Lula não aceita abrir mão de direitos de resposta na TV
"O PT consegue ganhar 164 direitos de resposta. Era a possibilidade de rebater as mentiras e monstruosidade. Não tem acordo. Se nós ganhamos, ele que utilize os 14 dele e a gente os nossos", afirmou Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, afirmou na tarde desta sexta-feira, 21, que não irá aceitar um acordo para abrir mão dos 164 direitos de resposta que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia concedido ao petista contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em inserções nas propagandas de campanha no rádio e na TV.
"O PT consegue ganhar 164 direitos de resposta. Era a possibilidade de rebater as mentiras e monstruoso. Não tem acordo. Se nós ganhamos, ele que utilize os 14 (direitos de resposta) dele e a gente os nossos", afirmou Lula.
De acordo com a ministra Maria Claudia Bucchianeri, que havia concedido os direitos de resposta, Bolsonaro veiculou fatos sobre o ex-presidente "sabidamente inverídicos por descontextualização". A própria juíza reverteu sua decisão após recurso de Bolsonaro. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, colocará em plenário virtual, o efeito suspensivo decidido pela ministra.
A Corte marcou o julgamento após a reunião entre Moraes e os advogados do petista e do presidente terminar sem uma resolução. O encontro buscava um consenso sobre os direitos de resposta concedidos às duas candidaturas nas inserções de TV.
Há pouco, a ministra acatou recurso semelhante dos petistas e suspendeu o direito de resposta de Bolsonaro na campanha de Lula e o caso também será analisado em plenário virtual.