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A tentativa de formar um novo governo na Itália não foi bem-sucedida. O líder da coalizão de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, falhou em sua missão de angariar apoio parlamentar para uma nova administração. Ele informou nesta quinta (28), ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que desistiu após seis dias de reuniões com líderes de partidos, empresas e grupos trabalhistas. Segundo ele, as condições exigidas por outros partidos eram inaceitáveis.

"Os esforços foram inconclusivos", afirmou hoje um assessor de Napolitano, após uma reunião entre o presidente e Bersani. Agora a responsabilidade é novamente de Napolitano, que pode escolher um tecnocrata ou outro nome respeitado para tentar conquistar o apoio do Parlamento. Se não for possível formar o novo governo, novas eleições no segundo semestre podem se tornar uma opção inevitável.

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Na última sexta-feira, Napolitano concedeu a Bersani alguns dias para se reunir com líderes de partidos na tentativa de costurar um governo que conquiste as cerca de 30 cadeiras restantes no Senado para obter a maioria na Casa e, consequentemente, no Parlamento.

O Partido Democrático de Bersani e seus aliados de centro-esquerda conquistaram por pouco a maioria dos votos nas eleições gerais do mês passado, obtendo assim a maioria automática das cadeiras na Câmara, mas somente 121 das 315 cadeiras do Senado, onde os assentos são distribuídos em bases regionais.

As informações são da Dow Jones.

O líder do bloco de centro-esquerda da Itália, Pier Luigi Bersani, disse que apresentará ao presidente italiano Giorgio Napolitano na quinta-feira o resultado de suas consultas sobre a formação de uma aliança para governar o país um mês depois de uma eleição inconclusiva. "Eu preciso levar (para o presidente Giorgio Napolitano) um avaliação conclusiva, com base em números e avaliações políticas", afirmou Bersani em um entrevista coletiva em Roma, acrescentando que o presidente decidirá então sobre como proceder.

Bersani, que é líder do Partido Democrático, sofreu um revés nesta quarta-feira quando o Movimento Cinco Estrelas, liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo, rejeitou suas propostas. O movimento emergiu com uma posição influente nas negociações de coalizão.

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Bersani venceu por uma margem estreita as eleições, mas ficou sem uma maioria no Senado. O apoio do Movimento Cinco Estrelas, que ficou com quase um quarto dos votos, daria a ele a maioria na Câmara Alta que ele precisa para governar.

Se as negociações de Bersani forem inconclusivas, o presidente poderá pedir para outra pessoa liderar os esforços para formar um governo. O presidente não pode convocar novas eleições nos termos da Constituição, visto que ele está nos últimos meses de seu mandato. Um novo presidente deve ser eleito pelo Parlamento até 15 de maio.

Os atrasos estão impedindo a Itália de avançar com as reformas prometidas para aliviar a pesada carga da dívida e evitar mais punição dos mercados financeiros.

Bersani tinha uma reunião marcada com representantes de sua coalizão de centro-esquerda ainda nesta quarta-feira. Ele descartou a possibilidade de uma aliança com o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, cujo bloco de centro-direita é a segunda maior força no Parlamento. As informações são da Dow Jones.

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