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Uma boa ação de um casal em dar abrigo a um jovem de 18 anos custou sérios problemas à vida dos seus três filhos. Segundo Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o rapaz foi acolhido, mas abusou sexualmente das crianças, de cinco, oito e 11 anos. 

Ainda, de acordo com as autoridades, o rapaz foi recebido pela família e viveu com eles em Lisboa. Não se sabe a data das ocorrências, mas as investigações encontraram indícios de que os fatos aconteceram entre setembro de 2014 e janeiro de 2016. Foi constatado que ele as molestou sexualmente, em diferentes ocasiões, aproveitando os momentos em que ficava sozinho com as crianças.

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Outros fatos podem ter acontecido, conforme documento da PGDL, de que outras vítimas tenham sido feitas, assim como um garoto de 12 que dividia quarto com ele em abrigo e uma prima. No caso da menina, ele a encontrava quando ia à casa da avó. 

As investigações estão sendo executadas pela Polícia Judiciária e em andamento sob a direção do Ministério Público da 7.ª secção do DIAP de Lisboa.

Na noite desta quarta-feira (23), uma universitária sofreu uma tentativa de estupro dentro do cinema do shopping Boa Vista, localizado na área central do Recife. Em uma postagem na rede social, a estudante contou detalhes do que aconteceu e criticou a abordagem da Polícia Civil e dos funcionários do estabelecimento ao lidar com a situação. 

A vítima explicou que já estava sentada na sala de cinema quando um homem entrou no local e parecia procurar um lugar exato para se sentar. "Ele sentou ao meu lado, era espaçoso e eu me afastava, mas mesmo me afastando ele continuava insistindo em roçar o braço, perna e afins. Mas a sensação pior ainda estava por vir", lamentou a universitária.

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Em depoimento à polícia, a estudante afirmou que o homem começou a se tocar em plena sessão do filme. "Ele fazia movimentos com a mão esquerda e com a direita tocava a minha perna. O chão sumiu. O coração acelerou. A mão tremeu. A voz sumiu". Ela pontua que quando o rapaz colocou a mão por dentro de sua saia, começou a gritar e a bater nele. 

Apesar de tudo acontecer dentro uma sala de cinema com um público razoável, a vítima disse que não recebeu apoio das outras pessoas que estavam no local. "Naquele momento, olhei pros lados e percebi que todos riam, filmavam, o protegiam dos meus berros e tapas e mandavam eu ter calma", relatou. 

A situação piorou quando os funcionários do shopping Boa Vista não prestaram o apoio necessário, explicou a vítima. Ela conta que foi encaminhada para uma sala junto com o suposto agressor e com a chegada da polícia foram transferidos para a delegacia da Mulher de Santo Amaro, na Zona Norte da capital pernambucana. 

"Assim que cheguei, muitos homens que me ouviam falavam como se o meu relato fosse algo indigno de ser conduzido até a delegacia. Finalmente consegui ser atendida por uma mulher e descobri que não poderia dar continuidade à queixa na delegacia da Mulher porque lá só atendiam a casos que se enquadravam na Lei Maria da Penha".

O caso foi transferido para a Central de Plantões do Recife e após mais de quatro horas de espera, a vítima conseuiu prestar queixa contra o homem, que afirmou apenas ter "esbarrado" nela durante a sessão. A Polícia Civil de Pernambuco confirmou que foi registrado o boletim de ocorrência e afirmou estar investigando o caso e o procedimento dos profissionais do órgão. 

Procurada, a assessoria de comunicação dos cinemas da rede Kinoplex informou que já estava em contato com a gerência do Shopping Boa Vista e a notícia do estupro estava sendo apurada por uma equipe. Já o estabelecimento disse que um posicionamento oficial sobre a conduta dos funcionários deveria ser divulgada ainda nesta quinta-feira (24).

Milhares de pessoas em várias cidades da Turquia estão protestando contra a aprovação de um projeto de lei pelo Parlamento do país no qual o ato sexual com um menor de idade não será penalizado se o culpado se casar com a vítima. De acordo com organizações especializadas nos direitos das crianças e adolescentes e das mulheres, o projeto funciona com um "perdão" a milhares de estupradores e abusadores infantis.

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac, por exemplo, disse que a medida é uma "espécie anistia" para homens que se aproveitam de crianças e jovens indefesos e os abusam sexualmente.

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No entanto, o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, disse que o projeto não é um "perdão" a estupradores e que a oposição está querendo distorcer intencionalmente os fatos já que, segundo ele, a lei só será aplicada em casos nos quais não houve violência e o ato sexual foi consentido por ambas as partes.

Além disso, a lei também serviria para regularizar os casamentos infantis no país. "Esse tipo de casamento existe em nossa sociedade, [por isso a medida] trata-se de uma de uma verdadeira 'tomada' de consciência que não havia se desenvolvido ainda.

Estamos tratando de encontrar uma solução para essa realidade", disse Bozdag. O ministro também disse que o casamento diminuirá o número de prisões de homens que mantêm relações sexuais com menores de idade, o que acabava deixando muitas famílias em dificuldade já que elas perdiam a renda obtida pelos abusadores. A lei, para entrar em vigor, ainda tem que ser aprovada mais uma vez pelos deputados turcos, o que deve acontecer nesta terça-feira (22).

Se isso acontecer, devido ao seu caráter retroativo, mais de 3 mil pessoas que já foram condenadas por abuso sexual em menores desde 2005 podem receber esse "perdão". A idade mínima para se casar na Turquia é de 17 anos, com autorização dos pais do casal, e, em casos especiais, a idade pode cair para 16 anos. No entanto, em várias regiões do país, principalmente no interior, essa norma não é respeitada.

Bispos franceses estão realizando um dia de oração e jejum para vítimas de abuso sexual cometido por membros da Igreja Católica.

Os bispos, que se reuniram em Lourdes para uma assembleia bianual, planejam orar "pelo perdão dos pecados cometidos por membros do clero" nesta segunda-feira (7).

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Depois de um pedido do papa Francisco para realizar um Dial Mundial de Vítimas, a Igreja diz que reuniões para discutir o assunto também serão organizadas em Lourdes.

Vários dirigentes da Igreja Católica francesa foram acusados, nos últimos meses, de pedofilia. Em agosto, o cardeal Philippe Barbarin foi absolvido das acusações de que teria acobertado um padre acusado de estupro a dois meninos nos anos 1980. Fonte: Associated Press.

Corey Feldman fez um tremendo sucesso no filme Os Goonies, de 1985. O longa conta a história de quatro amigos que acham um mapa do tesouro e enfrentam as maiores aventuras para chegar até ele. Por trás da produção que encantou o público há muitas curiosidades - e também histórias tristes e surpreendentes. Corey contou em entrevista ao site norte-americano People, por exemplo, sobre o abuso sexual que sofreu na infância dentro da indústria do entretenimento.

"Tem sido muito difícil para mim permanecer calado, mas por mais que eu ame a ideia desses doentes serem presos, eu respeitarei os desejos dos juízes. Eu rezo todos os dias antes de ir para cama para que Deus me dê forças para lidar com tudo isso. Os nomes sairão eventualmente. A verdade sempre aparece", comentou, afirmando que não diria o nome do homem que abusou dele e de seu melhor amigo, o também ator Corey Haim.

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Além desta difícil situação, Corey admitiu que foi forçado por seus pais a escolher a carreira de ator. "Eu era basicamente uma criança escrava. e ainda tenho que lidar com esses problemas. Vem sendo uma dolorosa jornada para mim", declarou o ator.

É por isso que o ator mantém o seu filho de 12 anos de idade, Zen, bastante longe de todos os holofotes. "Eu o protejo imensamente de todo este mundo. Ele não sabe muito do que vivi. Eu preciso ser uma boa influência para ele e continuar forte por ele. Não importa o quão ruins e cruéis as pessoas possam ser, eu não posso deixar que isso me afete", concluiu.

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) por suspeita de abuso sexual. O caso tramita sob segredo de Justiça na Corte.

No final de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de investigação contra o parlamentar, atendendo requerimento da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil do Distrito Federal. A delegacia recebeu denúncia da jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, que afirmou ter sofrido tentativa de estupro, assédio sexual e agressão pelo parlamentar.

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A jovem também disse à polícia que sofreu coação e foi ameaçada pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, pois pretendia denunciar o parlamentar. As ameaças teriam sido feitas durante uma semana em que esteve em São Paulo, entre os dias 30 de julho e 5 de agosto.

A Polícia Civil de São Paulo encerrou o inquérito que investigava a acusação da jovem contra Bauer e ainda decidiu pelo pedido de prisão preventiva da jornalista, por denunciação caluniosa e extorsão.

Com a abertura do inquérito formalizada no STF, a Polícia Federal e o Ministério Público podem investigar o caso, solicitando diligências ou depoimento de testemunhas.

Após ser excluído da corporação da Polícia Militar (PM) por realização de festas que contavam com droga, sexo e ingestão de bebidas alcoólicas a menores de idade, Emerson Luiz Pessoa Braga permanece exercendo trabalhos com adolescentes. Atualmente, o acusado exerce o cargo de treinador  no Atlético de Santana Futebol Clube, equipe amadora de Olinda. 

O caso que fez com que o policial fosse afastado ocorreu no ano de 2013 com adolescentes da categoria de base do futebol sub-15 do Santa Cruz. O ex-policial também foi acusado de ameaçar as testemunhas e vítimas para que omitissem fatos durante os depoimentos.

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Questionado pela equipe do Portal LeiaJá sobre se o ex-PM possuía algum impedimento ou inquérito corrente em seu nome que o impeça de continuar exercendo tais funções, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que não há processos contra Emerson. Já a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que está realizando apuração com a Corregedoria sobre a existência de outros possíveis casos que o envolva. 

Uma jovem de 22 anos acusou o deputado federal Marco Feliciano (PSC) de assédio sexual, agressão grave e tentativa de estupro. De acordo com informações divulgadas pela Coluna Esplanada, as investidas do parlamentar teriam acontecido no dia 15 de junho, em Brasília, após o religioso se oferecer para ser "guia espiritual" da jovem, que também milita no partido.

Relatos da vítima dão conta de que, na ocasião, Feliciano propôs que ela fosse amante dele com um alto salário. No entanto, ao recusar o parlamentar a teria agredido e tentado beijá-la à força. "Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Queria que eu terminasse com o meu namorado e ficasse com ele", contou a jovem ao colunista. 

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Depois disso, eles trocaram conversas pelo WhatsApp. "Não adianta bloquear minhas ligações. Então quer dizer que você está namorando... Para onde você tentar fugir eu vou atrás de você. Sabe do que eu mais tenho saudade? De te agarrar e ficar olhando sua carinha linda de choro gritando 'não'", afirma uma mensagem que teria sido mandada pelo deputado a moça. Segundo a coluna, dias depois Feliciano trocou o número pessoal, mas ainda assim insistiu em mandar novas mensagens para a jovem. 

Ainda segundo o colunista, desde que denunciou o caso, a jovem teria sido pressionada pelos assessores do parlamentar e deixado de atuar nas redes sociais. E ela é uma 'youtuber'. 

Em nota, Marco Feliciano disse conhecer a jovem “por meio de sua participação no PSC”, mas afirmou desconhecer “tais acusações e referidas mensagens”. “É uma grande lutadora contra o aborto e a favor das causas sociais. A conheço da mesma forma que conheço tantos outros jovens ao meu redor'', declarou.

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O cantor britânico Cliff Richard, que estava relacionado a um caso de agressão sexual antes da investigação ter sido suspensa por falta de provas, apresentará ações legais contra a polícia e a rede de televisão BBC, anunciou no domingo o jornal Daily Mail.

Segundo a imprensa britânica, o artista vai processar as partes alegando "mal uso da informação privada".

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De acordo com o Daily Mail, Richard acusa a polícia e os jornalistas da BBC de "terem conspirado ilegalmente" para interferir na sua vida privada, e pede um milhão de libras (1,3 milhão de dólares) por danos e prejuízos.

O astro do rock, de 75 anos e com cerca de 250 milhões de discos vendidos no mundo, foi investigado por um caso de agressão sexual a um jovem nos anos 1980.

A polícia interrogou o cantor em duas ocasiões, e a BBC transmitiu ao vivo as buscas realizadas na sua propriedade em Berkshire, no sudeste da Inglaterra, mas ele nunca foi detido ou acusado formalmente.

Em junho, o serviço de procuradoria da Coroa anunciou "que as provas não eram suficientes para continuar" com as investigações.

A investigação da polícia, especialmente o acordo com a BBC para difundir ao vivo as buscas no domicílio de Richard, foi duramente criticada e, segundo o Daily Mail, é a base das ações legais do cantor.

Após a suspensão da investigação, Cliff Richard disse estar satisfeito por ter sido inocentado das "vis acusações". "Sempre clamei minha inocência", disse em um comunicado, ao mesmo tempo em que criticou os métodos da polícia.

Apesar de estar em uma situação bem ruim, sendo acusado de violência doméstica em meio a um divórcio com Amber Heard, Johnny Depp não pretende abandonar os planos de estrelar em um filme que abordará assédio sexual.

Segundo informações da People, o ator continua no elenco de The Libertine, que contará a história de Dominique Strauss-Kahn, político francês que em 2011 abusou sexualmente de uma camareira de um hotel. A confirmação veio da própria equipe do diretor do longa, Brett Ratner:

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"Johnny ainda está absolutamente no projeto. Brett está muito animado para trabalhar com ele", disse um representante.

O pai de um estudante da Universidade de Stanford, condenado por abusar sexualmente de uma mulher inconsciente, está "no olho do furacão" por deslegitimar o crime de seu filho como "20 minutos de ação".

O juiz encarregado do caso na Califórnia, Aaron Persky, também causou indignação por condenar Brock Allen Turner a seis meses de prisão e liberdade condicional pelo abuso, ao afirmar que temia que uma condenação mais longa o "afetasse severamente".

Turner, um estudante de 20 anos, corria o risco de ser sentenciado a até 14 anos de prisão pelo crime, cometido em janeiro de 2015, mas agora se espera que só permaneça recluso durante três meses.

Seu pai afirmou, durante a audiência da sentença, que seu filho não merecia ir para a prisão. "Este é um preço altíssimo a pagar por 20 minutos de ação de seus mais de 20 anos de vida", disse Dan Turner, pai do rapaz, ao tribunal em uma declaração publicada nesta segunda-feira.

"(Brock) nunca voltará a ser aquele ser despreocupado com personalidade tranquila e sorriso carinhoso", acrescentou. O juiz justificou sua indulgente sentença afirmando que Turner havia mostrado "sentimentos genuínos de arrependimento" e que o estudante, um ex-nadador, não representava um perigo para a sociedade.

As declarações da vítima, reveladas no fim de semana pelo promotor, geraram críticas nas redes sociais contra a sentença, considerada muito tolerante. A mulher descreveu como o abuso provocou nela feridas psicológicas e rejeição ao próprio corpo. Ela contou ter acordado em um leito de hospital em San José, Califórnia, sem nenhuma noção do que havia ocorrido e descreveu o exame invasivo a que foi submetida para buscarem evidências.

Também criticou Turner por ter declarado no julgamento que "uma noite de bebedeira pode arruinar uma vida". "Arruinar uma vida, uma vida, a sua. Esqueceu da minha", disse durante o julgamento, olhando nos olhos de Brock.

Turner foi condenado em março por três delitos: ataque com intenção de cometer estupro com uma pessoa intoxicada/inconsciente, penetração de uma pessoa intoxicada e penetração de uma pessoa inconsciente.

O caso pôs em foco os estupros nas universidades americanas, onde, de acordo com um estudo, mais de uma em cada seis mulheres são estupradas durante seu primeiro ano na universidade enquanto estão sob efeito de álcool ou drogas.

Uma em cada cinco mulheres com menos de 18 anos no mundo já foi vítima de estupro ou abuso sexual. Os dados integram um raio X produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre o fenômeno da violência como um problema de saúde. O relatório traça a estimativa com base em estudos feitos entre 2011 e 2015 e compila informações de 133 países.

Segundo o informe da entidade das Nações Unidas, que na semana passada aprovou um plano para combater a violência contra a mulher até 2030, os governos precisam agir. "Mulheres violentadas tendem a usar mais os serviços de saúde do que aquelas que não são abusadas, ainda que elas raramente indiquem que são vítimas", diz o informe. "Com muita frequência, instituições de saúde são lentas em reconhecer e lidar com essa violência."

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A entidade aponta que uma em cada três mulheres já "experimentou violência física e/ou sexual por parte de seus parceiros". Além disso, 7% das mulheres foram alvo de violência sexual por desconhecidos e 50% delas se envolveram em uma disputa física com seus companheiros.

Para os especialistas da OMS, os dados revelam o caráter rotineiro da violência contra a mulher. "Trata-se de algo muito comum e muito mais regular do que imaginamos", diz Berit Kieselbach, uma das responsáveis pelo plano de enfrentamento da entidade. Ela diz ainda que o fenômeno da violência contra a mulher não é novo. "O que é novo é a capacidade de começar a coletar dados sobre o tema", explica. Berit lembra que dezenas de países não têm sistemas para identificar causas de mortes nem para medir a violência.

Ao lado da estratégia para identificar os autores de crimes, a OMS tenta lidar com o impacto para a saúde, como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, suicídios, gravidez indesejada, resultados adversos nos bebês, transmissão de infecções e aids.

Professora do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Carmen Simone Grilo Diniz explica que, como preconiza a OMS, o abuso sexual durante a infância e a adolescência implica problemas físicos e psíquicos que podem perdurar para o resto da vida. "Uma experiência como essa pode provocar quadros de estresse pós-traumático, depressão, comportamento autoagressivo, além do risco de se contrair doenças sexualmente transmissíveis", diz.

Trauma

Julia (nome fictício), de 24 anos, é um exemplo de mulher que precisou de ajuda psicológica para superar os traumas causados pelo abuso sexual. Aos 11 anos, ela se tornou uma vítima e entrou nas estimativas.

A jovem conta que foi abusada por um funcionário da loja de seu tio, onde costumava ficar e brincar após as aulas. Com a chegada do novo atendente de 19 anos, a garota pensara ter ganhado um companheiro de brincadeiras. Todos os dias, jogavam forca e jogo da velha, mas, quando o tio saía, uma regra era imposta. "Ele dizia que, se eu perdesse, tinha de pagar uma prenda. E a prenda era me levar para um canto da papelaria e passar a mão em mim, no meu corpo, na minha vagina", conta.

Ela sentia desconforto, mas era levada a acreditar que tudo fazia parte da brincadeira. "Só fui perceber que era algo muito errado quando contei para a minha mãe."

Por um tempo, a jovem pensou que não conseguiria mais se relacionar com ninguém, mas, com acompanhamento psicológico, diz ter superado o problema. "O que eu sinto hoje é raiva quando vejo outros casos de abuso, porque o homem sabe que a criança não entende muito bem o que está acontecendo e se aproveita desse poder", diz.

De acordo com Marina Ganzarolli, advogada e cofundadora da Rede Feminista de Juristas, se a maior parte dos casos de abuso contra mulheres é praticada por conhecidos da vítima, no caso de crianças e adolescentes, isso é ainda mais comum. "O chamado 'estupro de beco', em que um estranho violenta uma mulher, é o menos frequente. Geralmente, os abusos acontecem em espaços privados, cometidos por pais, padrastos, tios, amigos da família", afirma ela, assim como aconteceu com Julia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem foi preso anteontem suspeito de abusar sexualmente de suas quatro filhas. O crime aconteceu em Gravataí, na Grande Porto Alegre. Segundo a Polícia Civil, as meninas têm entre 2 e 7 anos de idade. O rapaz, de 31 anos, tem antecedentes criminais por lesão.

Uma perícia realizada na menina de 7 anos comprovou que ela foi estuprada. A polícia ainda aguarda o resultado dos exames das irmãs. Segundo investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Gravataí, o pai das meninas mantinha relações sexuais com a filha.

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Um parente das crianças, em depoimento à polícia, disse que já suspeitava dos abusos pelo menos há dois anos e havia alertado a mãe das meninas, que ignorou o fato. A denúncia chegou ao conhecimento da polícia na semana passada, durante evento da Semana de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Diretoras e professoras da escola onde elas estudam confirmaram que já suspeitavam do caso.

As meninas foram retiradas de casa por policiais e promotores da Infância e Juventude. O homem foi levado ao Presídio Central da capital.

Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil, que acontece no dia 18 de maio, a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) divulgou dicas que pais devem ter para evitar possíveis ataques de pedófilos a seus filhos. Constitucionalmente, a Polícia Federal é responsável pela prevenção e repressão à exploração sexual de crianças e adolescentes e pornografia infantil na internet.

As dicas divulgadas pela polícia são:

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- Vetar informação em demasia e o acesso de desconhecidos a fotografias e outros dados pessoais;

- Evitar colocar fotos com pessoas (grupos de amigos), carros mostrando a placa, casa, nem informações pessoais como telefones e endereços;

- Pais devem atrair a confiança dos filhos através do diálogo, sem qualquer tipo de repressão, para que a criança se sinta à vontade quando precisar de ajuda;

- Pais precisam ter conhecimento básico de internet;

- O computador deve ficar em local visível da casa;

- Se o pai for vetar alguma página da internet deve explicar as razões;

- A supervisão dos pais deve ser feita de forma discreta;

- Não deve ser permitida uma longa exposição na internet.

A Polícia Federal registra que este ano duas ações de combate à pornografia infantil já foram realizadas em Pernambuco. Em 2015, foram deflagradas cinco operações de combate à pornografia infantil e cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, além de 21 endereços fiscalizados e dois suspeitos autuados em flagrante. No período 2013/2014, foram instaurados 76 inquéritos policiais, desenvolvidas 11 operações, cumpridos 42 mandados de busca e apreensão, detectadas 24 cidades com registro de pornografia infantil e presas sete pessoas em flagrante. Algumas pessoas já foram indiciadas e irão responder ao processo em liberdade. 

O Brasil está em quarto lugar no consumo de pedofilia no mundo. Segundo a Polícia federal, não existe um perfil definido para se reconhecer um pedófilo, mas as possíveis causas que levam a tal prática estão a sexualidade reprimida e o desvio de personalidade de origem psicológica. 

Ao longo do ano, a PF-PE faz uma série de palestras sobre internet segura em escolas públicas e privadas, faculdades, clubes, associações, empresas e igrejas. Para solicitar as palestras gratuitas, os interessados devem ligar no (81) 2137-4076.

Polícia Rodoviária Federal (PRF), Prefeitura Municipal de Belém e Governo do Estado do Pará realizam um evento nesta quarta-feira (18), na praça Memorial Magalhães Barata, no bairro de São Brás, em Belém (PA), no horário de 8 às 12 horas, para marcar o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei Nº 9.970. A programação terá apresentação de coral infantil e distribuição de informativo sobre as campanhas contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Em 18 de maio de 1973, uma menina chamada Araceli, de 8 anos de idade, foi sequestrada, violentada e assassinada no Estado do Espírito Santo. Seu corpo apareceu alguns dias depois carbonizado e os agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. Muitos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes continuam acontecendo em todo o Brasil e por isso a data foi escolhida para marcar a luta contra esses crimes que vitimam milhares de pessoas inocentes.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem sido nacionalmente a instituição de segurança pública responsável pelo mapeamento da exploração sexual de crianças e adolescentes no âmbito das rodovias e estradas federais. Essa ação, aliada a outras voltadas à defesa dos direitos humanos, foi responsável pelo agraciamento da PRF com o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, em dezembro de 2009, a mais alta condecoração dos direitos humanos no Brasil.

O evento, em Belém, contará com apoio de projetos e programas como Pacto Belém Pela Vida, Saúde na Escola, Mais Educação, Rede Escola Cidadã, PROPAZ, PROERD e  terá a seguinte programação:

Palestras educativas sobre Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes;

Panfletagem de material educativo relacionado ao tema de violência e saúde;

Serviço de atendimento médico, vacinação e orientação sobre saúde;

Coral formado por crianças da Escola Municipal Liceu Mestre Raimundo Cardoso, que cantará músicas pela Paz, carregando a flor símbolo do 18 de maio e balões brancos e amarelos;

Apresentações artísticas realizadas por parceiros;

Banda de Música da Guarda Municipal de Belém;

Banda de Música dos Bombeiros Militares do Pará;

Apresentações artísticas dos adolescentes do Projeto da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Para mais informações, entrar em contato com a Comissão de Direitos Humanos da PRF/PA: Inspetora Érika Sobral (91) 988599332 ou Tainah Sousa (91) 996332929.

Com informações da assessoria de Comunicação da PRF.

A Organização das Nações Unidas (ONU) está investigando denuncias de abusos sexuais envolvendo agentes de missões de paz da Tanzânia, no nordeste do Congo. Segundo declaração da ONU, há evidências de que os atos tenham sido cometidos contra menores de idade e há, inclusive, reivindicações de paternidade.

A ONU acrescentou ainda que as autoridades tanzanianas e congoleses foram informados e, se as alegações forem fundamentadas, será tomada uma ação imediata. Os supostos autores foram detidos em seus acampamentos. A organização disse que irá fornecer apoio médico e psicológico às vítimas. Fonte: Associated Press.

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Um turista canadense de 68 anos foi detido acusado de abuso sexual depois de beijar na boca e tocar uma menina de três anos no balneário mexicano de Acapulco (sul), informaram autoridades locais nesta segunda-feira.

"Walter Suk, o cidadão canadense acusado de abuso sexual de menores, será apresentado ante o juiz penal", informou a procuradoria do estado de Guerrero em um comunicado.

Segundo meios de comunicação locais, o homem beijou na boca e tocou a menor na rua e em plena luz do dia quando muitas pessoas passeavam por Acapulco, numa época de grande movimento pelo feriado da Semana Santa.

O jornal El Universal divulgou um vídeo no qual o canadense reconhece que beijou a menina enquanto lança expressões de escárnio e mostra a língua para a câmera.

"Porque eles gostam e eu gosto deles", afirma o canadense em um espanhol confuso ao ser gravado por um pedestre que passava pela rua.

"A menor vitimada recebeu o atendimento correspondente para sua proteção e cuidado" da procuradoria e do Sistema para o Desenvolvimento Integral, acrescentou o comunicado.

Após a detenção, no fim de semana, a procuradoria notificou o consulado canadense sobre a situação de Suk.

Três professores da congregação católica Marista de Barcelona confessaram terem abusado sexualmente de seus alunos, em um dos maiores casos de pedofilia no país.

"Não sei por que razão ou motivo fiz isso", confessou a uma de suas vítimas um professor em uma gravação feita por câmera oculta e divulgada pelo jornal El Periódico de Cataluña.

Segundo o relato da vítima, não desmentido pelo suspeito da agressão, ela foi estuprada em várias ocasiões nos anos 1980, quando tinha entre 8 e 14 anos.

Os fatos ocorreram na Escola Marista Sants-Les Corts, epicentro do escândalo que explodiu no início de fevereiro, quando um ex-professor admitiu à imprensa ter abusado sexualmente de seus alunos.

A confissão desencadeou uma onda de denúncias de outras vítimas. A polícia recebeu até agora 29 denúncias contra seis professores de três escolas Maristas de Barcelona.

A congregação Marista pediu desculpas, alegando não ter conhecimento dos casos, e afirmou ter cumprido rigidamente com os protocolos de atuação, afastando, inclusive, seu subdiretor ao receber denúncias contra ele.

Após uma apresentação incrível no Oscar sobre a questão do abuso sexual de mulheres, Lady Gaga decidiu estender o assunto a outros patamares.

A cantora mostrou toda a sua solidariedade às vítimas de abuso, como ela, e tatuou em seu ombro um dos símbolos da luta. No Snapchat, a cantora registrou o momento em que a tatuagem foi feita.

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Em seguida, no Twitter, retuitou a publicação de algumas mulheres que decidiram fazer a mesma tatuagem em prol da causa.

As sobreviventes no palco - incluindo Lady Gaga - com tatuagens combinando em solidariedade, dizia a publicação na rede social.

A ONU registrou 69 casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos por capacetes azuis em 2015 e que estão concentrados principalmente na República Centro-africana e na República Democrática do Congo.

Segundo um relatório anual do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, trata-se de um "claro aumento" comparado com 2014 (52 casos) e também comparado com 2013, quando 66 casos foram registrados.

Pelo menos vinte crianças foram abusadas sexualmente por soldados das forças de manutenção da paz, segundo o relatório, mas esse número pode ser maior, pois nem sempre foi determinada a idade das vítimas.

O relatório recomenda a criação de tribunais militares no terreno para julgar os responsáveis ​​e exigir que os países que enviam tropas de paz para falam testes de DNA de seus soldados.

"Este aumento do número de denúncias é profundamente preocupante", disse o relatório que será formalmente lançado na sexta-feira, ao qual a AFP teve acesso.

Entre os 69 casos de abuso ou exploração sexual, 38 foram registrados em duas das 16 missões de paz da ONU em todo o mundo: 22 na República Centro-africana e 16 na República Democrática do Congo.

Ao todo, soldados ou policiais de 21 países são acusados, com o maior número de réus da República Democrática do Congo (7 acusados​​), seguido por Marrocos e África do Sul (4 cada).

Camarões, República do Congo, Ruanda e Tanzânia contam com três acusados ​​cada um e Benin, Burkina Faso, Burundi, Canadá e Gabão têm dois acusados ​​cada.

Outros nove países contam com um policial ou soldado acusado de exploração ou abuso sexual: Alemanha, Gana, Madagáscar, Moldávia, Níger, Nigéria, Senegal, Eslováquia e Togo.

É a primeira vez que a ONU lista dessa maneira todos os países de origem dos membros das forças de paz suspeitos dos crimes.

A reputação das forças de paz está abalada há meses por uma longa série de escândalos de estupros e outros abusos sexuais, sobretudo na República Centro-africana, para onde a ONU enviou 12.000 soldados em 2014.

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