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A confusão envolvendo o Cais José Estelita parece estar longe do fim. Na noite desta quinta-feira (28), após a retomada da demolição do cais, discussões e princípios de confusão entre os ativistas e os policias militares agitaram os ânimos de quem estava pelo local. 

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De acordo com os próprios militantes, algumas mulheres chegaram a serem agredidas pelos policiais que obrigavam a saída de quem estava na área mais próxima do maquinário que estava sendo usado para a demolição do armazém. Polícias com metralhadoras reforçam a segurança e dizem que o que eles estão fazendo é para evitar que os ativistas sejam atingidos por algum tijolo ou objeto no momento da demolição do cais.

O documento que autoriza a retomada da demolição do Cais José Estelita ainda não chegou no galpão. Pelo menos foi o que informou um policial militar, que está sem identificação visível. O agente confirmou a Jô Lima, codeputada estadual, que solicitou o documento para poder analisar. O PM disse que não estava com o documento e que "ouviu falar que o advogado do Consórcio Novo Recife era quem chegaria para conversar com os ativistas e autoridades políticas" que estão no local.

Aguns dos ativistas que estavam acampando em frente ao cais estão resistindo e tentando impedir que os trabalhadores continuem demolindo os galpões. O comandante dos militares levou Jô Lima para acompanhar como estava a situação dos ativistas. Ele ainda solicitou que a codeputada ajude no convencimento para que os ativistas saiam de dentro do cais.

O baterista, ativista e fundador da banda O Rappa, Marcelo Yuka, morreu às 23h40 dessa sexta-feira (18), aos 53 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. O músico carioca estava internado no hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, área Central do Rio de Janeiro, e desde a madrugada de 4 de janeiro permanecia em coma induzido.

A história de Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana foi escrita entre batalhas e triunfos. Em novembro de 2000, ao tentar proteger uma mulher de um assalto na Tijuca, Zona Norte carioca, ele recebeu nove tiros, e um deles atingiu a segunda vértebra torácica, deixando-o paraplégico. Desde então, o compositor teve diversos problemas de saúde, e, inclusive, seu último disco “Canções para depois do ódio”, foi lançado em janeiro de 2017 no hospital onde se recuperava.

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Yuka foi um dos idealizadores do Rappa em 1993 e permaneceu no grupo até 2001, pouco após ficar paraplégico. Em uma saída foi conturbada, ele afirmava que tinha sido “tirado da banda 50% por ganância, 50% por poder”.

Além de fundador, o baterista foi um dos principais compositores da banda. Em suas canções buscava tratar a realidade do Rio, em letras como “A feira”, “Minha alma (A paz que eu não quero)” e “O que sobrou do céu” é possível identificar a luta contra a desigualdade social e o racismo. Em 1998, conquistou com os companheiros o disco de ouro pelas vendas de “Lado B Lado A". Durante sua carreira, apresentou o ativismo ao grande público e consegui levá-lo aos grandes meios de comunicação.  

 

O projeto social “Vem Pará Rua”, iniciado em janeiro de 2015, tem como objetivo integrar a população paraense e conhecer as necessidades das comunidades do Estado, além de apoiar outros projetos sociais presentes na cidade de Belém. No próximo sábado (28), o projeto realizará a segunda edição do VPR Day, no Container Coffe Bar, na Alcindo Cacela, às 17 horas. O encontro vai ter dinâmicas de integração, happy hour e a participação de diretores de outros projetos sociais, como Thyago Santos, que dirige o projeto Livro Viajante. Os participantes terão a oportunidade de dar ideias para solucionar os problemas da cidade, além de terem a chance de ganhar o apoio do “Vem Pará Rua”.

Em 2015 o "Vem Pará Rua" arrecadou cerca de 400 livros de literatura infantil para doar à biblioteca “Espaço Cultural Nossa Biblioteca”, no bairro do Guamá. “Acreditamos em Belém e, principalmente, que com atitude seremos vistos e reconhecidos pelo nosso trabalho social, pelo Brasil e mundo”, diz o site oficial do projeto.

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“A ideia surgiu a partir do momento em que eu fui convidada para ir ao Parque do Utinga, gostei muito de lá e me questionei sobre por que nunca tinha ido lá. Como gosto muito de empreendedorismo, cheguei na minha casa e decidi que tinha que fazer alguma coisa, porque eu percebi que não era só eu que ainda não tinha explorado esses espaços culturais aqui na cidade”, disse a presidente do projeto, Maria Almeida.

Por Yasmim Bitar.

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