Recife: Uber completa um ano sem regulamentação definida
Os deputados Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM) são a favor do aplicativo
O Uber comemora um ano de existência, nesta sexta-feira (3), no Recife. Um ano marcado entre os que defendem e são contra o aplicativo polêmico, que motivou diversos protestos entre as duas categorias. Em sua campanha a prefeito do Recife, no pleito de 2016, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), se posicionou diversas vezes sobre o assunto afirmando que é o cidadão que deve escolher a opção que lhe convém. Em entrevista ao LeiaJa.com, hoje, o parlamentar voltou a falar sobre o assunto.
Ele disse que é a favor, antes de tudo, do usuário. “Acredito que o estado deve interferir o mínimo possível. É a livre concorrência. É o cidadão que deve escolher o melhor serviço. Acho que o que deve prevalecer é uma regulamentação do Uber que garanta a segurança do usuário”.
O tucano destacou a comissão, formada na Câmara Federal, com o intuito de entrar em um consenso sobre o assunto que, segundo ele, ainda não aconteceu. “Não há motivo para se ter pressa e fazer um texto ruim e estragar o funcionamento do sistema”, disse.
Para Daniel Coelho, não adianta tentar impedir o avanço do Uber porque outras tecnologias também virão. “Já há várias empresas concorrentes que realizam transporte privado. É uma realidade do mundo, não apenas do Brasil. Há uma utilização grande de passageiros utilizando o serviço e outros que o vem como uma oportunidade de renda. Outros aplicativos vão ocorrer. Nada mais natural”.
Na mesma linha de raciocínio, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) acredita que a prefeitura municipal se esquiva da responsabilidade quando deveria buscar o entendimento e uma solução legal. Segundo Krause, não cabe a justificativa de uma legislação federal que proíbe o sistema. “Cabe aos municípios, sim, tratar sobre a questão porque esse processo de entendimento é interesse do Uber, do Táxi e do consumidor. Cabe à prefeitura conciliar”.
A parlamentar declarou que o Uber é apenas um exemplo de uma nova era e do que definiu como “um caminho sem volta”. “É a economia compartilhada. Não tem como retroceder diante dos avanços tecnológicos. É preciso regulamentar para dar igualdade de condição e competitividade”, concluiu.