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Um pinguim amarelo foi avistado pelo fotógrafo Yve Adams, especializado em fotografias de natureza. Especialistas acreditam que é a primeira vez na história que um pinguim com a cor amarela é avistado.

O registro foi feito na Ilha Geórgia do Sul, no Oceano Atlântico Sul. Adams realizava uma expedição fotográfica de dois meses na região. 

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Segundo o fotógrafo, havia 120 mil pinguins na praia em que fez a foto, mas apenas um deles tinha aquela coloração atípica. "Todos pareciam normais, exceto esse. Foi uma experiência incrivelmente única", disse.

O animal em questão é da espécie pinguim-rei. A suspeita é que as células dele tenham parado de gerar melanina, o que transformou a cor de suas penas.

Em plena escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu realizar visita oficial ao Chile nos dias 15 e 16 de março. A viagem já havia sido postergada duas vezes e foi anunciada um dia após notícia de uma ligação telefônica do primeiro ministro britânico, David Cameron, ao presidente chileno, Sebastián Piñera. Na conversa, Piñera teria confirmado o apoio do Chile à causa argentina, segundo informou o jornal chileno La Tercera. Porém, o governo britânico prepara uma visita do chanceler William Hague ao Chile nas próximas semanas.

Fontes do governo disseram à imprensa chilena que Piñera e Cameron conversaram sobre a posição de cada país sobre o conflito envolvendo o arquipélago. E ambos respeitaram suas respectivas opiniões sobre o assunto. Em dezembro, o Chile se uniu aos demais países do Mercosul no apoio à decisão argentina de não permitir embarcações com bandeira das Malvinas (Falkland para os ingleses) em seus portos. Durante a ligação, Cameron confirmou visita ao Chile, no início de 2013 por ocasião da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia.

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Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Cristina vai viajar acompanhada por uma "importante delegação" para realizar reuniões de trabalho com o Piñera e discutir assuntos da agenda bilateral e regional. O Chile é uma peça fundamental na disputa, já que o único voo ao arquipélago sai do território chileno, em Punta Arenas, com escala em El Calafate, na Patagônia argentina. Desde o fim do ano passado, a presidente argentina trabalha fortemente para conquistar apoios para obrigar o Reino Unido a negociar a soberania das Malvinas.

A tensão entre os dois países tem se aprofundado com a proximidade do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. Nesta quarta-feira (15), o governo argentino soube que integrantes da Comissão de Defesa do Parlamento britânico vão visitar as Ilhas Malvinas no próximo mês para inspecionar as atividades militares no arquipélago. A informação que foi publicada pelos jornais The Times e The Guardian, não indicou nenhuma data para a viagem, mas especificou que o objetivo é conhecer as instalações militares da base de Mount Pleasant. A decisão dos parlamentares foi tomada após apresentação de denúncia do governo argentino junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de uma "militarização do Atlântico Sul". Em nota, a chancelaria argentina afirmou que a presença dos parlamentares britânicos "é uma confirmação das prioridades do Reino Unido, que corroboram as denúncias realizadas pela Argentina".

"As Ilhas Malvinas têm sido transformadas pelo Reino Unido em uma peça chave de um sistema de bases militares a milhares de quilômetros de Londres para o controle do Atlântico Sul, os acessos interoceânicos e a projeção à Antártida, assegurando também, desta forma, a exploração dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino", disse a nota.

O governo da Argentina vai apresentar uma denúncia formal contra o Reino Unido junto à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pela militarização do Atlântico Sul. O anúncio foi feito pela presidente Cristina Kirchner na noite desta terça-feira.

"Estão militarizando o Atlântico Sul uma vez mais e isso implica em um grave risco para a segurança internacional, porque ocorre em momentos em que sucedem situações fora de controle em outras regiões", disse a presidente.

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Segundo ela, o envio do "imenso e moderníssimo" destroier inglês "HMS Dauntless", Tipo 45, anunciado na semana passada, e o treinamento militar do príncipe William nas Ilhas Malvinas não podem ser interpretados de outra forma. "Teríamos gostado de ver o herdeiro da coroa britânica vestido de roupas civis e não militares", criticou a presidente. Cristina foi taxativa em alertar sobre a resistência dos governos da região à militarização. "Se há algo que vamos preservar, além de nossos recursos naturais, é de uma região inteira em paz, onde temos tido conflitos, mas nunca precisamos da mediação de nenhum organismo internacional. Resolvemos entre nós, sul-americanos", ressaltou.

Cristina Kirchner afirmou ainda que a reivindicação argentina pela soberania do país sobre o arquipélago chamado pelos ingleses de Falkland e pelos argentinos de Malvinas. "Malvinas deixou de ser uma causa só dos argentinos para transformar-se em uma causa dos americanos, da América do Sul, da América Latina. É uma causa global", afirmou. "Essa causa é regional e global, porque cada país se vê refletido no potencial do que pode ocorrer com qualquer um porque a guerra deste século será por recursos naturais e a América do Sul é uma das regiões mais ricas do planeta", alertou.

A presidente descartou qualquer hipótese de uma ação militar de seu governo. "Que ninguém espere de nós gestos fora da política ou da diplomacia. Que não se iludam. Somos gente que sofremos muito a violência em nosso país. Não nos atraem o jogo das armas, nem as guerras", afirmou.

As declarações da presidente foram feitas durante a assinatura de um decreto que constitui uma comissão para analisar um relatório militar sobre a Guerra das Malvinas, em 1982. A comissão terá um prazo de 30 dias para abrir os documentos à população.

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