O astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, da Agência Espacial Europeia (ESA), capturou um fenômeno raro visto da Terra. Trata-se de um sprite vermelho, um raro evento de relâmpago, como parte do experimento Thor-Davis, na sua missão Huginn. "Andreas conseguiu capturar um sprite vermelho, um fenômeno estrondoso chamado Evento Luminoso Transiente (TLE), que ocorre acima das nuvens de trovoada, entre 40 e 80 quilômetros acima do solo", divulgou a agência espacial no dia 1º de dezembro deste ano.
##RECOMENDA##A partir da imagem que ele capturou, os cientistas estimam que o tamanho do sprite vermelho é de aproximadamente 14 por 26 km. "Como os sprites vermelhos se formam acima das nuvens de trovão, eles não são facilmente estudados a partir do solo e, portanto, são vistos principalmente do espaço, inclusive usando o Monitor de Interações Atmosfera-Espaço (ASIM) que fica do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS)", acrescenta a ESA. No entanto, poucos sprites foram vistos do solo.
"Essas imagens tiradas por Andreas são fantásticas. A câmera Davis funciona bem e nos dá a alta resolução temporal necessária para capturar os processos rápidos dos relâmpagos", disse Olivier Chanrion, cientista-chefe do experimento Thor-Davis. Este tipo de câmera de eventos funciona mais como o olho humano, detectando mudanças no contraste em vez de capturar uma imagem como uma câmera normal.
Conforme a ESA, O experimento Thor-Davis investiga relâmpagos na alta atmosfera e como eles podem afetar a concentração de gases de efeito estufa. "Baseia-se no antigo experimento de Thor da primeira missão de Mogensen em 2015, quando ele também capturou imagens de um trovão diferente disparando em direção ao espaço, um jato azul. A experiência é liderada pela Universidade Técnica Dinamarquesa (DTU) em conjunto com a ESA."
O astronauta regressou à Estação Espacial Internacional para a sua segunda missão, Huginn, em agosto deste ano. Seu retorno à Terra está previsto para o começo de 2024. Esta é sua primeira jornada espacial de longa duração após a missão de 10 dias, Iriss, em 2015.