ARACAJU (SE) - Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Administração Estadual do Meio-Ambiente e policiais militares do Pelotão Ambiental fiscalizaram até nesta terça-feira (22), 10% dos tanques de criação de camarão do estado de Sergipe. Atualmente, são dois mil viveiros. O município de Nossa Senhora do Socorro foi o primeiro a ser fiscalizado devido ao alto índice de viveiros sem licenciamento de carcinicultura (criação de camarão) junto à Adema.
De acordo com o chefe de Divisão Técnica do Ibama, Regis Fontana Pinto, 99% dos criadouros são irregulares. Ele explicou que a iniciativa é em cumprimento a uma ação civil movida pelo Ministério Público (MPF) contra o Ibama e Adema solicitando que todos os tanques fosses vistoriados.
##RECOMENDA##“Desde maio estamos trabalhando e as atividades de campo começaram em agosto toda semana equipes estão nos municípios vistoriando”, colocou Regis, acrescentando que os proprietários serão autuados e os tanques embargados.
Segundo Regis, os técnicos estão seguindo um cronograma de atividade onde a cada semana um município será visitado”. A próxima cidade ainda não está definida, mas visitaremos todos os municípios de Sergipe. Portanto, pode ser São Cristóvão ou aqui em Aracaju”, frisou o técnico, salientado que esse é um trabalho que durante 30 anos nunca foi executado elo Ibama e nem pela Adema, mas que é importante porque vai gerar banco de dados para manter controle da atividade.
Hugo Peris, analista ambiental do Ibama, que estava fiscalizando juntamente com uma equipe da Adema os viveiros do povoado Aratu, na Taiçoca de Fora, no município de Nossa Senhora do Socorro, relatou que apenas um dos tanques visitados tinha licenciamento, mas vencida desde 2005. “Estamos cumprindo uma determinação judicial para fazer o levantamento e identificar donos de viveiros de camarão ou peixes”, frisou.
Para o dono de quatro tanques, José Wilson dos Santos, que também estava sem licença e foi autuado elos fiscais, a iniciativa é louvável, pois na região muitos querem ter tanques, mas zelam pelo empreendimento e acabem atrapalhando os vizinhos. “Dou nota dez porque só possui viveiro quem pode, pois a maioria daqui possui, mas não quer cuidar. E, quando a gente reclama, é capaz de matar”, destacou.
Com informações de assessoria