"Campanha do ódio", diz Marília Arraes sobre João Campos

Declaração foi dada ainda nos primeiros minutos do debate decisivo desta terça (24)

por Vitória Silva ter, 24/11/2020 - 13:00
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A menos de uma semana para o segundo turno que definirá o próximo gestor do Recife, o último debate dos prefeituráveis, promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) nesta terça-feira (24), foi marcado por falas mais centradas nas propostas, mas ainda com espaço para as já comuns alfinetadas. Ainda no bloco de apresentação, a candidata Marília Arraes (PT) defendeu-se das supostas ofensas proferidas pela campanha de João Campos (PSB) e chamou a estratégia adversária de “campanha do ódio”.

“Queria começar agradecendo tanta manifestações de solidariedade que tenho recebido por onde passo, nas ruas do recife, de artistas, de intelectuais e lideranças políticas do Brasil inteiro, que estão impressionados com a baixaria que está acontecendo nessa campanha do Recife. Cada vez que nos agridem, a gente vê que isso aconteceu depois que o placar do jogo virou e virou também a campanha do nosso adversário para essa campanha do ódio”, disse a petista.

João Campos, que abriu o primeiro bloco introdutório cuja pergunta foi “Por que quero ser prefeito do Recife?”, focou na postura habitual e ressaltou projetos de forma abrangente. Em conclusão, disse que “a crise que se avizinha exige gestores responsáveis, comprometidos e que tenham disponibilidade de trabalhar e entregar resultados”. 

Durante a apresentação de propostas, os candidatos passaram por perguntas de escolha própria, que contemplaram a volta às aulas em 2021, a gestão, a desigualdade social e a educação inclusiva.

Sobre a volta às aulas, o pessebista garantiu uma mensuração do déficit de aprendizagem e um plano educacional que possa contemplar os estudantes em modelo híbrido pelo tempo que for necessário, considerando o prolongamento da pandemia. Voltou a mencionar a ampliação no número de creches na cidade e um programa de alfabetização municipal.

Em resposta à pergunta do adversário sobre a educação inclusiva, Marília Arraes falou em contratação de mais assistentes sociais, acompanhamento especial às crianças com necessidades específicas e concursos para professores, bem como outras formas de reconhecimento, evitando a desmotivação e a sobrecarga.

O clima do debate voltou a ficar tenso quando o assunto tornou-se gestão. Voltando a direcionar críticas ao Partido dos Trabalhadores, João Campos insinuou que a prima teria problemas de gestão, sobretudo por incoerência dentro do próprio partido. O candidato também falou que em sua chapa há preocupação com a igualdade de gênero, e que possui mulheres ao seu lado.

Em resposta, Arraes diz que a campanha adversária deveria “ter essa preocupação (igualdade de gênero) agora” e que “não trabalha com intermediários”, revisitando as supostas ofensas que recebeu da campanha do PSB nos últimos dias e à própria coligação, que comparada à de João Campos, é curta.

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