Amigo de Jair Renan é apontado como agenciador de mulheres
Nesta quarta (15), o lobista Marconny Albernaz de Faria presta depoimento na CPI da Covid por envolvimento no contrato irregular de R$ 1 bilhão em vacinas da Covaxin com o Ministério da Saúde
O depoente da CPI da Covid desta quarta-feira (15), o lobista Marconny Albernaz de Faria, foi apontado como uma espécie de cafetão pelo vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O intermediário da Precisa Medicamentos tem proximidade com Renan Bolsonaro e utilizaria mulheres para fechar negócios, indicam mensagens de WhatsApp.
Além do envolvimento no contrato irregular com o Ministério da Saúde para aquisição de aproximadamente R$ 1 bilhão em vacinas da Covaxin, o arquivo de 320 mil páginas com mensagens trocadas pelo lobista que a CPI teve acesso, indica que ele explorava mulheres para fechar contratos.
"Entre outras coisas, ele é uma espécie de Tinder, um agenciador de mulheres", disse Randolfe ao Uol. O senador ainda descreveu que Marconny não media esforços para captar novas garotas. "Quando ele sabe, por exemplo, de uma moça bonita em Manaus, manda uma bolsa Louis Vuitton para ela lá no Amazonas, traz ela para cá e 'entrosa' ela", pontuou.
O senador lembra que Marconny ajudou Renan Bolsonaro, como uma espécie de 'tutor empresarial', para abrir sua empresa de eventos em outubro do ano passado com capital avaliado em R$ 105 mil. A Bolsonaro Jr Eventos e Mídia fica alocada no camarote 311 do estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal.
Renan é investigado pela Polícia Federal por tráfico de influência. "Não se recomendaria deixar qualquer adolescente aos cuidados de uma pessoa dessas, ainda mais se esse adolescente é o filho do presidente", sugeriu Randolfe em tom irônico, já que o filho de Bolsonaro tem 23 anos.
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Ao longo da pandemia, a casa do lobista foi utilizada como ponto de encontro grandes festas, que contava com a participação de Renan e outros políticos. "As festanças que ele faz têm obrigatoriamente os seguintes requisitos: bom som, boa comida, políticos influentes e muitas mulheres bonitas", afirmou o vice-presidente da CPI.