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O mercado de adquirência, que credencia lojistas para a captura de transações com cartões de débito e crédito, ainda não tem recebido impacto do crescimento de números de players atuantes no Brasil, mas este cenário tende a mudar, de acordo com o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr. "Espero que o nível de concorrência aumente. Os dois players (Cielo e Redecard) já estão se mexendo mais e os novos concorrentes devem tirar mercado dos que operam atualmente", avaliou em palestra no C4 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, em São Paulo.

Atualmente, há, segundo Pellizzaro Jr., cerca de cinco adquirentes mais atuantes no Brasil e em breve o mercado deve contar com mais um ou dois novos nomes. A maior participação de estreantes no mercado de adquirência deve se dar, conforme ele, por meio de adequações das necessidades dos varejistas, como, por exemplo, redução do custo da cadeia.

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"A participação dos novos players ainda é muito pequena, mas tenho certeza de que Elavon, Santander e agora Global Payment vão querer expandir e vão tirar mercado de quem já tem", avaliou. O presidente da Fidelity Processadora, Reginaldo Zero, lembrou que o duopólio da Redecard e da Cielo veio baratear as taxas de desconto cobradas aos lojistas em função da escala dessas empresas. No passado, esse custo chegou a ser de até 10% por falta, justamente, de escala.

"Como se processam bilhões de transações, a escala passa a ser um diferencial", afirmou. Na análise de Zero, o mercado de adquirência é um "jogo" de banco e de rede. Ele disse ainda que, se o mercado tem alguma expectativa de que os novos players vão tirar lugar de Redecard e Cielo, pode esquecer. "Eu vou ficar muito contente se daqui a uns três anos ainda estivermos falando deles (novos players)", concluiu.

O Banco Pan confirmou sua entrada no mercado de adquirência, que faz o credenciamento de lojistas para captura de transações com cartões de crédito e débito, conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado em matéria publicada no dia 16 de julho. Atualmente, este mercado é dominado pela Cielo e pela Redecard. No relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o Pan informa que concluiu investimento em uma participação minoritária na Stpagg Pagamentos, em fevereiro último.

Trata-se de uma empresa pré-operacional, conforme explica o banco, de prestação de serviços de adquirência. O Pan ressalta ainda que já obteve para a referida empresa as licenças de adquirência por meio das bandeiras Visa e Mastercard.

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Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a ofensiva do Pan no segmento de adquirência entra no esforço dos controladores do banco, a Caixa Econômica Federal e o BTG Pactual, de cada vez aportar mais negócios na instituição, diversificando seus negócios. O banco ainda passa por um processo de recuperação, após o rombo de R$ 4,3 bilhões, descoberto em novembro de 2010 com a constatação de fraudes contábeis.

No segundo trimestre, o Pan reportou lucro líquido de R$ 12,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 262,5 milhões registrado em igual intervalo de 2012. Na comparação com o primeiro trimestre, porém, foi vista retração de 67,4%.

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