Marília Arraes é chamada de "traidora" em pichações Recife
Entre os pontos de pichação estava o muro do prédio onde a mãe da vereadora mora
A vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), foi alvo de algumas pichações que apareceram em muros de bairros da zona norte do Recife nesta quinta-feira (23). Nas paredes palavras como “traidora”, “gorda”, e “gaieira” foram usadas contra a socialista. Entre os pontos de pichação estava o muro do prédio onde a mãe da vereadora mora.
Marília Arraes é prima do ex-governador Eduardo Campos, mas declarou apoio a candidatura de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência da República e Armando Monteiro (PTB) para o Governo de Pernambuco, contrariando os apoios firmados pelo seu partido.
Em sua página na rede social Facebook, Marília critica a posição do PSB e os seus líderes e afirma ter certeza de que tomou a decisão correta.
Confira a nota na íntegra:
Após fazerem uma “homenagem” a mim, batizando a cadela do comitê de Paulo Câmara com o nome de “Marília”, hoje, vários muros do Recife amanheceram com pichações apócrifas e mentirosas que me agridem pessoalmente.
Creio que vale uma reflexão, pois boatos e baixarias desse tipo representam uma verdadeira violência e falta de respeito, não só a mim, mas a todos os cidadãos.
Nada como o exemplo, independentemente de quem “executou o serviço”, sabemos que esse tipo de manifestação é consequência da despolitização pela qual passa o PSB, as atitudes de seus (supostos) líderes e a (falta de) formação política de seus seguidores.
O partido a que me filiei, representado, à época, por todos os seus integrantes, de todos os escalões, respeitava as divergências, repudiava o machismo (sim, estas pichações são carregadas de preconceito), defendia a igualdade e a liberdade. As mensagens agressivas diárias que recebo pelas redes sociais e, agora estas inscrições difamatórias e depredatórias do patrimônio alheio são a prova do ódio de uma prática política repugnante – vestida com a pele de “nova política”.
Ratifico a certeza de que tomei o rumo certo!
Ps: O muro do prédio em que minha mãe mora (meu antigo endereço antes do casamento) foi pichado por inteiro com as agressões.