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A Polícia Militar apreendeu na madrugada de hoje (21) dez coquetéis molotovs, um explosivo de fabricação caseira, no bairro Passaré, em Fortaleza, próximo à garagem de uma empresa de transporte coletivo.

Segundo informações confirmadas pelo 13º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada, um grupo de pessoas chegou na entrada do prédio portando os artefatos, mas os seguranças da empresa perceberam a movimentação e evitaram o ataque. Além dos explosivos, a polícia também apreendeu um veículo que foi abandonado no local. Até o momento, ninguém foi preso.

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Neste feriado de Tiradentes, a segurança na capital foi reforçada diante dos ataques a veículos e a prédios públicos, que teve início na quarta-feira (19). Vinte e um ônibus foram incendiados em diferentes bairros da capital cearense, deixando dois trabalhadores do transporte público feridos – um deles em estado grave. Desde o fim da tarde de ontem (20), os ônibus das linhas regulares passaram a trafegar em comboio e sob escolta policial.

Em entrevista concedida ontem (21), o governador do Ceará, Camilo Santana, classificou os ataques de “terrorismo” e disse que não vai tolerar esses crimes. “Não podemos nos intimidar. Nossa orientação é partir para cima e não abrir um milímetro para os criminosos. A segurança está reforçada para que possamos restabelecer a normalidade da cidade. Não podemos aceitar que criminoso mande no estado.”

A declaração de Santana remete a duas das linhas de investigação sobre os ataques, que consideram recentes transferências de presos de unidades penitenciárias do Ceará e supostas cartas de uma organização chamada Guardiões do Estado encontradas em locais onde os ônibus foram queimados.


*com apoio da TV Ceará, emissora parceira da TV Brasil

A Polícia Federal em Pernambuco (PE-PE) recebeu, dentro da campanha de desarmamento, duas granadas morteiro, um estojo de canhão e 106 mm e um simulacro torpedo. Os armamentos foram entregues por uma mulher, na última sexta-feira (9).

Segundo ela, os artefatos eram do marido ex-militar que havia morrido. Preocupada com o risco que corria, decidiu se desfazer do material e entregá-lo à Polícia Federal.

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De acordo com a PF-PE, mesmo antigos os artefatos podem conter substância explosiva que em contato com faísca de fogo, superaquecimento através do calor exagerado ou impacto provocado por queda, podem provocar sua detonação.

Todo o material será analisado por peritos criminais federais do grupo antibombas da PF e em seguida enviado para o Exército ou Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), responsáveis pela destruição. 

No ano passado, foram registradas a entrega de dez artefatos explosivos - a maioria possuía substância explosiva em seu interior o que poderia ter provocado uma explosão de grande proporção. Diferente das armas de fogo, a granada por ser munição não gera nenhum tipo de indenização.

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Ao passar na frente de um antiquário localizado no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, um curioso se aproxima e conversa com o vendedor:

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- Moço, quanto é vale essa moeda?

- Amigo, ela vale R$ 3 mil.

- R$ 3 mil numa moedinha dessa?

- Sim! Ela não é cara se você quiser carregar consigo um objeto que faz parte da história de nosso País. 

Apesar de algumas pessoas não entenderem a importância dos objetos antigos, o que mais fascina quem trabalha neste ramo é a certeza de que eles representam um mundo mágico e repleto de história. Entre os quadros, mobília rara e peças sacras, Lorena De’Carl recebe colecionadores e clientes no antiquário que leva o nome de Hause, no bairro da Boa Vista. O local, que está com sua família há quatro gerações, traz muitas lembranças. “Herdei essa casa de meu pai. Quando esse negócio começou, éramos eu e minha irmã. Hoje, o antiquário é só meu. Essas peças que cercam este lugar são distintas, cada uma chegou aqui de um jeito e com donos dos mais distintos”, conta.

 

Descendente de italianos, com olhos azuis e pele alva, Lorena carrega em sua memória histórias que mostram o lado doce e amargo deste empreendimento. “Gosto desse tipo de negócio. É um ramo que está sempre movimentado. Já tive grandes vendas, mas bastante 'aperreio'. Por exemplo, alguns clientes alugaram peças minhas e não devolveram ou as peças vieram quebradas ou modificadas”, declara a dona. Ela complementa dizendo que nunca alugou e nem pretende alugar o estabelecimento.   

Utensílios, porcelanas, baús e cadeiras dos mais variados tipos e tamanhos estão entre as peças favoritas do antiquário e são bastante procuradas por colecionadores e curiosos. "Das nossas peças, as que mais saem são as mobílias. Acho que é pela qualidade da madeira usada, que hoje não é mais encontrada em peças vendidas em centros comerciais. E claro, seus formatos e detalhes”, comenta a empresária.

Cliente ativo de antiquários, o sargento da Polícia Militar de Pernambuco, Fernando Araújo, afirma que a qualidade das peças é o que faz ele sempre comprar objetos antigos para decorar sua casa. "Hoje a gente não encontra produtos com a qualidade das peças de antigamente. Eu visito antiquários desde os 16 anos e é prazeroso ter um pedaço da história na minha casa", frisa Araújo.

O direito do consumidor

Esta escrito no Código de Defesa do Consumidor que todo produto, seja ele móvel ou imóvel, material ou imaterial, serviço e qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e secretaria, são decorrentes de relações de caráter trabalhista. Mas será que para os produtos fornecidos pelos antiquários estão englobados?

O coordenador geral do Procon de Pernambuco José Rangel explica a relação entre consumidor e antiquário. “Quem decidir comprar uma peça antiga deve estar ciente de que aquela peça não tem garantia, não tem fornecedor e não é possível ressarcer o dinheiro perdido”, declara. “O comprador tem que ter muito cuidado com esse tipo de compra, a veracidade do artefato é muito importante. É preciso antes conhecer a peça antes de comprá-la”, complementa

Empresa misturada com amor

Há 60 anos, o José Santeiro Antiquário, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, traz em suas peças histórias de uma região. O local passa despercebido no constante fluxo de carros na Rua Joaquim Nabuco, mas ao passar pela porta de madeira verde, o curioso se encanta com a delicadeza e a atenção do atendimento de seu José.

 

“Esse antiquário existe há 60 anos. Tenho um carinho muito grande por ele e essas peças. Cada artefato que chega aqui tem uma história para contar, mesmo que o dono não saiba”, afirma o proprietário. Ele conta que começou o antiquário porque precisava sustentar sua família. “Eu era restaurador e com o dinheiro que ganhava não dava para alimentar minha família, porque ela é grande. Por isso, comecei a comprar e vender as peças que restaurava”. 

Seu José revela ter planos para o futuro de suas peças. “Eu quero montar um museu sobre a história de Pernambuco contada através das peças. Tenho 3 mil peças catalogadas, mas já me reuni com algumas pessoas do ramo e usaremos umas 1.500”. Ele ainda lançou quatro livros com retratos de suas peças. “Esses livros foram feitos para chamar a atenção das autoridades com essas peças históricas”, declara.

O senhor não deixa esconder a felicidade de trabalhar com o que gosta. Em seu rosto o sorriso é constante e o carinho é percebido na medida em que ele toca em seus artefatos. “Você pode ter o dinheiro do mundo, mas eu que tenho a peça. Então, eu tenho o poder”, brinca.

Preços - Nos dois estabelecimentos, não há uma média de preço dos produtos. Cada peça passa por uma análise história e de estado, para só depois ser definida a quantia.

Através da Campanha do Desarmamento, a Polícia Federal recebeu neste sábado (25) um foguete de uso exclusivo das forças armadas, altamente explosivo. Segundo a PF, o artefato tem poder de penetrar a blindagem de um tanque de guerra.

Hoje (26), também foi entregue à campanha uma ogiva feita de material explosivo. A Polícia Federal informou que os nomes da pessoas que entregaram os objetos serão mantidos em sigilo. Ainda de acordo com a PF, os dois artefatos serão periciados e logo em seguida serão encaminhados ao Exército para que sejam totalmente destruídos. 

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A Campanha do Desarmamento foi criada no dia 14 de maio de 2011 e, até o momento, já recebeu 6.201 armas e 12.380 munições. Os valores das indenizações para quem entrega um material variam de R$ 150 a R$ 450. Quem tiver interesse de colaborar com a campanha devem acessar o site www.entreguesuaarma.gov.br ou www.pf.gov.br e preencher uma guia de trânsito. O doador terá um prazo de 24 horas para entregar o material a PF e, caso seja abordado enquanto o transporta, estará imune de toda e qualquer responsabilidade devido ao guia de trânsito que foi assinado.

A primeira peça da exposição ArteFAtos Indígenas é um grande cocar kayapó feito de penas vermelhas e azuis de araras. Logo em seguida, o visitante conhece versões menores do mesmo objeto, confeccionadas com canudos de plástico amarelos, daqueles usados para tomar refrigerante. Os modelos,  representantes legítimos da arte desse povo que vive em Mato Grosso, podem ser vistos gratuitamente no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, até o dia 8 de janeiro.
 
“As pessoas têm uma ideia de que os índios estão contaminados, que a cultura está decaindo, porque eles usam materiais que não são naturais. Na verdade, é o contrário, eles estão enriquecendo, estão se apropriando de materiais novos para fazer aquelas coisas que sempre fizeram”, explica a curadora da mostra, Cristiana Barreto.
 
Com a comercialização proibida desde 2004, as plumas vêm sendo deixadas de lado pelos índios, segundo Cristiana. A mudança de material não afeta, no entanto, a força simbólica dos adornos. “Eles continuam tendo o mesmo significado tradicional, apesar de feitos com outros materiais”, ressaltou.
 
Entre as 270 peças expostas estão tangas de tecido decoradas com sementes e miçangas dos povos Tiriyó e Kaxuyana, outro exemplo de mistura do convencional com a reinvenção. Cristiana conta que as miçangas são praticamente um item tradicional, introduzido pelo contato com escravos fugitivos da Guiana Holandesa no século 19, enquanto as sementes começaram a ser usadas depois do intercâmbio cultural com os Wayana, em tempos recentes. “A exposição tenta questionar um pouco essa noção que a gente tem do que é tradicional e do que é moderno”, destaca a curadora.
 
A Cobra Cosmológica, retratada em escultura no início da mostra, é figura presente na mitologia de vários grupos indígenas. Pela sua representatividade, tornou-se até o logotipo da exposição. O artista que esculpiu a obra, entretanto, é um dos que buscam introduzir a inovação na arte dos Palikur.
 
“Ele começa a representar constelações, estrelas em esculturas que antes os índios não faziam”, relata a curadora em referência a obras como o Barco Mítico. A escultura está em uma das vitrines da mostra, com a indicação de que “não faz parte do repertório tradicional dos povos do Oiapoque”.
 
Inovações como essa precisam ter boa aceitação dentro dos grupos para se tornarem significativas para a comunidade. “Na medida em que isso tem certa aceitação, que todo mundo admira, dentro do grupo e fora, para venda, eles começam a fazer mais”, explica Cristiana.

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