Tópicos | 60 dias

O governo do Estado de Mato Grosso decretou situação de emergência ambiental por 60 dias devido às altas temperaturas. Segundo o decreto nº584, publicado hoje, o objetivo é buscar apoio do governo federal para reforçar as ações no combate aos incêndios florestais que vêm ocorrendo no Estado. O governo explicou, em nota, que a decisão considera as previsões de altas temperaturas e baixa umidade para os próximos dias, que favorecem a ocorrência dos incêndios.

"O documento é um reforço ao Decreto nº 579/2023, que determinou a prorrogação do período proibitivo para queimadas no Estado até 30 de novembro, para atender à exigência do governo federal no pedido de apoio para combate aos incêndios", afirmou o governo mato-grossense.

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"Dessa forma, as autoridades competentes, coordenadas pelo governo do Estado, ficam autorizadas a tomar todas as medidas necessárias à prevenção e ao combate aos incêndios florestais, como a compra de bens e materiais, com dispensa de licitação."

O eleitor que não compareceu às eleições realizadas no último domingo (29) tem até 60 dias para justificar a ausência na Justiça Eleitoral. A justificativa deverá conter a documentação comprobatória da impossibilidade de comparecimento ao pleito. 

A requisição pode ser feita por meio do aplicativo de celular e-Título, pelo Sistema Justifica ou por meio do comparecimento a um cartório eleitoral para a entrega do Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), que pode ser preenchido aqui . O requerimento pode ser enviado pelos correios ao juiz da zona eleitoral na qual o eleitor for inscrito, acompanhado da documentação comprobatória da impossibilidade de comparecimento ao pleito. Veja a relação das zonas eleitorais.

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O eleitor que deixou de votar e não justificou a ausência no dia da eleição poderá apresentar justificativa até 14 de janeiro de 2021 (ausência no primeiro turno) e até 28 de janeiro de 2021 (ausência no segundo turno).

O acolhimento ou não da justificativa apresentada ficará a critério do juiz da zona eleitoral em que o eleitor for inscrito. Enquanto não regularizar sua situação com a Justiça Eleitoral, o eleitor não poderá, entre outras coisas, obter passaporte ou carteira de identidade e renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial.

O Senado deve analisar nos próximos dias um projeto de lei que suspende por 60 dias os pagamentos devidos pelos estudantes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), em razão do estado de calamidade pública causado pela pandemia de Covid-19. O PL 1.079/2020, do deputado Denis Bezerra (PSB-CE), foi aprovado na terça-feira (28) pela Câmara dos Deputados e será encaminhado para exame dos senadores.

Segundo o texto aprovado — um substitutivo do relator, deputado Moses Rodrigues (MDB-CE) —, terão direito à suspensão dos pagamentos os estudantes que estão em dia com as prestações do financiamento e aqueles com parcelas em atraso por, no máximo, 180 dias.

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O Fies financia cursos de graduação para alunos de faculdades participantes do programa. Em 2017, passou por uma reformulação com o objetivo de diminuir a inadimplência, mas como os contratos de financiamento são de longo prazo, regras de contratos antigos ainda se aplicam aos que estavam vigentes quando foi alterada a lei que instituiu o fundo (Lei 10.260, de 2001).

Pelo substitutivo, os 60 dias de suspensão poderão ser prorrogados pelo Poder Executivo. O texto não especifica se os valores suspensos deverão ser pagos logo após o fim do prazo, no montante total, ou mensalmente, junto com as parcelas normais.

Moses Rodrigues lembra que, em 2018 e em 2019, de 100 mil novos contratos oferecidos em cada um desses anos, foram assinados menos de 85 mil. “A partir de 2021, a previsão de oferta, até o momento, indica redução para 54 mil novos contratos por ano”, afirma o relator.

Descontos para médicos

Foi aprovada uma emenda, do deputado Enio Verri (PT-PR), que inclui médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde atuantes no enfrentamento da pandemia entre aqueles aptos a receber abatimentos no pagamento das parcelas do Fies. O abatimento poderá ser mensal, em valor equivalente a 1% do saldo devedor consolidado.

Atualmente isso é permitido a médico integrante de equipe de saúde da família oficialmente cadastrada ou médico militar das Forças Armadas, com atuação em áreas e regiões com carência e dificuldade de retenção desse profissional. Pela lei atual, também estão contemplados professores graduados em licenciatura e em efetivo exercício na rede pública de educação básica com jornada de, no mínimo, 20 horas semanais.

Segundo regulamento, o conselho gestor do Fies poderá autorizar ainda, para os profissionais de saúde atuantes no enfrentamento da pandemia, o desconto de 50% do valor mensal devido pelo financiado.

Particularidades

Devido às particularidades dos vários tipos de contrato, o texto faz algumas adaptações para contemplar todos eles com a suspensão. Assim, para os contratos firmados até 2017, estão suspensos por dois meses os pagamentos dos juros, da amortização do saldo devedor, de parcelas refinanciadas de débitos antigos no âmbito do Fies e de multas por atraso de pagamento durante os períodos de utilização, de carência e de amortização do financiamento.

Já para os contratos firmados de 2018 em diante, o projeto deixa claro que os estudantes estarão dispensados de pagar, temporariamente, multas aos bancos por atraso no pagamento, amortização do saldo devedor e prestações de parcelamentos anteriores.

Quanto aos financiamentos com base no Programa Fies (P-Fies) — que não têm regras preestabelecidas, sendo negociadas pelos estudantes, pelas mantenedoras das faculdades e pelos bancos —, o aluno poderá contar com suspensão dos pagamentos, por 60 dias (prorrogáveis por igual período), da amortização do saldo devedor, de eventuais juros incidentes, de parcelas oriundas de renegociações de contratos e de multas eventualmente devidas pelos estudantes beneficiários por atraso.

Cadastro negativo

Em todas as situações de suspensão de pagamentos, o estudante não poderá ser inscrito em cadastros de inadimplentes e não será considerado descumpridor de quaisquer obrigações junto ao Fies, estabelece o projeto. 

Para obter o benefício, o estudante deverá manifestar o interesse ao banco no qual detém o financiamento, por meio dos canais de atendimento existentes.

Em razão do isolamento social, o substitutivo permite a realização do ajuste contratual presencialmente na agência bancária e também por meio de assinatura eletrônica.

Parcelamento

O substitutivo revoga o parcelamento atual de débitos antigos perante o Fies e cria um novo, com regras semelhantes. No caso de quitação integral, até 31 de dezembro de 2020, haverá redução de 100% dos encargos moratórios. Na regra atual, a redução é de 50% desses encargos.

Os parcelamentos continuam nos prazos de 145 ou 175 parcelas mensais e sucessivas, com redução de 40% e 25%, respectivamente. Os pagamentos começam a partir de janeiro de 2021.

Nesses parcelamentos, o valor de entrada será a primeira parcela mensal a ser paga. Como o parcelamento começa do zero, podem ser incluídas as parcelas não quitadas até a data de publicação da futura lei.

Fundo maior

Com o objetivo de permitir ao governo reforçar as garantias do Fies, o substitutivo autoriza a União a colocar mais R$ 2,5 bilhões no Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), no qual podem ser alocados até R$ 3 bilhões atualmente.

Segundo o relator, o governo tem colocado no fundo cerca de R$ 500 milhões ao ano.

Modalidade complementar

No dispositivo da atual lei do Fies (a Lei 10.260, de 2001) sobre o uso do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) de forma complementar ao Fies tradicional, o relator retira a restrição atual de que isso somente seria possível para a lista de cursos definida pelo Comitê Gestor do Fundo de Financiamento Estudantil (CG-Fies).

Projeto do Senado

No Projeto de Lei 873/2020, do Senado, aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, já consta a suspensão de duas ou quatro parcelas de pagamento dos empréstimos contratados junto ao Fies anteriormente à vigência do estado de calamidade pública. 

De autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o PL amplia o auxílio emergencial pago pelo governo durante a pandemia de coronavírus. O texto prevê a suspensão do pagamento de duas parcelas para os estudantes que ainda estão cursando a faculdade ou para os contratos que estão na fase de carência. 

Para os contratos que estão na fase de amortização, quando as parcelas são maiores, o PL 873/2020 determina a suspensão de quatro parcelas. O projeto aguarda sanção.

*Das Agências Senado e Câmara

Pressionados para melhorarem os serviços prestados aos consumidores e pela ameaça de criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar o setor, representantes das empresas telefônicas se comprometeram hoje (29) a prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados, a cada 60 dias, sobre investimentos e melhoras na prestação do serviço.

Em debate conjunto das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), as operadoras e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) minimizaram as críticas sobre a má qualidade do serviço e reclamaram do excesso de leis que inibem a expansão da instalação de antenas.

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O presidente da Cindra, deputado Jerômino Goergen (PP-RS), informou que será criado um grupo de trabalho, formado por deputados, representantes das telefônicas, Anatel e do governo, para sugerir melhorias na prestação do serviço, maiores investimentos e aprovação de leis que desburocratizem o setor.

“Tomamos a decisão de criar um grupo de trabalho para fazer uma revisão na legislação para tentar resolver os grandes problemas que impedem o avanço do setor”, disse Goergen. Nas discussões, acrescentou, também será proposta a redução da carga tributária, que segundo as teles, representa 37% do custo da telefonia.

Segundo o presidente da Anatel, João Batista Rezende, as ações tomadas pelo órgão, como a suspensão de venda de novas linhas, têm reduzido o número de reclamações contra as operadoras. Contudo, ele disse que as empresas ainda precisam melhorar o sistema de atendimento ao usuário.

De acordo com o presidente da Anatel, mais da metade das queixas contra as operadoras são relacionadas a pagamentos ou falta de informação sobre contratação de serviços. Isso ocorre também, segundo Rezende, devido ao crescimento do número de usuários.

“Todos os indicadores que temos na agência mostram que houve uma redução substancial do número de quedas de chamadas. Isso é importante porque a estabilidade da rede é um dos itens que a agência cobrou na avaliação trimestral. Estamos trabalhando para que haja uma melhora no acesso à rede de dados no atendimento dos call centers”.

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, avaliou que o diálogo vai melhorar a interlocução do setor e o Congresso. “O diálogo é que vai fazer com que questões sejam mais objetivamente entendidas”, pontuou.

O deputado Jerônimo Goergen frisou, no entanto, que a abertura de diálogo com as operadoras não representa que os pedidos de criação de CPIs estão descartados. “É obvio que estando aqui quem comanda a telefonia há uma sensação de respeito. Se sentirmos que tudo foi esclarecido, a CPI passa a ter um papel secundário. A reunião nos esclareceu muitos pontos que queremos aprofundar com o diálogo aberto com as operadoras”, disse.

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