Na noite desta quarta-feira (4), no Arruda, o jogo foi de pressão do Sport sobre o Santa Cruz, pela primeira partida válida pela final do Campeonato Pernambucano 2016. No entanto, a eficiência coral na marcação e nos contra-ataques sobressaiu, com a ajuda do sempre decisivo Tiago Cardoso. E graças ao gol marcado por Lelê – impedido, mas não anulado –, o técnico Milton Mendes continua invicto no comando do time tricolor.
As equipes voltam a duelar no próximo domingo (8), na Ilha do Retiro, para que seja definido o campeão estadual desta temporada. Vale ressaltar que não há o critério de gol qualificado no regulamento do Pernambucano. Assim, em caso de empate na soma dos gols marcados por cada time nos jogos de ida e volta, a decisão será nos pênaltis.
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Ao soar o apito inicial, o Santa Cruz esboçou o domínio da partida, mas foi o Leão que conseguiu tomar as rédeas, tendo Everton Felipe como principal válvula de escape no setor ofensivo. Na linha intermediária, Mark González foi o principal articulador de jogadas na equipe rubro-negra. No entanto, no panorama geral dos primeiros 20 minutos, as articulações de passes permaneceram ofuscadas pela forte marcação – em muitos momentos, violenta – de ambos os times.
A partir a metade da etapa inicial, o time da casa passou a ganhar mais consistência em campo, emplacando contra-ataques em velocidade e demonstrando maior maturidade para colocar a bola no chão e organizar a criação. Diante da inversão de domínios, a recompensa coral foi o gol de Lelê, aos 30 minutos de jogo. O meia tricolor estava impedido, mas a arbitragem validou o tento, e o Santa Cruz desceu para o intervalo com a vantagem no marcador.
Na retomada da partida, o controle permaneceu com o Leão, que conseguiu manter maior posse de bola no campo ofensivo. Entretanto, em recorrentes momentos, os articuladores rubro-negros se viam sem opções, por falta de movimentação dos homens de frente. E o Santa Cruz, paralelamente, segurou a equipe focada na contenção de jogadas, apostando nos contra-ataques – postura similar à adotada diante do Náutico, nas semifinais do Estadual.
Aos 13 minutos, Oswaldo de Oliveira promoveu as entradas de Túlio de Melo e Serginho, nas vagas de Everton Felipe, já apagado em campo, e Luiz Antônio, respectivamente. Assim, Rithely ganhou mais liberdade para avançar e a equipe começou a investir nas bolas alçadas na área, tendo como referência o cabeceador-nato que saiu do banco com a camisa 99. A configuração do confronto, no entanto, permaneceu inalterada, assim como o placar.
Destaques LeiaJá
Bola cheia
Uillian Correia (Santa Cruz): Tranquilo, como sempre, o volante cumpriu seu papel na proteção da zaga tricolor e manteve o nível nos passes ‘limpos’ na saída de bola.
Bola murcha
Gabriel Xavier (Sport): De volta aos jogos oficiais, após período no departamento médico, o meia voltou a mostras a inoperância na armação de jogadas, como já vinha sendo antes de sua lesão. Teve uma produção praticamente nula com a camisa 10 do time de Oswaldo de Oliveira.
FICHA DO JOGO
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor, Néris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, João Paulo
(Wellington Cézar) e Lelê; Arthur (Raniel), Keno e Grafite (Bruno Moraes). Técnico: Milton Mendes.
Sport
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Henríquez, Durval e Renê; Rithely, Luiz Antônio (Serginho),
Reinaldo Everton Felipe (Túlio de Melo), Gabriel Xavier e Mark González; Vinícius Araújo.
Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Torneio: Campeonato Pernambucano (final).
Data: 04/05/2016.
Local: Arruda (Recife/PE).
Árbitro: Emerson Sobral.
Assistentes: Clóvis Amaral e José Daniel Torres de Araújo.
Gols: Lelê, aos 30 minutos do 1º tempo (Santa Cruz).
Cartões amarelos: Lelê e Tiago Costa (Santa Cruz); Mark González, Luiz Antônio, Samuel
Xavier e Gabriel Xavier (Sport).
Público: 30.163 torcedores.
Renda: R$ 544.460,00.