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Em sua oitava aparição no Mundial de Clubes, o Al Ahly volta ao caminho dos brasileiros na competição. O maior campeão africano superou o Al-Ittihad, por 3 a 1, e vai encarar o Fluminense na semifinal, segunda-feira, às 15 horas, novamente no estádio King Abdullah Sports City, em Jedah. A vaga dos egípcios veio com aula de contragolpe na etapa final diante dos representantes da Arábia Saudita, que viram Benzema desperdiçar um pênalti no primeiro tempo e deixar sua marca somente nos acréscimos.

Os egípcios quase aprontaram para cima do Flamengo na edição passada do Mundial, na disputa pelo terceiro lugar, em Abu Dabi. Depois de saírem atrás do placar, viraram para 2 a 1 e conseguiram segurar a vantagem até os 32 minutos da segunda etapa. No fim, acabaram cansando e caindo por 4 a 2. Agora, tentarão buscar a inédita decisão em duelo com o Fluminense de Fernando Diniz.

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Depois de abrir a competição com vitória expressiva, o Al-Ittihad chegou motivado para desbancar o bom Al Ahly, do Egito. O técnico Marcelo Galhardo manteve o setor ofensivo com os brasileiros Igor Coronado e Romarinho ao lado do francês Benzema e com Fabinho e Kanté com liberdade para encostar na frente. Mas optou por trocar o goleiro, deixando Marcelo Grohe no banco - teria sentido um desconforto.

A partida começou bastante equilibrada e um lançamento longo acabou sendo decisivo para o primeiro gol. Aos 19 minutos, após longa avaliação no VAR, a arbitragem marcou pênalti para o Al Ahly cometido por Kadesh, que esticou o braço para tentar segurar o atacante egípcio e acabou tocando na bola.

O anúncio foi feito para todos no estádio ouvirem. Dois minutos depois, o veterano Ali Maalaoul assumiu a cobrança e fez 1 a 0 para os egípcios. O representante africano ainda tentou anotar um gol do meio em jogada com o campo todo vazio pela frente.

Atrás do marcador, o Al-Ittihad se perdeu em campo. A bola não chegava no isolado Benzema e a defesa sofria, perdendo bolas fáceis e com o Al Ahly chegando sempre com perigo. Galhardo pedia campo na beira do campo. Em sua primeira chance, o camisa 9 do time da casa recebeu livre, mas bateu fraco, nas mãos do goleiro.

Com todo o time na área na reta final da etapa, foi a vez do Al-Ittihad reclamar de um pênalti também por toque de mão na bola, de Abdel Monem. O venezuelano Jesus Valenzuela foi chamado ao VAR para avaliar o lance e seguiu o critério para também anotar - na sequência do lance, quase os egípcios ampliaram em rápido contragolpe.

Benzema pegou a bola para a cobrança do pênalti, aos 45 minutos. Com laser da torcida adversária no rosto, o francês bateu forte, mas parou no goleiro El-Shenawy, que acertou o canto e foi bastante abraçado pelos companheiros em campo. Kadesh ainda teve outra chance antes do intervalo.

Galhardo tentou ajustar a defesa no intervalo tirando o lateral Hawsawi. Com menos de um minuto, acabou perdendo o outro ala, Alshanqiti, machucado. Sumido na primeira etapa, Romarinho começou a se movimentar mais e pedir bola. Foi travado na hora certa em lance que podia terminar com o empate.

O domínio do Al Ahly da primeira etapa já não existia no começo da fase final. Na base da garra, o Al-Ittihad equilibrou as ações e carimbou a trave antes dos 10 minutos. Os árabes se empolgaram, contudo, e acabaram dando espaço que acabaram sendo fatais. Em contra-ataques, foram surpreendidos com belo gol de El Shahat, em batida colocada, e de Ashour após troca de bola na área.

Mesmo com a equipe bastante modificada, já mirando as semifinais, o Al Ahly ainda teve chances de ampliar, sempre nos contragolpes. O goleiro Al Muaiouf ainda salvou em batida rasteira de Fouad. Antes de celebrar a vaga, o time egípcio ainda lamentou a expulsão de Modeste, que ficou somente cinco minutos em campo, e viu Benzema anotar o gol de honra em rebote, já nos acréscimos.

O Flamengo sofreu, mas se aproveitou de ter um jogador a mais em boa parte do segundo tempo para vencer o Al Ahly por 4 a 2, neste sábado, no Ibn Batouta Stadium, e confirmar o terceiro lugar no Mundial de Clubes. O resultado acaba aliviando a pressão em cima de Vitor Pereira, que vinha de duas derrotas em "decisões", para Palmeiras e Al-Hilal.

Passado o Mundial, o foco do Flamengo passa a ser a Recopa Sul-Americana. O primeiro confronto com o Independiente del Valle, campeão da Sul-Americana, será no dia 21 de fevereiro (terça-feira), às 21h30, no Equador.

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Diferente do que vinha sendo especulado durante a semana, o técnico Vítor Pereira não poupou alguns de seus principais jogadores e resolveu escalar o Flamengo com força máxima. No entanto, teve três desfalques: Gerson, expulso na estreia, além dos lesionados Filipe Luís e Léo Pereira.

Com isso, Fabrício Bruno, que vem sendo muito elogiado pelo treinador, ganhou uma chance entre os titulares, assim como Vidal, que polemizou ao mostrar insatisfação com o banco de reservas dias antes da viagem para o Marrocos.

Tentando absorver o impacto da derrota para o Al-Hilal, o Flamengo entrou ligado e viu, logo de cara, Arrascaeta tabelar com Gabigol e achar Varela dentro da área. O lateral foi derrubado por Abdelfattah, pênalti, marcado com ajuda do VAR. O camisa 10 foi para a cobrança e abriu o placar aos dez minutos.

O Flamengo teve grande chance de ampliar com Pedro, que recebeu de Arrascaeta e parou na defesa do goleiro El Shenawy. Gabigol pegou a sobra, dividiu com o goleiro e mandou para fora. O time rubro-negro parecia dono da partida, mas foi perdendo gás e dando espaço para o adversário, que aproveitou.

Aos 37 minutos, Maaloul cobrou escanteio na cabeça de Abdelkader, que testou firme e contou com um desvio de Fabrício Bruno para deixar tudo igual. O time egípcio cresceu, apertou o Flamengo, que se fechou e acabou levando a igualdade para o intervalo.

O segundo tempo foi ainda mais movimentado. Logo aos dez minutos, o árbitro assinalou pênalti de Thiago Maia em Sherif. Maaloul bateu e ficou na defesa de Santos. No entanto, o time egípcio não se abateu e ampliou aos 14 minutos. Abdelkader fez fila na defesa adversária e chutou cruzado, sem chances para o goleiro rubro-negro.

O Al Ahly teve o jogo nas mãos, mas colocou tudo a perder aos 23 minutos, quando Abdelfattah acertou Ayrton Lucas e acabou expulso. Apesar de ter um jogador a menos, o time egípcio perdeu grande chance de liquidar a fatura. Sherif saiu de frente para Santos, mas mandou nas mãos do goleiro.

O Flamengo, então renasceu em campo e se aproveitou de falha da defesa rival para empatar. Aos 31 minutos, El Shenawy se atrapalhou todo e viu a bola sobrar para Pedro: 2 a 2. A virada veio aos aos 39, em novo pênalti cobrado por Gabigol. E não parou por aí. Aos 45, Dieng entregou de bandeja para Pedro fazer o quarto e definir o resultado em 4 a 2.

A partida ficou ríspida a partir daí. Arrascaeta chegou a fazer o quinto gol, mas o lance acabou anulado pela arbitragem. O uruguaio discutiu com jogadores do Al Ahly, que perderam a cabeça. Houve pequenas confusões, mas o árbitro conteve os ânimos e acabou confirmando o triunfo rubro-negro.

FICHA TÉCNICA

AL AHLY 2 X 4 FLAMENGO

AL AHLY - El Shenawy; Abdelfattah, Yasser Ibrahim, Abdelmonem e Maaloul (Dieng); Fathi (El Shahat), Ateya, Abdelkader e Taher Mohamed; Percy Tau e Sherif (Hany). Técnico: Marcel Koller.

FLAMENGO - Santos; Varela, Fabrício Bruno, David Luiz (Pablo) e Ayrton Lucas; Vidal, Thiago Maia, Everton Ribeiro (Everton Cebolinha) e Arrascaeta (Erick Pulgar); Gabigol e Pedro (Matheus França). Técnico: Vítor Pereira.

GOLS - Gabigol, aos dez, e Abdelkader, aos 37 minutos do primeiro tempo. Adbelkader, aos 15, Pedro, aos 32, Gabigol, aos 39 minutos, e Pedro, aos 45 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Mustapha Ghorbal

CARTÕES AMARELOS - Abdelmonem, El Shahat, Hany, Fathi e Ateya (Al Ahly); Arrascaeta e Gabigol (Flamengo)

CARTÃO VERMELHO - Abdelfattah (Al Ahly)

LOCAL - Ibn Batouta Stadium, em Tânger, no Marrocos.

O Real Madrid derrotou com tranquilidade o Al Ahly, do Egito, por 4 a 1, nesta quarta-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes e vai enfrentar o Al Hilal na grande decisão marcada para este sábado, às 16h, em Rabat, capital do Marrocos. Os brasileiros deixaram a sua marca. Vinicius Junior marcou o gol de número 50 em 200 partidas pelo time merengue. Já Rodrygo anotou o terceiro da partida em linda tabela com Ceballos.

A equipe espanhola vai em busca do seu oitavo título mundial, o quinto desde que a competição passou a ser organizada pela Fifa. Já o Al Ahly terá o Flamengo pela frente na disputa do terceiro lugar no mesmo dia, às 12h30.

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A escalação merengue reuniu os jogadores considerados titulares pelo técnico Carlo Ancelotti. Em campo, os dois times fizeram uma partida em ritmo lento, com pouca intensidade e raras chances de gol. No primeiro tempo, os egípcios tentaram abrir o placar em duas oportunidades, mas falharam nas conclusões. Rodrygo quase fez o primeiro gol, após carimbar a trave em ótima jogada individual.

Coube a Vinicius Junior a função de marcar. O atacante aproveitou bobeada da zaga adversária, entrou na área sozinho e encobriu o goleiro com um toque de qualidade. O segundo tempo mal começou e o Real Madrid ampliou o placar. Valverde aproveitou rebote do goleiro El Shenawy após chute de Rodrygo e anotou o segundo da partida.

Quando tudo parecia resolvido, o Al Ahly mostrou que não desistiria tão fácil. El Shahat foi derrubado dentro da área por Camavinga e a arbitragem marcou pênalti. Na cobrança, Maaloul deslocou o goleiro Lunin com categoria e fez o gol para o time egípcio, trazendo emoção à partida. A equipe se lançou ao ataque e tentou buscar o empate, mesmo sem tanta qualidade técnica.

No fim, Vinicius Junior foi derrubado dentro da área. A arbitragem precisou do VAR para marcar a penalidade. Diferentemente da eliminação do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo, Modric bateu mal e viu a cobrança ser defendida por El Shenawy. Aos 47 minutos, Rodrygo e Ceballos fizeram grande tabela na entrada da área, confundiram a defesa egípcia e o brasileiro marcou um bonito gol para selar a ida à decisão. Em um dos últimos lances da partida, o Real ampliou, com Arribas aproveitando rebote da zaga e chutando no canto.

Apesar da classificação à final do Mundial, o Real Madrid não vive bom momento no futebol espanhol. O time de Ancelotti perdeu para o Mallorca por 1 a 0 na última rodada e está na vice-liderança da LaLiga, a oito pontos do rival Barcelona. No dia 21, terá o primeiro confronto diante do Liverpool pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.

FICHA TÉCNICA

Al Ahly 1 x 4 Real Madrid

AL AHLY - El Shenawy; Hany, Metwaly, Abdelmonem e Maaloul; Dieng (Tau), El Solia e El Shahat (Taher); Afsha (Kahraba), Abdelkader e Sherif (Fathi). Técnico: Marcel Koller.

REAL MADRID - Lunin; Nacho, Rudiger, Alaba e Camavinga; Tchouameni, Modric (Odriozola) e Kroos (Ceballos); Valverde, Vinicius Junior (Arribas) e Rodrygo (Mariano). Técnico: Carlo Ancelotti.

GOLS - Vinicius Junior, aos 41 minutos do primeiro tempo, Valverde, aos dois, Maaloul, aos 19, Rodrygo, aos 47, e Arribas, aos 53 do segundo.

ÁRBITRO - Andrés Matonte Cabrera (URU).

CARTÕES AMARELOS - Tchouameni, Abdelmonem.

PÚBLICO - 43.508 pagantes.

LOCAL - Estádio Príncipe Moulay Abdellah, Marrocos.

O Mundial de Clubes da Fifa começou nesta quarta-feira, com uma vitória por 3 a 0 do Al-Ahly, do Egito, sobre o neozelandês Auckland City. O triunfo em Tânger, no Marrocos, levou o time egípcio às quartas de final, fase na qual enfrentará o Seattle Sounders, em duelo que definirá o adversário do Real Madrid, classificado direto para as semifinais.

Al-Ahly e Seattle Sounders se enfrentam no sábado, às 14h30, horário de Brasília. Mais cedo, no mesmo dia, o anfitrião Wydad Casablanca enfrenta o Al-Hilal, da Arábia Saudita, na partida que definirá o adversário do Flamengo, também já garantido na semi.

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Antes de a bola rolar, foi realizada uma animada cerimônia de abertura do Mundial de Clubes, cheia de elementos da cultura marroquina. Além disso, foi prestada uma homenagem a Pelé, morto em dezembro do ano passado. Walid Regragui, técnico da seleção do Marrocos, a grande surpresa da Copa do Mundo do Catar, entrou em campo para falar algumas palavras antes de a imagem do Rei do Futebol ser exibida no telão, em meio a um show de luzes.

Assim que a bola rolou, o Auckland tentou mostrar alguma competitividade, mas logo foi empurrado para trás pelo Al-Ahly, que mantinha a posse de bola e trocava passes pacientemente em busca de espaço. Depois de muitas tentativas, o time egípcio abriu o placar apenas aos 46 minutos do segundo tempo, após uma finalização de fora da área de El Shahat.

O Al-Ahly ampliou o placar aos dez minutos do segundo tempo, depois de uma articulação rápida que teve como desfecho um chute de Sherif, cara a cara com o goleiro Tracey, para a rede neozelandesa. O Auckland foi para cima em busca da reação, mas não mostrou recursos para concretizá-la e ainda viu o adversário marcar o terceiro, com uma cavadinha de Tau após passe de calcanhar de Kahraba.

O fim do jogo foi marcado por um lance demorado de revisão do VAR, acionado para determinar se uma falta a favor do Al-Ahly teria sido dentro ou fora da área. Depois de o árbitro analisar a jogada na beira do campo, marcou falta fora da área e expulsou Mitchell, autor da falta, poucos minutos antes de encerrar a partida.

O Palmeiras provou que está, de fato, muito mais bem preparado em relação à edição anterior do Mundial de Clubes e avançou à final do torneio da Fifa com uma atuação convincente. No pequeno, mas confortável Al Nahyan Stadium, em Abu Dabi, o time de Abel Ferreira fez 2 a 0 no egípcio Al Ahly graças ao talento e poder de decisão de Raphael Veiga e Dudu nesta terça-feira e jogará a decisão da competição contra Al Hilal ou Chelsea, que se enfrentam nesta quarta-feira. O duelo que definirá o campeão será sábado, às 13h30 (de Brasília).

Foi um dia de ineditismos na capital dos Emirados Árabes Unidos. O Palmeiras marcou seu primeiro gol em um Mundial e conquistou seu primeiro triunfo na competição que se tornou obsessão para os alviverdes. Os palmeirenses, aliás, foram maioria no estádio e cantaram em uníssono a fim de levar o time ao tão desejado título mundial e encerrar os gracejos dos rivais.

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O Palmeiras dominou o rival africano com inteligência, paciência e um bom futebol. É bem verdade que demorou a encontrar os espaços porque o Al Ahly teve competência em sua tarefa defensiva em parte do confronto. Mas o clube brasileiro, forte mentalmente, não se desesperou e encontrou naturalmente o caminho das redes com Veiga, no primeiro tempo, e Dudu, na etapa final.

No primeiro tempo, o time egípcio se fechou na defesa, bem como havia feito diante do Monterrey, e, disciplinado taticamente, dificultou a vida do rival brasileiro. Melhor preparado, descansado, mais maduro e acostumado com decisões, o Palmeiras, porém, dominou o jogo. Não encontrou facilidade para furar as linhas do rival, mas insistiu, manteve-se calmo e concentrado e teve êxito em sua paciente jornada até o caminho do gol, marcado com a participação de seus dois craques, Dudu e Raphael Veiga.

A retranca do adversário foi furada com concentração, qualidade na saída de bola, talento e uma conclusão precisa. Zé Rafael roubou a bola na ponta esquerda e tocou para Danilo, que serviu Dudu. O camisa 7 deixou Veiga na cara do gol e o meio-campista canhoto bateu com o pé direito para vencer o goleiro Lotfy aos 39 minutos. Eufóricos, os palmeirenses, em maioria no estádio, cantaram alto até o intervalo. O Al Ahly apostou em lançamentos longos e em contra-ataques, mal-sucedidos, porém.

Se teve de usar a paciência para superar o ferrolho do rival do Egito no primeiro tempo, no segundo foi mais fácil para o Palmeiras conseguir tal feito e ampliar o placar. No lance do gol, os papéis se inverteram. Veiga foi o garçom e Dudu balançou as redes. A fim de jogo, o camisa 7 aproveitou uma avenida pela direita, invadiu a área e concluiu no ângulo. Um golaço no Al Nahyan Stadium comemorado com efusão pelos torcedores alviverdes.

O Al Ahly, de acuado, se viu obrigado a atacar. E melhorou no jogo. Passou a ocupar o campo ofensivo e finalizou 10 vezes em poucos minutos - na primeira etapa foram apenas dois chutes. O time egípcio até balançou as redes com Sherif após uma rara e grava falha de Weverton. Mas o atacante estava impedido no momento do arremate. Gol rapidamente revisado pelo VAR e anulado.

O ímpeto dos egípcios diminuiu à medida que o Palmeiras retomou o controle da partida. Abel tirou os craques do confronto, Dudu e Veiga, ambos muito aplaudidos, para lançar mão de Wesley e Jailson.

A equipe ajustou sua marcação e segurou o rival africano, que viu sua difícil missão de virar o duelo tornar-se impossível depois da expulsão de Ashraf. O defensor deu um carrinho violento em Rony e inicialmente recebeu apenas amarelo. O árbitro francês Clément Turpin foi ao monitor do VAR e reviu sua decisão ao apresentar o vermelho para o atleta.

O cenário passou a ser ainda mais favorável ao Palmeiras, que usou as substituições para ganhar tempo e esfriar o jogo. No fim, entraram também Atuesta, Deyverson e Breno Lopes. O time alviverde está na final do torneio e jogará no sábado uma das partidas mais importantes de sua história.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 2 x 0 AL AHLY

PALMEIRAS - Weverton; Gustavo Gómez, Luan e Piquerez; Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael (Atuesta) e Gustavo Scarpa (Breno Lopes); Raphael Veiga (Jaílson), Dudu (Wesley) e Rony (Deyverson). Técnico: Abel Ferreira.

AL AHLY - Aly Lotfy; Rabia (Fathy), Ibrahim e Ashraf; Hany, Aliou, Elsoulia (Abdelkader) e Ali; Elshahat (Sherif), Afsha e Mohamed (Soliman). Técnico: Pitso Mosimane.

GOLS - Raphael Veiga, aos 39 minutos do primeiro tempo. Dudu, aos 4 minutos do segundo tempo.

CARTÃO VERMELHO - Ashraf.

ÁRBITRO - Clément Turpin (França).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Al Nahyan Stadium, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Palmeiras voltou a frustrar a torcida e teve um novo resultado negativo nesta quinta-feira no Mundial de Clubes da Fifa. A equipe perdeu para o Al Ahly, do Egito, nos pênaltis por 3 a 2 depois de um empate por 0 a 0 no tempo normal. Com atuação apática e pouca produção ofensiva, o atual campeão da Copa Libertadores deixa o Catar com o quarto lugar e com a necessidade de evoluir para poder vencer o Grêmio na final da Copa do Brasil. Felipe Melo perdeu a cobrança decisiva.

O Palmeiras que fez 3 a 0 no River Plate fora de casa e goleou o Corinthians por 4 a 0 dias depois não é o mesmo que se apresentou no Catar. Uma equipe de pouca criatividade, raríssimas finalizações e com um evidente cansaço protagonizou atuações apáticas. No retorno ao Brasil, fica o alerta da necessidade de se preparar bem para a final da Copa do Brasil, contra o Grêmio.

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O Al Ahly jogou desfalcado dos dois principais jogadores. O meia El-Shahat e o atacante Kahraba foram suspensos pela Fifa por desrespeitar o protocolo de prevenção contra o novo coronavírus. Ainda assim, o campeão africano deu trabalho. O Palmeiras teve quatro mudanças no time titular em relação à semifinal, mas não conseguiu melhorar a criação de jogadas e resolver a lentidão da equipe.

A partida começou complicada para o Palmeiras. O time egípcio estava mais organizado em campo e conseguia criar com mais velocidade e intensidade. Cansado pela sequência de jogos, o atual campeão da Libertadores perdia divididas e chegava atrasado nos lances. A força física dos africanos também prevalecia e, no estádio, a colônia egípcia no Catar se fez presente e cantava forte.

Desligado, o Palmeiras errou uma saída com Felipe Melo e quase saiu atrás aos 25 minutos de jogo. A equipe dava espaços e não conseguia acompanhar a velocidade de Bwalya. As chances no ataque só começaram a sair depois dos 30 minutos, quase sempre em jogadas aéreas. Cabeçadas de Rony e Luiz Adriano obrigaram o goleiro El Shenawy a trabalhar e mostraram um possível ponto fraco a ser explorado.

Pelo menos no segundo tempo o Palmeiras começou melhor. O time adiantou a marcação e passou a roubar mais bolas no campo de ataque. O Ah Aly mexeu logo na sequência para voltar a ameaçar e conseguiu equilibrar as ações. A equipe alviverde não conseguia finalizar e levou um grande susto aos 21 minutos. Weverton fez uma ótima defesa em um voleio de El Soleya. Ajayi marcou no rebote, mas estava impedido.

A equipe egípcia trocou todo o setor ofensivo no segundo tempo para confirmar a vitória. O Palmeiras só mexeu no time aos 35 minutos da etapa final. O objetivo foi conseguir dar velocidade e fazer a atuação ser menos apática. Mas era tarde demais. A partida estava muito truncada e teve de ser decidida nos pênaltis.

Nas cobranças, o aproveitamento das equipes foi ruim. O Palmeiras perdeu três chutes, dos quais dois foram defendidos pelo goleiro. Felipe Melo foi quem errou a última cobrança. Mesmo com Weverton defendendo um dos chutes, foi pouco. O Ah Ahly foi premiado pela eficiência.

 

FICHA TÉCNICA

AL AHLY 0 (3) x (2) 0 PALMEIRAS

AL AHLY - El Shenawy; Hany, Benoun, Ayman e Ibrahim; Fathi, El Soulia e Afsha (Sherif); Akram (Dieng), Bwalya (Ajayi) e Taher (Mohsen). Técnico: Pitso Mosimane.

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Luan, Gómez e Viña; Patrick de Paula (Danilo), Felipe Melo e Raphael Veiga (Gabriel Menino); Rony, Willian (Gustavo Scarpa) e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.

GOLS NOS PÊNALTIS - Benoun, Hany e Ajayi marcaram. El Soulia e Mohsen perderam. Scarpa e Gómez marcaram. Rony, Luiz Adriano e Felipe Melo perderam.

ÁRBITRO - Maguette Ndiaye (Senegal).

CARTÕES AMARELOS - Weverton, Willian e Patrick de Paula.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Education City, em Doha, no Catar.

Adversário do Palmeiras na disputa pelo terceiro lugar no Mundial de Clubes, o Al Ahly não poderá contar com os atacantes Mahmoud Kahraba e Hussein El-Shahat para o jogo desta quinta-feira. Os dois foram punidos pela Fifa por violarem o protocolo contra o coronavírus.

Após o jogo contra o Bayern de Munique, que terminou com vitória da equipe alemã por 2 a 0, os dois atacantes foram até o setor de arquibancada cumprimentar Mohamed Aboutrika, ídolo da seleção do Egito e que também defendeu o Al Ahly.

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A quebra de protocolo foi flagrada em vídeo, postado nas redes sociais. Mahmoud Kahraba e Hussein El-Shahat tiveram de passar por novo teste da covid-19 e, apesar de testarem negativo, foram excluídos da partida.

O Al Ahly divulgou um comunicado para informar que os dois jogadores não ficaram à disposição para enfrentar o Palmeiras. Eles foram titulares na derrota para o Bayern de Munique. El-Shahat inclusive fez o gol que colocou o time na semifinal, no triunfo sobre o Al Duhail.

A disputa do terceiro lugar acontece nesta quinta-feira, às 12 horas (de Brasília).

Favorito ao título do Mundial de Clubes da Fifa, o Bayern de Munique já sabe quem enfrentará na semifinal, em sua estreia na competição, no Catar. Será o time egípcio Al Ahly, quase um veterano em Mundiais, que superou o Al-Duhail, representante do país-sede, por 1 a 0, nesta quinta-feira.

O confronto entre Bayern e Al Ahly está marcado para segunda-feira. A outra semifinal terá o Palmeiras, campeão da Copa Libertadores, que vai encarar o Tigres, no domingo. A equipe mexicana também estreou nesta quinta, com uma vitória de virada sobre o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, por 2 a 1.

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O segundo jogo das quartas de final do Mundial foi disputado no Estádio Education City, em Al Rayyan, com presença grande de torcedores nas arquibancadas. Houve até alguns pontos de aglomeração, principalmente na comemoração do gol dos egípcios.

A partida contou com três brasileiros em campo, ambos na formação do Al-Duhail: o atacante Dudu, emprestado pelo Palmeiras, o meia Edmilson Júnior e o zagueiro Luiz Ceará, naturalizado catariano. Titulares, os dois primeiros foram a exceção técnica na equipe da casa, mais limitada tática e tecnicamente que o rival do Egito.

Estreante em Mundiais, o Al-Duhail começou sua trajetória direto nas quartas de final. Inicialmente, enfrentaria o Auckland City numa fase anterior, mas o atual campeão da Oceania desistiu do torneio por conta da pandemia e o time da casa não precisou entrar em campo para avançar na competição.

Do outro lado, o Al Ahly disputa o Mundial pela sexta, como vencedor da Liga dos Campeões da África. Com tal experiência e superioridade técnica em campo, o time egípcio dominou o primeiro tempo e soube tirar vantagem das limitações do time da casa, que errava muitos passes. Numa destas falhas, na saída de bola, a equipe egípcia roubou a bola e iniciou rápida jogada, que culminou no gol de El Shahat, aos 29 minutos.

Apenas quatro minutos depois, Maâlou quase anotou o segundo. Após finalização perigosa, a bola desviou na zaga e raspou a trave. Aos 36, foi a vez de Fathi desperdiçar boa chance. No minuto seguinte, Bwalya recebeu longo lançamento pela direita, invadiu a área e mandou para as redes. O árbitro, contudo, consultou o VAR e anulou o gol por impedimento.

No segundo tempo, o Al-Duhail surpreendeu ao elevar o nível de sua atuação, num contraste com o que apresentou na etapa inicial. Mesmo quando falhava, apostava na vontade para chegar ao ataque. Aos trancos e barrancos, o time da casa dominou o segundo tempo e até impôs pressão em alguns momentos, principalmente nos instantes finais do jogo.

Numa das melhores oportunidades dos anfitriões, Almoez finalizou com perigo, após jogada de Dudu, aos 14. O goleiro do El Shenawy não conseguiu encaixar e quase levou um frango - a bola passou por cima do travessão. Aos 33, Muntari cabeceou firme e o goleiro saltou para fazer boa defesa.

O Al-Duhail tinha presença constante no ataque, porém com poucas chances reais de gol. Em dia pouco inspirado de Dudu, maior aposta da equipe, o time da casa parou na defesa do Al Ahly e não conseguiu avançar no Mundial. Antes da despedida, os anfitriões ainda vão participar da disputa do quinto lugar, no domingo.

O Al Ahly, do Egito, conquistou neste domingo o título da Liga dos Campeões da África ao vencer o Orlando Pirates, da África do Sul, por 2 a 0, na partida de volta da final da competição. O confronto foi realizado em solo egípcio, no Cairo, depois de a partida de ida da decisão ter terminado em 1 a 1.

Este foi o oitavo título continental alcançado pelo Al Ahly, que com a nova conquista também assegurou classificação para o Mundial de Clubes da Fifa, marcado para acontecer entre 11 e 21 de dezembro, no Marrocos. Essa será a quinta vez que o Al Ahly jogará o Mundial, sendo que ele se tornou o último representante definido desta edição do evento.

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Os gols da vitória do Al Ahly foram marcados pelo veterano Mohamed Aboutrika, que já havia marcado na partida de ida, e por Ahmed Abdul Zaher. Eles balançaram as redes adversárias no segundo tempo, levando ao delírio o lotado Kairo Stadium.

O Al Ahly foi eliminado pelo Corinthians na semifinal do Mundial realizado no ano passado, no Japão, e irá estrear nas quartas de final da próxima edição da competição contra o chinês Guangzhou Evergrande, de Conca e Elkeson, que assegurou classificação ao torneio no último sábado. Quem levar a melhor neste duelo fará uma das semifinais contra o Bayern de Munique, atual campeão europeu.

O representante brasileiro deste Mundial será o Atlético-MG, campeão da última Copa Libertadores, que tem Raja Casablanca, do Marrocos, Auckland City, da Nova Zelândia, ou Monterrey, do México, como possíveis rivais na outra semifinal da competição.

O confronto deste domingo no Cairo foi realizado sob um clima de grande tensão. Cerca de 4.000 policiais foram escalados para cuidar da segurança dos arredores do estádio, mas mesmo assim houve conflitos entre a polícia e torcedores. Os policiais chegaram a usar gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, depois que um grupo de torcedores tentou entrar no estádio sem ingressos.

O Monterrey, do México, conquistou neste domingo (16) a terceira colocação no Mundial de Clubes, no Japão, ao derrotar o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0, no Estádio Internacional de Yokohama. A partida foi a preliminar da decisão do torneio, entre Chelsea e Corinthians.

Com o triunfo, o Monterrey igualou a melhor campanha de um time mexicano de Mundial de Clubes. Em 2000, no torneio realizado no Brasil, o Necaxa garantiu a terceira colocação. Já o Al Ahly fracassou na tentativa de repetir a campanha de 2006, quando superou o mexicano América na disputa pelo terceiro lugar.

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O Monterrey começou a definir o seu triunfo logo no começo da partida deste domingo. Aos três minutos, Néri Cardoso lançou Jesús Corona, que aproveitou a indecisão entre o goleiro Mahmoud Abou Elseoud e o defensor Sayed Moawad para rocar a bola para as redes.

Em vantagem logo no começo do duelo, o Monterrey passou a administrar a sua vantagem tentando manter o controle da posse de bola. O time egípcio, liderado por Mohamed Aboutrika, tinha dificuldades para criar chances efetivas de gol.

Na etapa final, o Monterrey definiu o seu triunfo em um contra-ataque aos 21 minutos do segundo tempo. Aldo de Nigris passou para Cardozo, que avançou com a bola e passou para César Delgado, que deu apenas um toque para encobrir o goleiro do Al Ahly, definindo a vitória do time mexicano, o que lhe garantiu o terceiro lugar no Mundial de Clubes.

FICHA TÉCNICA:

AL AHLY 0 x 2 MONTERREY

AL AHLY - Elseoud; Fathi (Barakat), Gomaa, Naguib e Moawad; Rabia, Ashour, Soliman (Gedo), Said e Meteab (Hamdi); Aboutrika. Técnico: Hossam El Badry.

MONTEREY - Orozco; Osorio, Mier, Basanta, Chávez; Corona(Carreño), Meza, Ayovi e Cardozo (Solis); Delgado (Morales) e De Nigris. Técnico: Víctor Vucetich.

GOLS - Corona, aos três minutos do primeiro tempo, e Delgado, aos 21 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ashour e Gomaa (Al Ahly).

ÁRBITRO - Peter O'Leary (Fifa/Nova Zelândia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Internacional, em Yokohama (Japão).

O Corinthians vai tentar faturar o seu segundo título do Mundial de Clubes no próximo domingo (16) após conquistar uma vitória magra nas semifinais. Nesta quarta-feira (12), o atual campeão da Libertadores confirmou o seu favoritismo e se classificou para a decisão do torneio, que está sendo realizado no Japão, ao derrotar o Al Ahly, do Egito, por 1 a 0.

Na decisão do Mundial de Clubes, marcada para as 8h30 (horário de Brasília) do próximo domingo em Yokohama, o Corinthians vai enfrentar o vencedor da partida entre o Chelsea e o Monterrey, do México, que será disputada nesta quinta-feira (13). Derrotado, o Al Ahly disputará o terceiro lugar do torneio também no domingo, às 5h30, contra o time que cair na outra semifinal.

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Nesta quarta-feira, o Corinthians dominou o primeiro tempo e, mesmo sem criar muitas oportunidades, conseguiu definir a sua vitória com eficiência. E para isso contou com a participação decisiva do atacante peruano Paolo Guerrero, que chegou a ser dúvida para a disputa do Mundial de Clubes por causa de uma lesão, mas marcou o único gol da partida. Na etapa final, o Al Ahly chegou a ameaçar o time paulista, que soube se defender para obter a vaga na decisão.

O JOGO - O Corinthians tomou a iniciativa de atacar nos primeiros minutos, mas sem pressa, trocando passes no setor ofensivo, em busca de espaços na defesa adversária. O time ameaçou pela primeira vez aos nove minutos. Alessandro cobrou lateral, a defesa cortou errado e Douglas finalizou de primeira, com a bola saindo pela direita do time egípcio.

Apesar do domínio, o Corinthians passou por um susto no lance seguinte, quando Soliman cobrou falta e Rabia, livre, cabeceou à esquerda do gol. Porém, exceto por essa jogada, o primeiro tempo foi controlado pelo time paulista, que não teve mais a sua meta ameaçada pelo adversário egípcio, preocupado apenas em marcar, mas sem muito êxito.

Aos 21 minutos, Emerson tentou encontrar Paulinho na grande área, mas o goleiro Ekrami cortou antes da finalização do volante. O primeiro gol corintiano saiu aos 29 minutos após cobrança de escanteio. Douglas cruzou e a defesa do Al Ahly cortou. A bola voltou para o meia, que cruzou novamente. Guerrero cabeceou e a bola entrou no canto direito, sem chance de defesa para Ekrami.

Em desvantagem, o Al Ahly passou a adotar postura mais ofensiva, tentou marcar a saída de bola do Corinthians, mas não conseguiu criar chances efetivas de gol. Assim, o primeiro tempo terminou mesmo com o time brasileiro em vantagem.

O Al Ahly voltou para a etapa final tentando pressionar o Corinthians e adiantou a marcação, mas não conseguia superar os defensores do time brasileiro, que mudou seu posicionamento para tentar puxar contra-ataques. Assim, o ritmo da partida caiu, sem lances perigosos.

O time egípcio acionou o veterano Aboutrika, de 34 anos, que iniciou o duelo no banco de reservas. Aos 17 minutos, o Al Ahly ameaçou. Chicão cortou cruzamento de Fathi, mas a bola sobrou para Rabia, que chutou forte, de primeira. A bola saiu à esquerda da meta de Cássio.

Em seu melhor momento na partida, o Al Ahly voltou a ameaçar o Corinthians aos 20 minutos. Aboutrika lançou Fathi em velocidade. Na grande área, ele tocou na saída de Cássio, mas para fora. Sob pressão, o Corinthians respondeu aos 28 minutos. Guerrero passou para Paulinho, que driblou um marcador e chutou cruzado. A defesa do time egípcio, porém, fez o corte.

O técnico Tite promoveu as entradas de Jorge Henrique, Romarinho e Guilherme Andrade no Corinthians, que não conseguia reter a posse de bola. Assim, o time levou alguns sustos, mas conseguiu manter o placar de 1 a 0, que garantiu a passagem corintiana para a decisão do Mundial de Clubes.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 x 0 AL AHLY

CORINTHIANS - Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas (Jorge Henrique); Emerson (Romarinho) e Guerrero (Guilherme Andrade). Técnico: Tite.

AL AHLY - Ekrami (El Saoud); Fathi, Gomaa, Naguib e Kenawi; Said (Aboutrika), Rabia, Ashour e Soliman; Gedo (Moteb) e Hamdi. Técnico: Hossam el Badry.

GOL - Guerrero, aos 29 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Marco Antonio Rodríguez (Fifa/México).

PÚBLICO - 31.417 espectadores.

RENDA - Não disponível.

LOCAL - Estádio de Toyota, em Toyota (Japão).

O técnico do Al Ahly, Hossam El Badry, admitiu não conhecer o Corinthians, próximo adversário da equipe no Mundial de Clubes. Com a vitória deste domingo sobre o Sanfrecce Hiroshima, por 2 a 1, os egípcios avançaram para as semifinais da competição, e agora terão pela frente o time brasileiro, na próxima quarta-feira, em Toyota.

"Não tive tempo de estudar bem o Corinthians, mas a atuação da minha equipe foi muito boa e agora devemos fazer nossa lição de casa e nos concentrar na equipe brasileira", declarou El Badry.

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De fato, o treinador teve pouco tempo para estudar o Corinthians, já que sua equipe conquistou a Liga dos Campeões da África - competição que lhe garantiu no Mundial - somente no último dia 21, com a vitória diante do Esperance, da Tunísia.

Antes de pensar no Corinthians, no entanto, El Badry quer comemorar a vitória deste domingo. Ele fez questão de dedicá-la a todos as pessoas do Egito, país que passa por uma turbulência política. "Dedicamos essa vitória ao Egito, que enfrenta uma situação política complicada."

Mohammed Abu Trika, Emad Moteab e Mohamed Barakat, três jogadores da seleção do Egito que defendem o Al Ahly, anunciaram que irão se aposentar do futebol profissional depois da tragédia que matou ao menos 74 pessoas e deixou mais de mil feridos, na última quarta-feira, na cidade de Port Said, durante o jogo entre a equipe e o Al-Masry, pelo Campeonato Egípcio.

Abu Trika e Moteab fizeram o anúncio de suas aposentadorias em entrevista para a TV Al Ahly, enquanto Barakat admitiu a possibilidade de um dia voltar a atuar profissionalmente, mas disse ao canal de TV que ficará sem jogar até que haja "uma retribuição às pessoas que morreram".

Entre os recém-aposentados, Abu Trika é um dos principais nomes da história do futebol egípcio. Eleito o melhor jogador do seu país em 2004, 2005 e 2006, o atacante conquistou vários títulos nacionais e defendeu o Al Ahly no Mundial de Clubes da Fifa em mais de uma oportunidade. Em 2006, inclusive, ele foi o principal artilheiro da competição, com três gols marcados, ajudando o seu time a terminar o torneio no terceiro lugar. Na ocasião, o Internacional foi campeão ao bater o Barcelona na decisão. O atleta ainda foi indicado para integrar a seleção da Copa das Confederações de 2009, conquistada pelo Brasil na África do Sul.

No duelo de quarta-feira, Abu Trika e Barakat começaram o jogo como titulares, enquanto Moteab entrou no Al Ahly durante o jogo que terminou com vitória por 3 a 1 para o Al-Masry. Empolgados com o resultado, milhares de torcedores do Al-Masry, que jogava em casa, invadiram o gramado para comemorar. A invasão acabou provocando uma briga generalizada entre as duas torcidas. "Não havia ninguém para nos proteger", disse o meia Mohamed Barakat, reclamando da falta de segurança no estádio de Port Said.

A junta militar que governa o Egito ordenou o envio de soldados a Port Said, onde mais cedo nesta quarta-feira, durante confrontos entre as torcidas de dois times de futebol, do Al Masry e do Al Ahly, pelo menos 74 pessoas foram mortas e 248 ficaram feridas no estádio da cidade. O Ministério do Interior do Egito confirmou os números de mortos e feridos e afirmou que 47 pessoas foram detidas por causa da violência. A televisão estatal do Egito apelou à população que doe sangue aos feridos, que estão nos hospitais de Port Said.

Os choques entre as torcidas organizadas do Egito, conhecidas como ultras, não devem ser ligados aos tumultos políticos e sectários que atingem o país desde o começo do ano passado, mas a violência desta quarta-feira levanta dúvidas sobre a capacidade da polícia local em controlar multidões enfurecidas. A violência de hoje começou quando torcedores do Al Masry, de Port Said, invadiram o campo logo após o time da casa vencer o Al Ahly, do Cairo, por 3 a 1, em uma rara vitória contra o adversário pelo Campeonato Egípcio. A competição foi suspensa.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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