Lindbergh defende boicote em 2018 se Lula ficar inelegível
De acordo com o líder do PT no Senado, a sigla pode eleger uma bancada parlamentar forte reforçando o discurso do golpe e denunciando que o País não vive mais numa normalidade democrática
O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), defendeu nesta quinta-feira, 13, que o partido não lance candidatura a presidente, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de participar das eleições em 2018. "Vamos dizer que não reconhecemos essa eleição presidencial, que esse jogo é uma fraude, uma farsa", afirmou Lindbergh, na saída do diretório nacional da legenda, após participar do ato em defesa de Lula, que foi condenado, em Primeira Instância, a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com o líder do PT no Senado, a sigla pode eleger uma bancada parlamentar forte reforçando o discurso do golpe e denunciando que o País não vive mais numa normalidade democrática. "O impeachment foi uma irresponsabilidade. Essa historia do Lula é uma aposta dobrada no mesmo caminho. Vamos legitimar uma farsa?", questionou.
Lindbergh notou que esse não é um consenso na agremiação, mas apenas uma discussão. Ex-chefe da Casa Civil no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner desconversou sobre a hipótese do boicote. "Eu acho que tem que boicotar um eventual colégio eleitoral na hipótese do Temer sair. Quando se fala em fora Temer, prefiro falar eleições já."