Tópicos | ave gigante

Cientistas argentinos revelaram na quarta-feira (18) que identificaram restos de uma ave gigante que viveu há 50 milhões de anos na Antártida, cuja envergadura é a maior já registrada. Os restos, encontrados nas proximidades da base argentina Marambio na Antártida, em 2014, foram identificados pela equipe de paleontólogos do Museu de Ciências Naturais de La Pampa (centro-sul).

"Há quase três anos começaram a aparecer restos do que pensávamos que podia ser esta ave, e depois encontramos um osso que confirmou que se tratava de um pelagornítido cuja envergadura, com as asas estendidas, ultrapassa 6,4 metros", disse à AFP Carolina Acosta Hospitaleche, pesquisadora neste projeto.

O paleontólogo Marcos Cenizo, diretor do Museu de La Pampa, confirmou que se trata do maior exemplar encontrado até hoje.

"O comprimento do úmero deste exemplar antártico é um pouco maior que a do Pelagornis sandersi, que era a ave com maior envergadura de asas de que se tinha registro até o momento", disse Cenizo, um dos autores do estudo publicado na revista científica Journal of Paleontology.

De acordo com Cenizo, "a forma de suas asas lhes permitiam planar e atravessar grandes distâncias sobre os oceanos". Segundo especialistas, na Antártida conviviam dois tipos de pelagornítidos, um de até cinco metros de altura e de envergadura, e outro que ultrapassava sete metros.

As aves provavelmente desenvolveram tamanhos tão gigantescos há cerca de 50 milhões de anos, quando um período de aquecimento da temperatura dos oceanos provocou uma grande produtividade biológica dos mares antárticos, permitindo que os pelagornítidos e os pinguins tivessem alimento suficiente para crescer, disseram os pesquisadores.

Apesar da estatura, a espécie recentemente identificada teria sido bastante leve, pesando entre 30 e 35 quilos - "quase como uma pluma", disse Cenizo.

Paleontólogos peruanos descobriram na região de Ica (sul) os restos fossilizados de uma ave de grandes proporções com vestígios de pele com 35 milhões de anos, disse à AFP um dos especialistas. "Encontramos os restos fósseis de uma ave gigante de 25 milhões de anos no deserto de Ica", disse à AFP Klaus Hönninger, que chefiou uma expedição que chegou até o local da descoberta.

Hönninger afirmou que os restos da ave de 1,8 metro de altura podiam pertencer a um pelicano gigante que viveu durante o Período do Oligoceno, que começou há 40 milhões de anos e terminou há 23 milhões de anos. "O fóssil conserva claramente os restos de pele, é uma descoberta sensacional porque não se tem documentação alguma de algo similar em nenhuma parte do mundo", informou o estudioso.

A descoberta foi feita em 6 de março no deserto costeiro do departamento (estado) de Ica, local onde se situa um cemitério de baleias, tubarões e pinguins fossilizados. Em janeiro, o rali Dakar 2013 percorreu essa região desértica, causando grande mal-estar entre os cientistas peruanos por danos aos vestígios fossilizados provocados na corrida de 2012.

O Museu Meyer Hönniger reúne paleontólogos peruanos e estrangeiros que conseguiram documentar no deserto de Ica fósseis de baleias, golfinhos, tubarões de grandes proporções e outros vestígios de vida marinha.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando