Por causa da orientação de isolamento para evitar a propagação do coronavírus (covid-19), muitas instituições de ensino, que oferecem cursos presenciais, se viram obrigadas a migrar as aulas para o ambiente online. Assim, os alunos podem seguir com os estudos durante a quarentena. E quem está em casa, também tem a oportunidade de adquirir conhecimento com as diversas opções a distância.
Esse formato, que tem facilidade no acesso e maior flexibilidade, exige também mais comprometimento por parte do estudante. "É preciso se dedicar, se policiar e criar uma agenda que a ser respeitada. Se não houver um rigor no planejamento e na execução, o aprendizado pode ficar comprometido", orienta o professor de cursos online Marcos de Camargo Araujo.
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Além do conteúdo disponibilizado pelos professores, Araújo destaca que as plataformas de ensino a distância (EAD) também oferecem um número maior de fontes de pesquisa se comparadas às aulas presenciais. "O ambiente virtual é repleto de links de vídeos, artigos, estudos de caso e para aproveitar tudo isso, o aluno tem que se comprometer em tempo e foco", destaca.
Mas não apenas os alunos, os profissionais da educação também devem assumir uma postura diferente ao utilizarem o ambiente virtual. Segundo Araújo, os livros já tem uma parte teórica bem estruturada. "Assim, o compromisso do professor é traduzir as informações para uma linguagem de fácil acesso aos alunos, que irão acessar as aulas, sejam elas em vídeos ou podcasts", comenta.
Para tornar a vídeoaula mais intuitiva, a sugestão é que os professores utilizem recursos que normalmente não são possíveis no ambiente físico, como desenhos, fluxogramas, pequenos vídeos e estudos de casos que se encaixam com o tema da aula. "O ideal é começar com o objetivo da aula do dia e encerrar com um resumo dessa mesma aula. Ao realizar esse procedimento, o aluno terá maior facilidade para se organizar, tanto em tempo quanto em motivação", indica Araújo.
Para os menos familiarizados com o ambiente digital ou que estejam em busca de um curso nesse molde, Araujo aconselha experimentar as versões gratuitas. Assim, pode-se praticar e conferir as funcionalidades da metodologia. "Somente depois de experimentar esse ambiente é que o aluno que estiver em busca de um curso à distância deverá optar por um curso pago, como graduação, pós-graduação ou cursos complementares", orienta o professor.
Segundo Araújo, o sistema EAD não existe para substituir o ensino presencial, mas para dar oportunidades aos que não podem se dirigir diariamenta a uma instituição de ensino. "Ambas trazem o conhecimento necessário em termos de programa de curso, plano de ensino e aprendizagem obrigatórios, que deverão estar alinhados e aprovados pelo Ministério da Educação (MEC)", finaliza.