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Os aeroviários que trabalham nos três aeroportos do Rio (Galeão, Santos Dumont e de Jacarepaguá) decretaram uma paralisação de 24 horas a partir da 0h desta quinta-feira (12). Eles querem reajuste salarial que varia de 5,58% a 12%, dependendo da categoria, entre outros benefícios.

A paralisação foi decretada pelo Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro, que reúne emissores de passagens aéreas, agentes de carga e agentes operacionais de rampa, por exemplo. Em seu site, a entidade anuncia que há nove meses tenta negociar com os patrões, sem sucesso. São listadas reivindicações a três sindicatos diferentes, que englobam empresas aéreas e de táxi aéreo.

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A Agência Nacional de Aviação Civil divulgou nota sobre a paralisação, em que afirma estar "acompanhando a situação e os eventuais impactos nas operações". "As empresas aéreas possuem planos de contingência elaborados para o período da Copa", afirma a Anac, que pode impor multa de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração cometida pelas empresas aéreas, como atraso nos voos.

Representantes das companhias aéreas e dos aeronautas e aeroviários se reúnem na próxima quarta-feira, dia 11, para discutir o reajuste salarial da companhia. Na rodada de negociação realizada nesta quinta-feira, 5, não houve acordo.

A proposta patronal é de reajuste integral de salários pelo INPC, estimado em 5,6% no acumulado dos últimos 12 meses. O aumento seria irrestrito para os aeronautas e limitado aos salários até R$ 10 mil para os aeroviários. Para os aeroviários com salários acima desse montante, é oferecido um valor fixo, calculado pela multiplicação do índice do INPC pelo fator-base 10 mil.

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Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 12%; piso para operadores e despachantes de check-in de R$ 1.600,00; reajuste de 20% nos vales alimentação e refeição; vale refeição para os part time; seguro de vida de R$ 20 mil e direito a creche para crianças de até três anos. A data base é 1º de dezembro.

Após uma reunião com os representantes das empresas aéreas, na tarde desta quarta-feira (4), os aeroviários decidiram entrar em estado de greve. Eles preparam ainda um grande protesto para paralisar as atividades em 10 de dezembro, atingindo os aeroportos de Brasília e Guarulhos. Ainda não está definido se a manifestação ocorrerá simultaneamente em ambos ou em um deles, mas a expectativa é reunir 300 funcionários do setor aéreo.

"Vamos passar pro usuário por qual motivo não estão aceitando a negociação. Mostramos com dados do IBGE que a aviação cresceu mais de 25% e que as empresas aéreas estão tendo lucros absurdos", explica o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Luiz da Rocha Cardoso Pará.

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A reivindicação do sindicato é de 10% acima da inflação para quem ganha o piso da categoria e 8% para quem ganha acima do piso. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), porém, acena com reposição da inflação de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), por volta de 5,5%. No dia 11, às 14h, haverá uma nova rodada de negociações na sede do SNEA. Segundo Odilon Junqueira, coordenador das negociações de parte do SNEA, a oferta patronal "não é pouca coisa". "Houve avanços significativos com a proposta de conceder o INPC integral tanto para os aeronautas como para os aeroviários", avalia Junqueira.

Se a reunião do dia 11 não acabar em acordo, os sindicalistas planejam protestos em aeroportos de todo o País no dia 20 de dezembro, quando o fluxo deverá ser grande nos locais em função dos deslocamentos de passageiros para as festas de fim de ano. Na manhã desta quarta-feira, cerca de cem aeroviários fizeram protesto e paralisaram atividades no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou, por meio de nota, que está acompanhando a situação da greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), iniciada à 0h desta quarta-feira, 31. Segundo a Anac, até o início da noite a paralisação "não causa impactos significativos nos voos".

O órgão informou ainda que o acompanhamento dos aeroportos brasileiros é feito diariamente e que em qualquer situação é "importante que as companhias cumpram a Resolução nº 141". A resolução busca resguardar os direitos dos passageiros. Entre os diversos pontos definidos na norma está, por exemplo, que em caso de cancelamento de voo, é dever da empresa informar aos passageiros o motivo pelos meios de comunicação disponíveis.

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Balanço

De acordo com Samuel Santos, diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), que está à frente das paralisações, um balanço final das ações deve ser divulgado apenas nesta quinta-feira, 01. "Ainda estamos recebendo as informações de vários aeroportos, mas a tendência é que todos optem por manter a paralisação por tempo indeterminado", disse, ressaltando que apenas em Congonhas, São Paulo, cerca de 300 trabalhadores votaram em assembleia nesta tarde.

A expectativa dos sindicatos era atingir os 63 aeroportos administrados pela Infraero. No entanto, segundo o órgão responsável pelas operações, apenas seis aeroportos registraram greve: Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão (RJ), Aeroporto de Congonhas (SP), Aeroporto Internacional de Vitória (ES), Aeroporto Internacional Pinto Martins - Fortaleza (CE), Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes (PE) e Aeroporto Internacional de Salvador (BA).

A Infraero disse ainda que por conta de seu plano de contingenciamento, que inclui remanejamento de empregados e reforço de equipes em horários de maior movimento, as operações ficaram "dentro da normalidade".

Reivindicações

Os aeroportuários negociam um reajuste salarial de 16% diante de uma proposta de 6,49% oferecida pela Infraero. Além disso, a categoria pede a manutenção dos benefícios de assistência médica, que, de acordo com os funcionários, seria suspenso pela empresa. Segundo a Infraero, o processo entre as partes agora "é de negociação". "Mas não há nada definido, estamos avaliando para ver se podemos entrar em um acordo", disse o órgão, por meio de sua assessoria.

 

Rio de Janeiro – A paralisação de 24 horas dos funcionários que trabalham em terra no setor aéreo no Rio, iniciada ontem (22), terminou há pouco sem alterar a rotina dos aeroportos da cidade. A movimentação era tranquila no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

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Não havia filas ou alteração dos voos no período da manhã. Dos 16 voos previstos desde a meia-noite, apenas quatro atrasaram e um foi cancelado. No Aeroporto Santos Dumont, nenhum dos voos previstos foi cancelado, os atrasos foram pequenos e representaram menos de 10% das partidas e chegadas, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Priscila Dantas veio de Salvador com a filhinha de 2 anos, Maria Eduarda, para passar o Natal com parte da família que mora no Rio. Segundo ela, o movimento no aeroporto da capital baiana era tranquilo.

“Meu voo saiu até um pouco mais cedo. Está tudo tranquilo no aeroporto. Ouvi falar que teria greve, mas lá não vi nada. Correu tudo bem”, explicou a passageira.

O carpinteiro Lourival de Jesus chegou de Belo Horizonte às 9h e seu voo também não sofreu atraso. Com destino a Petrolina, Lourival ainda teria mais oito horas de espera até o próximo voo, marcado para as 21h, sem previsão de atraso.

“Vou chegar em Petrolina a 1h. O voo está certo, comprei há muito tempo. Mas, vale a pena a espera. Faz oito meses que não vou em casa. Agora estou indo lá ver a Dona Maria [esposa] e a caçula que está aniversariando hoje”.

Um funcionário da companhia aérea TAM, que não quis se identificar, disse que a adesão à paralisação foi muito pequena e que muitos funcionários temeram represálias por parte da empresa.

O Tribunal Regional do Trabalho determinou que pelo menos 80% dos funcionários trabalhem nos dias que antecedem o Natal e o Ano-Novo, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para o sindicato. O juiz propôs ainda 7% de reajuste salarial para a categoria.

O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ainda registrava atrasos de mais de meia hora em metade das decolagens programadas até as 13 horas de hoje. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre os 110 voos previstos para o período, 53 (48,2%) partiram com atrasos e outros 12 (10,9%) registram atrasos na última hora. Vinte foram cancelados. No Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, 16 voos sofreram atrasos entre os 124 voos programados. Quatro foram cancelados. Em todo o país, entre os 1.381 previstos, 66 foram cancelados e 350 tiveram atrasos de mais de meia hora.

Os atrasos podem estar relacionados com a paralisação de cerca de 75% dos aeroviários, que cruzaram os braços na manhã de hoje, segundo o sindicato. Segundo nota da companhia aérea Gol, uma das afetadas em Congonhas, "todos os seus colaboradores permanecem em seus postos de trabalho, realizando suas atividades normalmente. A companhia esclarece que algumas de suas decolagens sofrem atraso por causa de uma manifestação sindical que impacta as operações de todas as empresas no Aeroporto de Congonhas".

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O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que administra 31 aeroportos regionais no Estado, informa que em função da greve dos aeroportuários, dois voos da TAM, com origem no aeroporto de Congonhas (São Paulo), tiveram atrasos no destino, nesta manhã e que "não ocorreram atrasos em relação às demais companhias, já que os voos da WebJet, Passaredo, Trip e Azul para os aeroportos de São José do Rio Preto, Marília, Araçatuba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Bauru/Arealva não saem de São Paulo. A expectativa do Daesp é que apenas as companhias TAM e Gol (ambas com voos de origem em São Paulo) sofram atrasos nesta quinta.

Manifestação

Na manhã de hoje, aeroviários promoveram uma manifestação no saguão do aeroporto de Congonhas, sendo interrompida às 12 horas. Segundo o sindicato, os manifestantes iriam participar de uma mesa de conciliação no TRT, no Centro, para discutir o dissídio salarial. A manifestação deve recomeçar às 17 horas.

Os aeroviários de São Paulo entraram em greve na madrugada de hoje, e realizam manifestação reivindicando aumento salarial na manhã de hoje, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo o presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo, João Pedro Passos de Souza Leite, a greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra.

"A maior parte dos trabalhadores parados faz parte do apoio em terra, como pessoal de rampa, push-back e descarga", explica. Segundo ele, por conta da paralisação, os voos da companhia aérea TAM são os mais prejudicados. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os guichês da TAM eram os que apresentavam maior volume de passageiros nesta manhã. Ao menos seis decolagens da empresa e um da Gol estavam com atrasos até as 7h30.

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Para João Pedro, "a tentativa de começar a greve nesta quinta-feira, foi para sensibilizar as empresas aéreas para que ofereçam uma nova proposta para os trabalhadores". Segundo ele, a paralisação dos aeroviários no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deve começar no final da tarde de hoje.

(Solange Spigliatti/07h29)

Brasília – A Justiça do Trabalho agora é o palco da discussão entre empresas e trabalhadores do setor aéreo, que ameaçam fazer uma greve geral no dia 22 de dezembro por aumento de salário. O Tribunal Superior do Trabalho mediará, na próxima segunda-feira (19), às 13h30 (horário de Brasília), a primeira audiência de conciliação e instrução do dissídio coletivo instalado pelos aeroviários e aeronautas contra o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

Os trabalhadores alegam que as empresas estão sendo intransigentes nas negociações salariais. A categoria pede reajuste de 13%, mas as companhias aéreas oferecem 3%. No documento enviado ao TST, os sindicatos que representam as duas categorias anexaram um estudo que mostra que, nos últimos cinco anos, o setor aéreo cresceu, em média, 15,37% ao ano. Já os trabalhadores, segundo o estudo, receberam aumento real de 7,79% no período.

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A legislação determina que sejam feitas audiências de conciliação antes do julgamento de dissídios coletivos. Caso haja acordo, o processo é encerrado. Se não houver entendimento, o dissídio vai a julgamento na Sessão de Dissídios Coletivos do TST, formada por nove ministros.

Representantes do sindicatos dos aeroviários em São Paulo estão realizando na manhã de hoje uma manifestação no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, contra a proposta apresentada pelos patrões.

Segundo o sindicato, o protesto contra a proposta de aumento salarial oferecida pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) de 3% começou por volta das 10 horas, no saguão do aeroporto. A categoria reivindica aumento de 13%.

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Rio de Janeiro - Cerca de 150 aeronautas e aeroviários fizeram hoje (30) no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, zona norte da capital fluminense, uma manifestação com o objetivo de chamar a atenção da população para a campanha salarial da categoria. Pela manhã, o grupo caminhou por mais de 3 quilômetros pela avenida que dá acesso ao terminal, provocando um extenso engarrafamento. A manifestação foi pacífica, mas acompanhada de perto pela Polícia Militar.

A classe apresentou no mês de setembro uma pauta de reivindicação pedindo reajuste real de 10% do salário, além do aumento de 14% do piso. No entanto, as empresas de aviação apresentaram contraproposta de 3% de aumento salarial real e de reajuste do piso de aproximadamente 6%.

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De acordo com o presidente da Federação Nacional de Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, o reajuste oferecido pelas empresas de aviação não agradou à categoria. Klafke não descartou uma greve, que atingiria a maioria dos aeroportos do país no período de festas de fim de ano.

“Um mau tempo já é suficiente para o sistema ficar todo bagunçado, então, a gente sabe que, se for decidido fazer a greve, o Brasil vai parar. Não queremos fazer isso, mas estamos sendo empurrados pelas empresas aéreas para essa situação”, disse.

Alguns passageiros que aguardavam no saguão de embarque do aeroporto foram pegos de surpresa pela manifestação. O tabelião Frederico Marins, que aguardava no Terminal 2 do aeroporto, demonstrou preocupação com o período escolhido para realização de uma possível greve. “É a época do ano em que se viaja mais, são as férias das crianças, as férias de quem se programa no trabalho. Vai criar um grande transtorno para todo mundo.”

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou, por meio de sua assessoria, que pela manhã quatro voos foram cancelados e cinco estavam atrasados. No entanto, acrescentou que os problemas não tinham relação com a manifestação.

As entidades sindicais que representam aeronautas e aeroviários deram início às 11h15 de hoje a um protesto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O ato reuniu cerca de 250 profissionais do setor, segundo os sindicatos. As categorias reivindicam reajuste salarial superior à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que no acumulado até outubro tem variação de 4,94%.

Em negociação, as empresas do setor fizeram uma proposta de reajuste de 3% para os salários e de 5% para os pisos salariais, números rejeitados por aeronautas e aeroviários. As duas categorias reivindicam elevação de 13% nos salários e de 20% nos pisos salariais.

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Os manifestantes realizaram o ato, planejado para durar duas horas, nos terminais de embarque das companhias aéreas e nos terminais de check-in. A expectativa era de que a manifestação não interrompesse o fluxo de passageiros no aeroporto paulista.

Os sindicalistas ameaçam entrar em greve a partir de dezembro caso as negociações não avancem nas próximas semanas.

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