Gleisi foi à posse de Maduro em protesto a Bolsonaro
A presidente do PT disse que é preciso marcar posição no que chamou de "grosseira relação" do governo Bolsonaro com a Venezuela
Reeleito para comandar a Venezuela com quase 70% dos votos, em disputa que foi boicotada pela oposição, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann, prestigiou a posse de Nicólas Maduro, que aconteceu nesta quinta-feira (10). Maduro foi empossado para um mandato de mais seis anos.
A senadora explicou porque decidiu participar da cerimônia. "Para marcar posição desta grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela; fala fino com os Estados Unidos (EUA) e grosso com a Venezuela", expôs durante entrevista ao G1.
A deputada eleita também disse que não concorda com a postura do governo Bolsonaro com a Venezuela. Vale destacar que Maduro não foi convidado para a cerimonia de posse de Jair Bolsonaro, que aconteceu no dia 1° de janeiro deste ano.
Sobre a “ditadura” instalada na Venezuela, a senadora desconversou afirmando que não entra no mérito. “Ele foi eleito dentro do marco constitucional e não nos cabe dar opinião. Ele foi eleito", defendeu. Gleisi ainda falou que “não achamos que é de bom tom o PT ficar comprando briga com vizinhos. Temos que ter solidariedade".
A presidente petista divulgou uma nota, no site da legenda, no qual disse reconhecer a eleição de Maduro como legítima. “Reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolas Maduro foi eleito, conforme regras constitucionais vigentes, enfrentando candidaturas legítimas da oposição democrática", destacou.
Ainda ressaltou o PT não concorda com a "política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos, com adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários”.