Ciro diz que em "seu governo ninguém vai fechar estradas"

“Você acha que eu não vou mandar prender quem prejudicar o povo brasileiro? Vai ser preso, não tem conversa, dentro da lei”, prometeu o presidenciável

por Taciana Carvalho seg, 03/09/2018 - 17:45
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

Em sabatina do jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (3), o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afirmou que ninguém vai fechar estradas, caso ele seja eleito. A contundente declaração foi uma resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de que a paralisação dos caminhoneiros seja retomada a partir do próximo dia 7 de setembro, em função do aumento de 13% do preço do Diesel. 

Ciro disse que, se for presidente, se compromete com uma política de preço séria na Petrobras, mas foi claro ao falar sobre autoridade e deixou um recado. “Ninguém no meu governo vai fechar estrada para impedir pessoas doentes de transitar, para impedir de galinha chegar viva”, avisou. 

Segundo o pedetista, todos serão informados antes sobre a proibição, mas afirmou que 70% dos que causam o tumulto não são caminhoneiros e, sim, empresários que usariam a linguagem da greve para fazer locaute. “Esses aí a gente vai buscar lá nos escritórios com ar-condicionado deles. Vai buscar com a Polícia federal”. 

Ciro Gomes falou que, se for necessário, haverá prisões. “Você acha que eu não vou mandar prender quem prejudicar o povo brasileiro? Vai ser preso, não tem conversa, dentro da lei e em flagrante. Loucate é crime no Brasil, só para entender. Não é porque eu sou danado não, eu sou professor de Direito. Locaute, ou seja, greve de empresários para prejudicar a coletividade, é crime. Eu como presidente, não tem conversa, quem transgredir a lei vai preso”. 

O presidenciável, durante a entrevista, também criticou Bolsonaro afirmando que a truculência, do também candidato a presidente, não é a solução. Ele criticou o governo Temer ressaltando que, em nenhuma hipótese, se pode tratar o assunto com mentira e enganação.

“Isso é que o senhor Michel Temer com seu governo desastrado fez com os caminhoneiros. Prometeram tabelar frete, que é uma excrescência, prometeram congelar subsidiando com o dinheiro público que não existe o preço do diesel, e depois que desarmaram a coisa, que já causou um violento prejuízo à sociedade brasileira e à nossa economia. Eles mentiram e aumentaram 13% com esse pretexto”, lamentou. 

 

Ciro ainda fez outras críticas. “O petróleo brasileiro, com todas as ineficiências tributárias, custa 33 dólares o barril e eles estão cobrando 85 dólares por conta da especulação internacional. Para onde vai essa montanha de dinheiro? Para o acionista minoritário, que no Brasil são os bancos”. 

 

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