Deputado vê cenário ruim à votação de Reforma Política
Membro da Comissão Especial que trata da Reforma Política, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse acreditar na possibilidade de não haver votação de um relatório no colegiado na próxima segunda-feira, 25. "Como (a proposta) não caminha pelos desejos do presidente (Eduardo Cunha), ele trabalha para não votar na comissão", concluiu o petista.
Fontana disse que é esperada para a quarta-feira, 20, a chegada de assinaturas coletadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE) contra a manutenção do financiamento empresarial. O PT vai defender o financiamento público e a doação de pessoa física (com teto), além do sistema distrital misto, semelhante ao modelo alemão.
O deputado lembrou que a comissão estava pronta para votar o parecer do relator Marcelo Castro (PMDB-PI) hoje, mas a apreciação da terceira versão do relatório foi adiada para a próxima semana. "Impedir a comissão de votar uma matéria é uma agressão", declarou.
Fontana lembrou que a admissibilidade da Reforma Política, que deveria ter sido votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, foi apreciada em plenário no começo da legislatura. Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não for votada na comissão, Cunha também poderá avocar a discussão para o plenário mais uma vez. "Se a moda pega de trazer para o plenário sem votar nas comissões, nos coloca numa situação inaceitável ", criticou Fontana.