A denúncia contra torcedores que entoaram cânticos racistas e chamaram Vini Jr. de “macaco” foi arquivada pela Procuradoria Provincial de Madrid. O Ministério Público espanhol reforçou a posição contrária ao preconceito no futebol, mas decidiu não levar a denúncia adiante por entender que os xingamentos foram pontuais.
No clássico contra o Atlético de Madrid, em setembro, o brasileiro que fez o gol do título da última Champions League do Real Madrid foi ofendido por parte da arquibancada e no entorno do estádio. O episódio baseou a denúncia do presidente do Movimento Contra a Intolerância, Racismo e Xenofobia, Esteban Ibarra.
##RECOMENDA##O Ministério Público espanhol considerou o canto como "nojento", "inadequado" e "desrespeitoso". Segundo o El País, o representante do MP apontou que não há ato específico a ser imputado a uma pessoa determinada e que o contexto da rivalidade do clássico não define o crime contra a dignidade da pessoa. Além disso, acrescenta que os xingamentos não se repetiram mais de duas vezes e que duraram "alguns segundos".
“Quem mata passa duas horas esfaqueando? Ou dois minutos? Isso é incrível", criticou Ibarra. Ele orientou as autoridades a analisar gravações para identificar os responsáveis. “É perturbador que eles tenham tomado essa decisão e que ela não tenha sido suficientemente investigada. Isso abre as portas para a impunidade nesse tipo de evento em campos de futebol”, disse.