Dilma empossa novo ministro da Secretaria de Comunicação
Edinho Silva assume após demissão de Thomas Traumann. Presidente cobrou uma política eficiente de comunicação
A presidente Dilma Rousseff deu posse, nesta terça-feira (31), ao novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Edinho Silva. A nomeação do petista foi publicada no Diário oficial da União (DOU).
Em uma cerimônia de 14 minutos, Dilma desejou sucesso a Edinho no comando da pasta e cobrou uma política eficiente de comunicação. “Asseguro todo o meu apoio, pois um governo democrático deve prestar contas à população e, acima de tudo, zelar por nossa democracia”, disse a presidente. Ela também informou que a escolha foi baseada na postura “íntegra e respeitável” do novo ministro e na “sensibilidade política necessária ao trabalho de construção do diálogo com a sociedade e com a mídia”.
Edinho Silva substitui Thomas Traumann, que pediu demissão na última quarta (25), após o vazamento de um documento, supostamente elaborado pela Secom, que reconhece as falhas de comunicação do governo. Apesar de Dilma dizer que o "documento não é oficial, não é reconhecido pelo governo", o vazamento causou mal-estar e culminou na demissão.
“Rendo-lhe o devido e justo agradecimento por ter emprestado à Secretaria o seu prestigio de jornalista respeitado em todo o país e por ter se dedicado com afinco a um trabalho difícil e delicado. Desejo que conquiste sucesso em seus novos desafios profissionais”, disse a presidente sobre Thomas Traumann.
Na ocasião, Dilma também defendeu a liberdade de expressão. “Essa é grande conquista do processo de redemocratização do nosso país. Quem viveu sob a ditadura sabe o imenso valor da liberdade de expressão e de imprensa”, frisou. “Somos contra a censura, as pressões, os lobbys e interesses não confessados que podem coibir o direito à manifestação”, complementou. A presidente frisou ainda que a Secom precisa ter “todo o cuidado com a veiculação de informações públicas e com a publicidade oficial”.
Edinho atuou como tesoureiro da campanha de reeleição de Dilma no ano passado. Ele também já foi prefeito e vereador de Araraquara, em São Paulo. Sociólogo e professor, o petista integra, no partido, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome dele chegou a ser cotado para assumir a Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio formado pelos governos federal e fluminense e pela prefeitura do Rio que coordena as ações dos Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, o Planalto voltou atrás após pressão da base aliada no Congresso.