Tópicos | Abrindo mão

As polêmicas dos últimos dias e indicativos de privilégios pesaram para que o filho do ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), João Campos (PSB) desistisse de disputar o comando da Secretaria Estadual de Juventude do PSB. A decisão, do filho do dirigente nacional do PSB foi comunicada ao presidente estadual do partido e secretário de Governo do Recife, Sileno Guedes (PSB), nessa quarta-feira (4). 

“Em razão de tudo isso (das polêmicas e de princípios pessoais), peço a compreensão dos companheiros para não aceitar a tarefa neste momento e me mantenho à disposição da JSB para participar de todas as lutas conduzidas pelo PSB para fazer Pernambuco e o Brasil avançarem na luta por democracia e justiça social”, declara o filho de Eduardo Campos no texto. 

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O jovem conta ainda que deseja sim entar na vida pública, mas só quando se sentir pronto. “Apresentarei meus argumentos e espero ser reconhecido pelos meus méritos e não pelas minhas ligações familiares”, aponta. 

Neste momento, priorizo minha formação profissional até para assegurar minha independência. Penso que ninguém deve depender de mandato para viver ou qualquer outra função pública para ter papel político

O primeiro alarde surgiu na última segunda (2), quando a vereadora do Recife e prima de João Campos, Marília Arraes (PSB), trouxe à tona as possíveis “intervenções internas” que estavam acontecendo em torno do nome do primo. Segundo ela, a democracia do partido estava em sendo posta em xeque para beneficiar “um jovem”. Em contrapartida, o presidente da JSB-PE, Israel Vasconcelos, garantiu que o processso tem sido baseado no Estatudo do PSB. ” Não é verdade que tenha sido imposto nome de quem quer que seja para encabeçar a futura diretoria da juventude do PSB”, cravou. 

Veja o texto na íntegra:

“Caro Sileno, 

Confirmo o recebimento de correspondência datada de 27/5, enviada por nosso companheiro Paulo Henrique, secretário da JSB, com o convite para que eu colocasse meu nome à disposição para constar nas discussões que levarão à composição de uma chapa de consenso para a Juventude do PSB. Informo que fiquei honrado e agradecido, ciente de que a possibilidade que me foi oferecida só aumenta a minha responsabilidade dentro do partido. 

Entendo o convite como um reconhecimento dos esforços que tenho feito, desde muito jovem, para somar minhas energias à de tantos outros companheiros que vêm colocando o PSB como um dos maiores partidos da política brasileira. 

Sabem os nossos companheiros que, em parte por causa de minha história pessoal, mas principalmente por convicção política, tenho participado de todos os grandes movimentos conduzidos pelo partido, com destaque para as vitoriosas campanhas do ex-governador Eduardo Campos, em 2006 e 2010, e mais recentemente na do prefeito Geraldo Julio, em 2012.

Em razão dessa participação, tenho sido consultado em diversas ocasiões a disponibilizar meu nome para a disputa de espaços e posições políticas pelo PSB. A mídia local tem publicado freqüentemente notícias a este respeito, mesmo que eu nunca tenha feito nenhuma manifestação neste sentido, não por não me julgar com legitimidade para tal tarefa, mas por razões inteiramente pessoais. 

Há alguns meses, fui incentivado pelo próprio partido e por algumas lideranças do interior e da Região Metropolitana para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. No entanto, tive a maturidade e a humildade de não aceitar por entender que este não seria o melhor momento para este projeto.

Ser filho e bisneto de quem sou me orgulha muito mas não é o suficiente, neste momento, para me fazer candidato. Pelo contrário, prefiro me preparar melhor para assumir o grande desafio que é o de defender o legado de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Só farei isso quando entender que estou pronto, respeitando todos os processos democráticos de escolha. Apresentarei meus argumentos e espero ser reconhecido pelos meus méritos e não pelas minhas ligações familiares.

Tenho 20 anos e estou fazendo engenharia na UFPE, curso que embora não limite minha militância, exige muita dedicação e empenho de minha parte. Neste momento, priorizo minha formação profissional até para assegurar minha independência. Penso que ninguém deve depender de mandato para viver ou qualquer outra função pública para ter papel político. 

Em razão de tudo isso, peço a compreensão dos companheiros para não aceitar a tarefa neste momento e me mantenho à disposição da JSB para participar de todas as lutas conduzidas pelo PSB para fazer Pernambuco e o Brasil avançarem na luta por democracia e justiça social”.

Saudações socialistas!

João Henrique Campos

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) anunciou, nesta quarta-feira (5), em nota, que não vai disputar a reeleição ao Senado Federal, como já tinha indicado a executiva do PMDB anteriormente. Com a decisão, Vasconcelos também afirma que a legenda disponibiliza o nome do deputado federal Raul Henry (PMDB) para compor a majoritária. A decisão é tomada após o peemedebista conversar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Segundo Jarbas, Campos o convidou para pleitear novamente a vaga no Senado, na chapa majoritária da legenda.

No texto, o senador faz um breve histórico da vida política e diz que sempre ofereceu o "melhor" dele nos mandatos. Além disso, pontua que abriu mão da candidatura de Henry, na eleição municipal em 2012 para apoiar o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), na época o candidato socialista era apoiado pela chapa de Campos. O peemedebista nega que vai sair da vida pública e alerta pela renovação que o povo brasileiro pede nas ruas. "Pretendo continuar na vida pública, dando minha contribuição para as práticas, as teses e os pensamentos que considero os mais adequados para colocar o Brasil entre as nações mais prósperas do mundo", afirma.

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A iniciativa do senador já pode ser motivo de comemoração para nomes que já estavam sendo rifados para a composição da chapa majoritária encabeçada pelo PSB, como o do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB). E até mesmo o de Henry. Agora a expectativa é que o deputado federal ocupe a vaga de vice e se o governador optar por um quadro técnico, como o secretário da Casa Civil Tadeu Alencar (PSB), Bezerra Coelho configura a tão sonhada disputa ao Senado. Agora que o pleito de 2014 começa a ser desenhado resta aguardar a martelada final, que seja efetuada por Campos, com a divulgação do nome que o sucederá.  

Veja o texto na íntegra:

NOTA

Recife, 5 de Fevereiro de 2014.

Ao longo da minha vida pública, sempre pautei as minhas decisões políticas baseado na definição de qual seria o melhor caminho para dar as minhas contribuições a Pernambuco e ao Brasil. Foi assim que exerci, com muita honra, um mandato de Deputado Estadual (1971-1975), dois mandatos de Deputado Federal (1975-1979 e 1983-1985), dois mandatos de Prefeito da Cidade do Recife (1986-1988 e 1993-1996), dois mandatos de Governador de Pernambuco (1999-2002 e 2003-2006) e, atualmente, representando o nosso Estado como Senador da República.

Servi às pernambucanas e aos pernambucanos com a firme determinação de oferecer o melhor de mim, de sempre ter a preocupação em montar equipes competentes que trabalhassem sob o compromisso coletivo de lisura, correção e transparência no trato das questões públicas. E assim foi feito.

Tenho um tremendo orgulho em ter contribuído para que o nosso Estado vivesse o atual momento de mudança de parâmetros, de desenvolvimento econômico e de recuperação do nosso papel histórico de protagonismo no cenário nacional. Desse caminho virtuoso não podemos nos desviar um centímetro sequer.

Foi sob essa mesma perspectiva, há dois anos, que o PMDB de Pernambuco firmou uma aliança com o PSB do Governador Eduardo Campos para disputar a eleição para Prefeito do Recife. Nossa Capital enfrentava um momento de turbulência e dificuldades, cujos tristes reflexos ainda hoje podemos perceber por toda a cidade. O PMDB retirou a pré-candidatura do Deputado Federal Raul Henry para apoiar a campanha do agora Prefeito Geraldo Julio.

As eleições deste ano de 2014 guardam semelhanças com aquela disputa ocorrida há apenas dois anos. O modelo adotado pelo Partido dos Trabalhadores à frente da Presidência da República dá sinais evidentes de esgotamento, com a economia acumulando números e desempenhos negativos; e a população demonstrando nas ruas que deseja e quer mudar a cena política nacional.

Nessa expectativa de renovação, o PMDB de Pernambuco decidiu apoiar a candidatura à Presidência da República do Governador Eduardo Campos e, em nível estadual, se manter integrado à Frente Popular de Pernambuco, que, em breve, anunciará o nosso candidato ao Palácio do Campo das Princesas.

Em recente conversa com o Governador, ele me convidou a disputar a reeleição ao Senado da República, integrando a chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco. No entanto, amadureci uma decisão que quero comunicar publicamente ao Povo de Pernambuco: não disputarei a reeleição para o Senado Federal.

Já comuniquei essa posição ao meu partido e ao Governador Eduardo Campos. Sendo assim, com minha saída da disputa senatorial, o PMDB sugere o nome do Deputado Federal Raul Henry para representar o partido na chapa majoritária da Frente Popular, contribuindo para esse movimento de renovação desejado pelos brasileiros.

Pretendo continuar na vida pública, dando minha contribuição para as práticas, as teses e os pensamentos que considero os mais adequados para colocar o Brasil entre as nações mais prósperas do mundo.

Sem mais,

Jarbas Vasconcelos

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