiu a responsabilidade pelos sequestros, mas o incidente elevou as preocupações de que os insurgente nigerianos estavam expandindo suas operações para dentro da fronteira de Camarões. Na época, o governo do país se tornava cada vez mais envolvido nos esforços regionais para conter o grupo extremista.

Camarões garante que não paga resgates em casos de sequestro e a declaração divulgada neste sábado não fornecia nenhum detalhe sobre a condição da libertação dos reféns. Fonte: Associated Press.

O grupo extremista Boko Haram, atuante na Nigéria, publicou um vídeo que mostra ruínas de um avião queimadas e um homem sendo decapitado. Ele foi identificado como um piloto de um jato da Força Aérea nigeriana.

No vídeo, um homem ajoelhado usando uma vestimenta camuflada aparece com a mão direita levantada por uma faixa e um militante próximo a ele com um machado, usado em seguida para sua decapitação. Falando em inglês, a vítima que se identifica com um comandante da Força Aérea nigeriana afirma que estava em uma missão na área de Kauri, no estado de Borno. "Atiram em nós e o avião caiu", afirmou. "Até hoje não sei do destino do outro piloto."

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O suposto líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, também aparece no vídeo. O Exército nigeriano alegou ter matado Shekau duas vezes, primeiro em 2009 e novamente em 2013. Há duas semanas o Exército informou que matou um homem parecido com Shekau que apareceu nos vídeos do grupo.

"Aqui estou eu, vivo, e vou continuar vivo até o dia que Alá tirar meu fôlego" afirmou no idioma Hausa. "Ainda que vocês me matem, isso não vai nos impedir de impor a lei islâmica. Nós continuamos no nosso estado islâmico, reinando e ensinado o Alcorão." Os EUA oferecem uma recompensa de US$ 7 milhões para quem matar o líder do grupo extremista.

No final do vídeo, são mostradas partes de um avião queimado. Dois pilotos e um jato Alpha estão desaparecidos desde 11 de setembro após deixarem a cidade de Yola em uma missão de bombardeio contra o Boko Haram. Fonte: Associated Press.

Centenas de nigerianos fugiram da cidade de Maiduguri, no norte da Nigéria, em razão da aproximação de militantes islâmicos extremistas do grupo Boko Haram, conforme relataram moradores nesta sexta-feira. A fuga, disseram, é motivada principalmente pelo fato de que as pessoas não se sentem protegidas pelas forças militares do governo.

Segundo os relatos, soldados do exército têm trabalhado para evacuar suas próprias famílias da cidade desde terça-feira, um dia depois de rebeldes terem realizado um ataque em Bama, a segunda maior cidade da província de Borno, da qual Maiduguri é capital. Moradores de Bama afirmaram que os militantes chegaram a avisar que o próximo alvo seria Maiduguri.

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Nas últimas semanas, o Boko Haram tomou o controle de várias cidades do noroeste da Nigéria, o país mais populoso da África, em uma tentativa de formar uma califado islâmico, o mesmo objetivo do grupo Estado Islâmico, que atua no Iraque e na Síria.

A impressão da população local é que as forças militares nigerianas são incapazes de conter os rebeldes, que ficaram conhecidos internacionalmente por sequestrarem, em abril, 200 garotas em uma escola de Chibok, também no norte do país. De acordo com um civil que tem ligações próximas com o exército, os soldados estão na cidade de Konduga, a 30 quilômetro de Bama, mas se recusam a avançar e enfrentar o Boko Haram. Ele falou em condição de anonimato, por medo de sofrer retaliações.

Antes da aproximação dos rebeldes a Maiduguri, cerca de 26,5 mil pessoas deixaram Bama e foram para a cidade nesta semana, se juntando a outros 12 mil que abandonaram Gwoza, tomada pelos rebeldes há duas semanas. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 650 mil nigerianos foram forçados a deixar suas casas por conta da chegada de militantes. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 10 pessoas morreram no sábado em ataques atribuídos ao grupo islamista Boko Haram em dois povoados do nordeste da Nigéria, perto de Chibok, segundo moradores e autoridades locais.

"Encontramos dez corpos com ferimentos a tiro", a uma dúzia de quilômetros dos povoados atacados, declarou Enoch Mark, um sacerdote cristão.

"Acreditamos que várias pessoas morreram nos ataques, segundo moradores que fugiram de Chibok, mas devemos aguardar que a situação se acalme antes de entrar nos povoados e recuperar os corpos", acrescentou Mark.

Foi em Chibok que mais de 200 estudantes foram sequestradas há mais de dois meses por membros do Boko Haram.

Os atacantes, vestidos com uniformes militares, irromperam em Kwaranglum e Tsaha na manhã de sábado, atearam fogo aos dois povos e dispararam contra os moradores que tentavam fugir.

Chegaram a Kwaranglum às 07H00 locais (03H00 de Brasília) em carros 4x4 e em motocicletas, abrindo fogo indiscriminadamente e incendiando as casas, segundo Daniel Haruna, um morador que conseguiu fugir para Chibok.

Segundo esta testemunha, estes ataques foram praticados em represália à morte de oito combatentes do Boko Haram pelas mãos de um guarda local de Kwaranglum na terça-feira.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, prometeu nesta quinta-feira "fazer todo o possível para trazer nossas filhas para casa", em uma referência ao sequestro em massa de mais de 300 adolescentes nigerianas que já se estende por sete semanas. Segundo ele, os extremistas que sequestraram as meninas ameaçam as conquistas democráticas do país.

"É um triste fato que, enquanto eu falo a vocês hoje, todos as conquistas do últimos 15 anos de governança democrática no nosso país são ameaçados pela presença do terrorismo internacional em nosso território", afirmou Jonathan. Ele também culpou o levante muçulmano pelos "elementos estrangeiros extremistas" e ofereceu anistia para aqueles que renunciarem à violência. "Para os nossos cidadãos que juntaram as mãos com a Al Qaeda e terroristas internacionais, na crença equivocada de que a violência pode, eventualmente, resolver os seus problemas, as portas permanecem abertas para o diálogo e a reconciliação, se eles renunciarem ao terrorismo e abraçarem a paz."

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Jonathan não deu detalhes sobre o que está sendo feito para resgatar as garotas, após as Forças Armadas terem dito esta semana que descobriram a sua localização. O chefe das Forças Armadas já afirmou temer que o uso da força no resgate provoque a morte das sequestradas. Jonathan descartou a libertação de militantes presos do Boko Haram em troca das meninas, que foram raptadas de uma escola na cidade de Chibok em 15 de abril.

O que a Nigéria está experimentando é "uma manifestação da mesma deformada e feroz visão de mundo" que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York e matou inocentes na Maratona de Boston no ano passado, afirmou o presidente nigeriano. Milhares de pessoas foram mortas nos cinco anos de insurgência rebelde e cerca de 750 mil nigerianos precisaram deixar suas casas para fugir da violência. Fonte: Associated Press.

Militantes do grupo extremista islâmico Boko Haram atacaram três vilas na Nigéria, causando a morte de 48 pessoas. Uma das vilas é próxima à cidade de Chibok, onde mais de 300 estudantes adolescentes foram sequestradas no mês passado.

Os relatos foram feitos por moradores da região e foram confirmados por autoridades que falaram em condição de anonimato por não estarem autorizadas a dar informações à imprensa. Os ataques ocorreram entre a noite de ontem e a manhã de hoje.

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O morador Apagu Maidaga, da vila de Alagarno, disse que os moradores se esconderam em matagais quando ocorreu o ataque e ficaram observando enquanto extremistas incendiavam suas casas.

"Nós vimos nossa aldeia em chamas enquanto nos escondíamos no mato esperando pelo amanhecer; perdemos tudo", disse Maidaga à Associated Press por meio de uma ligação telefônica. Fonte: Associated Press

Líderes africanos e potências ocidentais chegaram a um acordo sobre um plano internacional de compartilhamento de inteligência e ações coordenadas para lutar contra o grupo radical islâmico Boko Haram, que sequestrou mais de 200 meninas na Nigéria.

"Hoje decidimos sobre um plano de ação regional e global, que é de médio e longo prazo", afirmou o presidente francês François Hollande, neste sábado (17), em entrevista coletiva, após reunião com o presidente nigeriano Goodluck Jonathan e outros líderes do Níger, Camarões, Chade e Benin, dos Estados Unidos e da Inglaterra.

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De acordo com Hollande, o plano apela para as potências ocidentais cooperarem com a Nigéria e os países vizinhos na vigilância e patrulha das fronteiras nigerianas. As potências ocidentais, com seus sofisticados recursos de inteligência, também concordaram em compartilhar algumas de suas informações com a Nigéria, acrescentou Hollande, sem dar detalhes. Autoridades disseram que não haverá operação militar ocidental.

Os milicianos do Boko Haram, que afirmam estar lutando uma guerra santa na Nigéria, movem-se livremente através da fronteira com o vizinho Camarões, onde o acampamento de uma empresa de engenharia chinesa foi atacado nesta sexta-feira. O acampamento estava no mesmo parque onde as estudantes foram sequestradas. O Boko Haram se ofereceu para trocar as 276 meninas que permanecem em cativeiro por rebeldes presos e ameaçam vendê-las como escravas.

Autoridades britânicas afirmaram que o presidente Goodluck Jonathan, que estava relutante em aceitar ajuda externa, descartou a possibilidade de trocar prisioneiros para as meninas. O presidente nigeriano disse que estava "totalmente comprometido" em encontrar as estudantes que haviam sido sequestradas por Boko Haram e afirmou que o grupo "está agindo claramente como uma operação da Al-Qaeda" e, portanto, o sequestro das meninas não é mais um problema local.

O presidente francês também salientou ligações do Boko Haram com a Al-Qaeda e outras organizações terroristas na África, o que tornava esse um problema para todo o "continente africano e além".

Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press

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O secretário-geral do maior bloco mundial de países islâmicos, a Organização da Conferência Islâmica (OCI), Iyad Madani, disse neste sábado que o sequestro das 270 adolescentes pelo grupo terrorista Boko Haram na Nigéria é um ato "bárbaro" e "desumano".

Em uma entrevista à Associated Press neste sábado, Madani disse que atos como esses "não apenas são repudiados pelo Islã, mas por toda a humanidade". Essa foi a primeira entrevista do líder desde que ele assumiu a secretaria-geral da Conferência Islâmica em janeiro.

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Madani disse ainda que a violência sectária é um dos desafios mais importantes para o mundo islâmica. A OCI é uma organização composta por 57 países de maioria muçulmana.

O sequestro do grupo terrorista Boko Haram causou uma indignação pública mundial. O grupo usa ensinamentos islâmicos como justificativa para ameaçar vender as adolescentes como escravas. Fonte: Associated Press.

O governo dos Estados Unidos enviará em breve uma equipe à Nigéria com o objetivo de colaborar nas buscas por quase 300 meninas capturadas por radicais islâmicos há quase um mês. Elas foram levadas da escola onde estudavam.

O secretário de Imprensa da Casa Branca, Jay Carney, não entrou em detalhes sobre a data em que a equipe norte-americana partirá, mas disse "o tempo é fundamental" e o embarque acontecerá "o mais rápido possível".

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De acordo com o porta-voz, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reiterou a oferta de ajuda ao presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, durante uma conversa por telefone nesta terça-feira. Fonte: Associated Press.

A comunidade internacional subiu o tom nesta terça-feira contra o grupo islamita nigeriano Boko Haram, que sequestrou mais de 200 meninas há três semanas e ameaça vendê-las como escravas.

Em um vídeo recebido pela AFP na segunda-feira, Abubakar Shekau, líder do grupo que matou milhares de pessoas desde o início de sua rebelião, há cinco anos, reivindicou o sequestro, ocorrido no dia 14 de abril no distrito de Chibok, no estado de Borno (nordeste).

No vídeo, Shekau declarou: "Por Alá que as venderei no mercado", acrescentando que o Boko Haram as considera como escravas.

"Estivemos todo este tempo imaginando o que poderia ocorrer com nossas filhas estando nas mãos desta gentalha", declarou à AFP desde Chibok Lawal Zanna, cuja filha está entre as 223 sequestradas.

"Agora Shekau confirmou nossos temores", afirmou.

O crime chamou a atenção da ONU e dos Estados Unidos, onde alguns senadores pediram inclusive uma intervenção.

"Não podemos fechar os olhos diante da evidência da barbaridade que está ocorrendo diante de nós na Nigéria", declarou a senadora democrata Amu Klobuchar na segunda-feira.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, declarou nesta terça-feira que Londres está oferecendo à Nigéria ajuda prática para a libertação das meninas.

Com um tom mais ousado, a ONU avisou o grupo islamita de que o sequestro poderia ser um crime contra a humanidade.

"A legislação internacional proíbe absolutamente a escravidão, seja sexual ou não. Estes atos podem constituir, sob certas circunstâncias, um crime contra a humanidade", declarou Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

Já a atriz Angelina Jolie condenou como uma "crueldade inimaginável e do mal" o sequestro das adolescentes, durante uma entrevista em Paris sobre seu mais novo filme, "Malévola", da Disney.

"Infelizmente, é claro que existe mal de verdade no mundo, você assiste às notícias e vê todas as pessoas que sofrem e tanta crueldade", declarou.

"E é uma crueldade inimaginável, como essas meninas que foram sequestradas na Nigéria. Crueldade inimaginável e do mal", acrescentou.

O grupo islamita sequestrou 276 adolescentes estudantes em Chiboks. Delas, 223 continuam em cativeiro, enquanto outras 53 conseguiram escapar, segundo a polícia.

Uma angústia insuportável

Os pais das meninas criticaram a atuação do exército, e acreditam que, no início, ele não agiu com a urgência que a situação exigia.

Os militares se defendem declarando ter lançado uma ampla operação de busca, incluindo na selva de Sambisa, no estado de Borno, onde o Boko Haram tem acampamentos fortificados.

O Departamento de Estado americano declarou na segunda-feira que havia indícios de que as meninas poderiam ter sido levadas a países vizinhos.

Moradores da região declararam, sem que a informação pudesse ser confirmada, que algumas das meninas haviam sido vendidas a combatentes islamitas como futuras esposas no Camarões e no Chade.

Enoch Mark, muito crítico ao governo desde que sua filha foi sequestrada, declarou que o exército continua sem fazer o suficiente.

"Os membros do Boko Haram não são espíritos nem criaturas extraterrestres que não podem ser seguidos e dominados', declarou com sarcasmo à AFP.

"O governo deveria encontrar nossas filhas ou, se não for capaz, pedir ajuda internacional", acrescentou. "A angústia e o trauma que isto gera aos pais estão se tornando insuportáveis".

Mark advertiu ao governo que, se ele não conseguir resgatar as meninas, os islamitas podem ganhar confiança e sequestrar outras pessoas.

"Se as meninas não forem resgatadas, isso pode ser o início de mais sequestros e da anarquia", disse.

"Agora foi em Chibok, mas quem sabe onde será amanha?", se perguntou.

O líder do grupo islamita nigeriano Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou o sequestro das mais de 200 meninas em meados de abril no norte da Nigéria e prometeu tratá-las como "escravas", "vendê-las" e "casá-las" à força. "Eu sequestrei vossas meninas. Por Alá que as venderei no mercado", disse Shekau em um vídeo de 57 minutos obtido pela AFP.

Ele fazia referência às 276 estudantes sequestradas em 14 de abril em sua escola de Chibok (nordeste), no estado de Borno, entre as quais 223 continuam em cativeiro e 53 conseguiram fugir, segundo a polícia. Informações da imprensa afirmam que algumas das 223 estudantes sequestradas já foram vendidas como esposas na fronteira com Chade e Camarões a preços irrisórios (12 dólares).

"Eu disse que a educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar" acrescentou Shekau, que indicou manter as "pessoas como escravas". Neste vídeo, Shekau aparece em uniforme militar e de pé diante de um veículo blindado e de duas pick-ups nas quais estão metralhadoras.

Seis homens armados estão em ambos os lados de Shekau, com seus rostos cobertos. A imagem está tremida, mas é possível ver claramente o rosto do líder islâmico, falando em hausa, árabe e inglês. Durante os primeiros 14 minutos, Shekau critica a democracia, a educação ocidental e aqueles que não acreditam no Islã.

O Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é pecaminosa" em hausa, reivindica a criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria. O grupo extremista deixou milhares de mortos desde o início do levante, em 2009, em ataques contra escolas, igrejas, mesquitas e símbolos do Estado e das forças de ordem.

Pelo menos 32 pessoas morreram em três ataques a tiros separados no nordeste da Nigéria, disse um funcionário do governo local e moradores da região nesta quinta-feira (27). Uma faculdade teológica cristã teria sido um dos pontos atacados.

O chefe do governo local do distrito de Madagali, Maina Ularamu, disse que os ataques, que começaram no fim da tarde dessa quarta-feira (26), foram promovidos por "um grande número de militantes do Boko Haram" (grupo militante islâmico). "Os homens armados se dividiram em três grupos e, separadamente, atacaram os três locais", afirmou.

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Sobreviventes contaram que soldados fugiram e deixaram cinco aldeias e uma cidade à mercê dos extremistas islâmicos. A recente onda de violência no país ocorre em meio a um levante islâmico. E os militares têm sido alvo de fortes críticas, inclusive da parte do presidente do Senado nigeriano, David Mark, que questionou como "este caos persiste... sob estado de emergência, quando agentes de segurança estão em alerta vermelho".

Um pastor relatou que um grupo de soldados em menor número e com menos armas do que os combatentes extremistas abandonou postos de controle e fugiu quando aldeias e uma cidade do Estado de Adamawa começaram a ser atacadas. A Nigéria deu início nesta quinta-feira às comemorações oficiais do centenário da unificação entre o norte muçulmano e o sul cristão.

Na terça-feira (25), pelo menos 59 estudantes foram mortos em um ataque a uma escola no estado vizinho de Yobe. O presidente da França, François Hollande, prometeu hoje apoio a Nigéria na luta contra o Boko Haram, dizendo que a França está sempre pronta para ajudar a combater o extremismo em defesa da democracia. "Nós sempre estaremos prontos não só para prestar o nosso apoio político, mas a nossa ajuda cada vez que vocês precisarem porque a luta contra o terrorismo é também a luta pela democracia", salientou Hollande a delegados de uma conferência de segurança na capital Abuja. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Pelo menos 44 pessoas morreram em um massacre perpetrado ontem no interior de uma mesquita em Konduga, região nordeste da Nigéria, informaram autoridades locais nesta segunda-feira. Um agente dos serviços de segurança e um integrante de um grupo paramilitar que estiveram no local confirmaram a cifra.

O massacre ocorreu na manhã de domingo, durante uma cerimônia na mesquita. Funcionários locais atribuíram o ataque a milicianos islâmicos.

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Konduga fica a 35 quilômetros de Maiduguri. A região é palco de um levante do grupo extremista Boko Haram, cujos alvos incluem cristãos, professores e muçulmanos moderados. Fonte: Associated Press.

Um grupo de justiceiros disse, neste domingo (28), que 25 pessoas foram mortas em um ataque de extremistas islâmicos no nordeste do país. Este foi o primeiro grande ataque com mortos na região desde o início do mês, quando mais de 40 alunos foram assassinados em uma escola secundária.

O líder dos justiceiros, Aliko Musa, contou que seu grupo invadiu vilarejos no fim de semana em busca de membros da organização terrorista Boko Haram. Segundo ele, a retaliação do Boko Haram matou cinco justiceiros e 20 civis - em sua maioria pescadores e comerciantes. Um tenente do exército nigeriano informou que foram mortos 20 civis e um membro do grupo de justiceiros.

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A região está sob estado de emergência, o que dificulta a confirmação dos detalhes sobre a violência.

Fonte: Associated Press.

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