Tópicos | Acusação póstuma

Um juiz da Vara de Execuções Criminais de Americana, a 127 quilômetros de São Paulo, é investigado por supostamente conceder benefícios a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla os presídios de São Paulo. Ele responde a processo criminal por corrupção passiva. A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado apura a denúncia.

No último dia 14, o relator do processo, desembargador Ferreira Rodrigues, determinou a quebra do sigilo telefônico do juiz. O processo corre sob segredo de Justiça. O Estado tentou falar com os dois advogados do acusado, Tiago Felipe Coletti Malosso e Daniel Sanflorian Salvado, mas eles não se pronunciaram sobre o caso.

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A Vara de Execuções Criminais, onde o juiz é lotado, é encarregada de acompanhar o cumprimento de penas de condenados. É esse setor da Justiça que avalia se o detento pode obter benefícios como progressão de regime (do fechado para o semiaberto, por exemplo). O magistrado já foi agente penitenciário e delegado da Polícia Civil antes de se tornar juiz.

Testemunha

As investigações contra o juiz baseiam-se no depoimento de uma testemunha protegida, prestado em dezembro do ano passado. No relato, ela afirma que uma advogada e um servidor público atuaram na intermediação do pagamento da propina ao magistrado para que ele concedesse os benefícios à facção criminosa.

Em um primeiro esclarecimento prestado aos magistrados, o juiz negou as acusações. "O investigado apresentou esclarecimentos e negou as imputações, tornando disponível seus dados bancários e fiscais para colaboração com as investigações", escreveu o desembargador Ferreira Rodrigues, relator do processo, em trecho do procedimento ao qual a reportagem teve acesso.

A testemunha, no entanto, voltou a ser ouvida, em março deste ano, e reforçou as acusações, "referindo-se, mais uma vez, à existência de um esquema para beneficiar integrantes do PCC", diz o texto.

O novo depoimento serviu como base para que a Procuradoria-Geral de Justiça, órgão do Ministério Público Estadual com atribuição de mover representação contra juízes, pedisse a quebra do sigilo telefônico.

"Sob esse aspecto, o pedido (para quebrar o sigilo) comporta acolhimento, uma vez que a medida pleiteada - embora de natureza excepcional - é necessária e de utilidade inquestionável, até para que não pairem dúvidas quanto à conduta do magistrado, permitindo uma apuração mais aprofundada dos fatos, inexistindo outros meios disponíveis, menos invasivos", escreveu o relator.

A quebra de sigilo inclui também a advogada e o servidor público citados na acusação.

Histórico

O juiz já foi alvo de reportagem, em 2008, por não considerar falta grave o uso de drogas dentro dos presídios quando atuava em Tupã, no interior do Estado. Por força de uma decisão da 4.ª Vara Cível da Comarca de Americana, para onde ele foi transferido, em 2009, sites de notícia tiveram de tirar a reportagem do ar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor americano Lionel Richie, um velho amigo do falecido Michael Jackson, disse nesta quinta-feira (9) que o novo processo por pedofilia contra o astro é uma "falácia", depois que o advogado do demandante chamou o rei do pop de "monstro". Ao ser consultado pela imprensa hollywoodiana sobre o processo, aberto em 1º de maio, Lionel respondeu: "Por favor, não, isso é uma falácia".

O coreógrafo australiano Wade Robson entrou com uma ação alegando "abuso sexual infantil", apesar de ter testemunhado, no julgamento por pedofilia de 2005, que Michael nunca tocou nele, como havia informado o jornal local "Los Angeles Times". Na ação, os advogados de Robson, que passou uma temporada de sua adolescência no rancho Neverland de Michael Jackson, pedem que um juiz de Los Angeles lhes autorize a apresentar seu cliente como credor da herança do cantor.

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"Michael Jackson era um monstro e, em seu coração, qualquer pessoa normal reconhece isso", disse o advogado Henry Gradstein, em nota enviada à AFP. Robson "entrou em colapso pelo estresse e pelo trauma sexual causados pelo que aconteceu com ele durante sete anos de sua infância. Viveu com a lavagem cerebral de um pedófilo até que o peso dessa carga o esmagou", acrescentaram os advogados.

Jackson, que sofreu vários processos por acusações de pedofilia, foi absolvido de todos eles em um julgamento em 2005. Sua carreira nunca mais se recuperou. Segundo Gradstein, Michael Jackson teria dito a Robson: "se alguém descobrir o que fizemos, iremos os dois para a prisão pelo resto de nossas vidas". "Esse tipo de intimidação é tragicamente típico e efetivo, porque mantém as crianças caladas", criticou Gradstein.

Em resposta à nova ação, Howard Weitzman, um dos advogados dos testamenteiros de Michael Jackson, que administram seu patrimônio, disse que a acusação de Robson é "patética". "É um jovem que testemunhou em duas ocasiões, sob juramento, nos últimos 20 anos. Disse em inúmeras entrevistas que Michael Jackson nunca havia lhe feito nada inapropriado", argumentou. "Agora, quase quatro anos depois do falecimento de Michael, criam essa triste e inverossímil acusação. Estamos certos de que a Corte a verá como ela é", acrescentou o advogado de defesa.

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