Tópicos | Arco do futuro

Candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012, Soninha Francine (PPS) reagiu com ironia ao anúncio do governo municipal de que não vai realizar as obras viárias relacionadas ao chamado "Arco do Futuro". O anúncio de cancelamento do projeto foi feito na manhã desta sexta-feira, 16, pela secretária do Planejamento, Leda Paulani, sob o argumento de que a atual gestão "não tem recursos" para essas obras.

Para Soninha, Haddad não estudou a cidade e seus problemas antes de se candidatar à Prefeitura. "São Paulo não é para postes", disparou, numa referência à expressão utilizada pelos adversários do prefeito na campanha municipal, de que seria um "poste" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu padrinho político.

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Ao longo da campanha municipal realizada no ano passado, Soninha já havia criticado a promessa do Arco do Futuro. Ela chegou a publicar na sua conta no Twitter, no dia 30 de outubro, que se Haddad concluísse 10% do projeto, ela faria uma tatuagem do Lula. "Anota aí: se 10% das obras do 'Arco do Futuro' tiverem começado daqui a 4 anos, eu faço uma tatuagem do Lula c o boné do Corinthians", dizia o post.

O Arco do Futuro foi, ao lado do fim da cobrança da taxa de inspeção veicular, uma das principais bandeiras de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). O projeto pretendia levar o eixo de desenvolvimento da cidade para a região da Marginal do Tietê, através da construção de obras viárias e incentivo fiscal.

Soninha contou que sua sensação ao saber do anúncio de que as obras não seriam realizadas foi de "ah, eu já sabia". "O Haddad sabia que o plano era inexequível. Bem vindo à vida real, fora do marketing", emendou.

O prefeito eleito Fernando Haddad (PT) vai manter dez projetos da gestão Gilberto Kassab (PSD) para viabilizar o Arco do Futuro, programa apresentado durante a campanha eleitoral como a fórmula capaz de equilibrar a oferta de moradia e de empregos em uma mesma região da cidade. Uma herança que soma R$ 6,33 bilhões em projetos já iniciados.

O plano de ações tem 17 diretrizes principais, que juntas pretendem mudar a lógica de crescimento de São Paulo, priorizando a criação de vagas de trabalho em bairros distantes do centro expandido. A maior mudança prevista é a transformação da Avenida Jacu-Pêssego, que corta a zona leste da cidade, em um novo polo comercial e industrial, a partir da concessão de incentivos fiscais a empresas interessadas em investir na periferia.

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Inverter a lógica da criação de empregos visa a proporcionar a 1,3 milhão de moradores da

região que vai de São Mateus a Itaquera a chance de trabalhar perto de casa, evitando longos deslocamentos e ampliando a qualidade de vida da população. O novo eixo da zona leste é elaborado no projeto da Operação Urbana Rio Verde-Jacu desde agosto.

O responsável pelo estudo é o ex-secretário de Planejamento da gestão Marta Suplicy (2001-2004), o arquiteto Jorge Wilheim, contratado pela gestão atual por R$ 14 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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