A política fiscal mais importante é a vacinação,diz Guedes
Segundo o ministro, essa é a ação com maior retorno econômico e de saúde no momento, em vez de elevar dramaticamente os gastos públicos
A política fiscal mais importante no momento é a vacinação, disse nesta terça-feira, 6, o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento promovido pelo Itaú. Ele destacou que a atividade econômica deve sofrer uma queda novamente, devido à nova onda da pandemia de covid-19, mas menor e mais breve do que o observado em 2020.
A reação do governo, defendeu o ministro, precisa ser via incremento da vacinação. Segundo ele, essa é a ação com maior retorno econômico e de saúde no momento, em vez de elevar dramaticamente os gastos públicos.
No ano passado, o governo gastou quase R$ 600 bilhões extras para combater a pandemia de covid-19. Neste ano, já estão autorizados R$ 44 bilhões para a nova rodada do auxílio emergencial, além de haver a previsão de R$ 9,8 bilhões para o programa que permite redução de jornada e salário ou suspensão de contrato de trabalhadores.
O governo também tem reaberto créditos extraordinários do ano passado para aplicar recursos contra a covid-19, ou aberto novos em favor da saúde.
No evento, voltado a investidores internacionais, Guedes destacou que o governo quer prosseguir com reformas estruturais e reafirmou o compromisso com a reabertura da economia. Hoje, segundo ele, quase metade das trocas do Brasil são com "a área mais dinâmica do mundo", em referência à Ásia.
O ministro citou recente decisão do governo de cortar 10% das tarifas de importação sobre eletrônicos e bens de capital. Segundo ele, esse movimento acaba pressionando o Mercosul a adotar a mesma medida na Tarifa Externa Comum (TEC). "Também temos feito movimentos unilaterais (de abertura econômica)", disse.
Guedes reafirmou ainda que a recuperação da economia precisa vir do setor privado e que o governo segue comprometido com grandes reformas estruturais, como a administrativa e a tributária. "Estamos trabalhando duro para derrubar a dívida/PIB novamente", afirmou.