MP não encontra evidência de que Queiroz vendia carros
A informação é do jornal O Globo. Falta de provas deve basear um pedido de quebra de sigilo bancário do ex-assessor e do senador Flávio Bolsonaro
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) não identificou, até o momento, evidências de que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, atuava na compra e venda de carros e com outros negócios informais, o que, segundo declarações dele, justificaria a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na sua conta identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, a falta dessas evidências vai basear um pedido de quebra de sigilos fiscal e bancário tanto de Queiroz quanto do próprio senador. A solicitação deve ser encaminhada à Justiça nos próximos dias. A movimentação atípica na conta de Queiroz está sendo investigada cível e criminalmente pelo MP do Rio. Ele é suspeito de agir como uma espécie de laranja para a família Bolsonaro.
Em entrevista ao SBT assim que veio à tona a investigação, Fabrício Queiroz disse que “um cara de negócios” e que comprava e revendia carros. De acordo com O Globo, nas investigações, o MP só localizou no nome de Queiroz dois carros antigos.
Ao prestar esclarecimentos por escrito ao MP, em fevereiro, o ex- assessor de Flávio não detalhou as supostas negociações e disse que pegava parte dos salários de outros funcionários do gabinete e gerenciava esses valores para supostamente contratar mais pessoas que trabalhariam fora da Assembleia Legislativa do Rio quando Flávio era deputado. Até agora, contudo, ele não esclareceu que contratações foram essas.
Ao jornal, a defesa de Fabrício Queiroz disse que se a solicitação de quebra de sigilo for confirmada, receberá “com absoluta tranquilidade, até mesmo porque seu sigilo já foi quebrado e exposto em todos os meios de comunicação”. E justificou ainda que a venda de carros era informal e, por isso, não há documentação para comprovar.