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Diante do agravamento da crise com o PMDB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira, 5, em Brasília e se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, na tentativa de soldar a aliança para a campanha da reeleição. Lula e a cúpula do PT avaliam que Dilma deve ser mais "política" e não entrar em novo confronto com a ala do PMDB representada pelo líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Assim, conseguiria evitar mais problemas no Congresso e na campanha.

Embora o encontro de Dilma e Lula já estivesse marcado antes de Cunha pregar o rompimento da parceria com o PT, a ofensiva do deputado causou preocupação no governo. Não foi só: o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que a situação está ficando "insustentável" e cobrou uma solução para a empacada reforma ministerial.

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"Lula saberá avaliar se o PMDB quer mesmo sair de verdade da coalizão ou se quer sair para poder entrar mais", disse ao Estado um ministro do PT, sob condição de anonimato. No Palácio do Planalto, Cunha é visto como "imprevisível" e capaz não apenas de fazer bravatas como de pôr a reedição da dobradinha com o PMDB em risco.

Além de Lula, toda a coordenação da campanha petista se reuniu hoje com a presidente, no Palácio da Alvorada. Atacado por Cunha em sua página do Twitter, o presidente do PT, Rui Falcão, foi um dos primeiros a chegar. O marqueteiro João Santana, o jornalista Franklin Martins, que coordenará a comunicação do comitê, o tesoureiro Edinho Silva, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, também participaram do encontro.

O senador Humberto Costa (PT) apresentou um relatório sobre o substitutivo ao PLS nº 386/12, que reforma a legislação referente ao ISS, nesta quarta-feira (6), no Senado. O documento tem como principal objetivo acabar com a guerra fiscal entre os municípios por causa do tributo. O projeto vai promover, entre outras alterações, a atualização da lista de serviços do ISS e assegurar a aplicação da Alíquota Mínima Constitucional de 2% referente ao imposto. Segundo a assessoria do parlamentar, o texto foi amplamente negociado com todos os setores envolvidos, em especial com a Frente Nacional dos Prefeitos e com a Confederação Nacional dos Municípios.

De acordo com o parlamentar, o substitutivo vai conferir segurança jurídica aos contribuintes e favorecer a autonomia financeira dos municípios. “Hoje, as prefeituras perdem receitas, perdem recursos, porque abrem mão da cobrança cheia do ISS. A partir de agora, fica claro que a menor alíquota para a tributação o dos serviços tem que ser, no mínimo, 2%. Se houver qualquer cobrança abaixo disso com o objetivo de atrair investimentos para uma cidade ou para outra, não só o município vai perder a capacidade de cobrar o imposto, como também o gestor, entendido como prefeitos, secretários de fazenda, irão responder por improbidade administrativa. Então, nós estamos avançando, no sentido de dar aos municípios a possibilidade de mais autonomia”, relatou o petista. 

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A partir dele, ficam claras as regras que impedem a bitributação, proibindo que sejam realizadas pelos governos estaduais e municipais cobranças cumuladas de ICMS e ISS. O substitutivo de Humberto Costa ao projeto original, cuja autoria é do senador Romero Jucá (PMDB-RR), desonera o setor da construção civil, favorecendo a construção e reforma de imóveis, e o setor de transporte coletivo municipal, em todos os modais.

Foram excluídos de tributação da lista elaborada por Humberto a locação empresarial de bens móveis e imóveis, o acesso à Internet e patentes – de acordo com o entendimento que esses setores devem ser estimulados no país – e empresas de saneamento ambiental e tratamento de água por serem prioritárias para o interesse nacional. Foi suprimido, ainda, do texto original o dispositivo que acabava com o Valor Fixo de ISS para Sociedades Uniprofissionais, que congregam todos os profissionais liberais, como médicos, jornalistas, advogados, contadores, administradores, arquitetos e engenheiros. Logo após a leitura, o projeto teve pedido de vista coletivo. A expectativa é que matéria seja votada na CAE na semana que vem.

Com informações da assessoria.

Bastante pressionado por torcedores, conselheiros e até mesmo dentro do elenco, Adalberto Baptista deixou nesta quinta-feira o cargo de diretor de futebol do São Paulo. Segundo comunicado divulgado pelo clube, ele entregou um pedido de desligamento, "em caráter pessoal e irrevogável".

Adalberto Baptista estava sendo um dos principais alvos na crise que tomou conta do São Paulo. O time está há 11 jogos sem vitória e já soma oito derrotas seguidas. Além disso, vive um clima de grande instabilidade política, que ameaça o presidente do clube, Juvenal Juvêncio.

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Mesmo dirigentes da situação já pediam para que Juvenal Juvêncio tirasse Adalberto Baptista do cargo. A pressão vinha aumentando nos últimos dias, inclusive com relatos de que o diretor de futebol provocava insatisfação no elenco por causa do seu estilo de trabalho.

Diante desse cenário, Adalberto Baptista deixou o cargo nesta quinta-feira. No comunicado, o clube "lamenta profundamente o pedido e agradece o trabalho e a dedicação" do diretor de futebol, lembrando que, no período em que ele esteve no posto, o São Paulo foi campeão da Copa Sul-Americana.

Por fim, a nota oficial do São Paulo esclarece que o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, ocupará interinamente a diretoria de futebol. E Marcos Tadeu reassume a função de diretor das categorias de futebol de base, que também era responsabilidade de Adalberto Baptista.

Depois da derrota para o rival Corinthians na decisão da Recopa Sul-Americana, o goleiro e capitão Rogério Ceni disse na noite de quarta-feira, na saída do Pacaembu, que o São Paulo "parou no tempo". Em entrevista coletiva na tarde desta quinta, o diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista, discordou do jogador. "Não concordo", afirmou o cartola, quando questionado sobre a afirmação do ídolo são-paulino.

"É um momento muito ruim e chegou a hora de reconstruir o time do zero. Precisamos fazer algo muito melhor se quisemos brigar por algo. Os problemas são muito grandes, mas não me sinto à vontade de falar aqui. Mas paramos no tempo. Nós paramos e outros seguiram", diagnosticou Rogério Ceni, após a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, no Pacaembu, que custou o título da Recopa Sul-Americana ao São Paulo.

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"Gosto de analisar afirmações quando são feitas com a cabeça fria. Ele está em vias de se aposentar e gostaria de terminar com algum título. Todos sabem que ele está com uma lesão no pé direito, que ainda incomoda. Até numa das qualidades, que é a saída de bola e a reposição, ele está com a deficiência", disse Adalberto Baptista, em entrevista nesta quinta-feira. "Não concordo (que o São Paulo parou no tempo)."

Depois, o cartola tratou de defender sua opinião sobre o assunto. "É só observar a estrutura. Olhem as evoluções da formação da base, as evoluções profissionais dentro do clube. Eu não ouvi o Rogério falar que parou no tempo administrativamente. Não é esse o viés que ele quis se manifestar", explicou Adalberto Baptista, ressaltando que "a falta de confiança está atrapalhando muito" a equipe nos últimos jogos.

"Depois de uma derrota, sempre haverá questionamentos. Nós, da diretoria, continuamos afirmando que o elenco é qualificado. Uma ou duas peças de reposição são bem-vindas", afirmou o dirigente, lembrando, porém, que não existe nenhuma negociação concreta por reforços em andamento atualmente no São Paulo. "Esse elenco é qualificado para dar a volta por cima (já são nove jogos seguidos sem vitória)", completou.

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